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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Underwater moments

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   Resumindo: é bonitinho sim senhora e eu até gosto bastante destes locais, pela paz e serenidade que nos transmitem. Relativamente à relação qualidade-preço, deixa um pouquito a desejar, principalmente para quem já conhece outros locais do género. Ainda assim, aproveitando descontos, não podia deixar de visitar.

 

Sorry pela qualidade das fotos, mas a máquina ficou em casa e o telemóvel teve de nos valer, sem flash e com peixinhos que não paravam quietos.

Histórias com gente dentro #13

   O Sr. P.. Dr. P. sempre que nos dirigimos a ele, tem 80 anos, é esquizofrénico e não gosta de receber visitas. E podiamos estar aqui a desenvolver o assunto, no entanto o que realmente interessa é que o Sr. Dr. P. tem uma biblioteca que é um sonho, assim ao nível dos nossos sonhos de mulher em ter um closet à la Carrie Bradshaw. Aquilo é livros por todas as paredes, do tecto ao chão, mais uns tantos amontoados em torres na secretária...E eu fiquei encantada, que nisto dos livros sou tão ou mais doida que com os sapatinhos e afins, e ter uma biblioteca carregadinha de conhecimento é quase um objectivo de vida para mim. De maneiras que saí de lá encantada. Com aqueles livros todos e com o conhecimento do Sr. Dr. P. Imaginem lá se ele era uma pessoa simpática os belos momentos que não passariamos ali!

Consumista, eu?

 

 

   Consumista - adj. s. m. - Que ou quem consome em excesso, geralmente sem necessidade.

 

   Vistas as coisas deste ponto, com direito a definições de dicionário Priberam da língua portuguesa, não posso apontar o dedo a mim própria enquanto consumista. Senão vejámos: que ou quem consome em excesso, desde quando roupa ou sapatos são considerados em excesso para uma mulher?

   Falando a sério, agora sim, considero o consumismo uma coisa grave, a roçar o patológico até. No meu caso, assim como no caso de muitas mulheres, há simplesmente coisas que nós gostamos de ter e pelas quais, infelizmente, temos de pagar. Não são vícios, nem loucuras, são pequenas coisas que nos fazem sentir bem. Por isso as compramos, mesmo não precisando exactamente delas. Mas sabemos até onde podemos ir, qual o limite no qual a coisa se pode tornar doentia e preocupante.

   Eu, por exemplo, consumo roupa, sapatos e livros, sem ser consumista. Aliás, estes saldos estou até bem contida e já se arriscam a entra para a lista dos menos dispendiosos. No entanto, se vejo uma coisa de que gosto e que economicamente está dentro dos meus limites, que no meu caso são bastante reduzidos, gosto de a trazer para casa. De consciência tranquila, porque sei que aquele dinheiro ali gasto não me fará falta para outros bens mais essenciais.

   E se me permitem um desabafo, a melhor forma de nos tornarmos mais contidas é mesmo trabalhando. Primeiro porque cada euro nos sai do esforço e dedicação diários e segundo porque, principalmente no caso de roupas, passamos a comprar apenas o que pode ser levado para o trabalho.

   Consumista eu? Não! Uma consciente compradora de roupas, sapatos e livros. E às vezes anéis!

 

 

À janela

 

"(...) se, subitamente, nos perguntarmos quantas vezes, ao longo da vida, vai uma pessoa à janela, quantas semanas, dias e meses ali passou, e porquê. Geralmente, fazemo-lo para saber como o tempo está, para estudar o céu, para acompanhar as nuvens, para devanear com a lua, para responder a quem chamou, para observar a vizinhança, e também para ocupar os olhos distraindo-os, enquanto o pensamento acompanha as imagens do seu discorrer, nascidas como nascem as palavras, assim. São relances, são momentos, e longas contemplações do que não chega a ser olhado, uma parede lisa e cega, uma cidade, o rio cinzento ou a água que escorre dos beirais."

 

História do Cerco de Lisboa, José Saramago

Memórias da minha infância #5

 

   Quando era miúda todos as visgens com passagem ali pela zona de Leiria eram uma alegria para mim, muito para além do facto de ir passear. O motivo eram aqueles colares de pinhões que os meus olhos procuravam por todas as bancas de feiras ou vendedoras de rua. Gostava de os pôr ao pescoço e comê-los na viagem de regresso a casa.

   Hoje os meus pais regressaram e trouxeram-me dois desses colares de pinhões! Devorei de imediato um. O outro não durará muito tempo. Já as recordações, essas ficam para sempre...

O estado da nação

 

"Porém, atrás de tempo, tempo vem, dizia o outro, e a esperança é sempre a última coisa a perder-se. Infelizmente, nós é que podemos começar a perdê-la desde já, porque o tempo que ainda falta para a felicidade universal conta-se por astronómicas medidas, e esta geração não aspira viver tanto, além de ser patente que está desanimando muito."

 

História do Cerco de Lisboa, José Saramago

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