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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

2011 em 6 palavras

 

Realização, porque hoje faço o que gosto, tenho oportunidade de mostrar o que valho e chego a casa todos os dias um bocadinho mais rica e completa. E porque o trabalho diário com os meus "meninos crescidos" é a melhor experiência de vida possível.

 

Sorriso, porque ele é fácil e gratuito e muda tudo; dá cor aos nossos pequenos momentos, torna tudo mais leve e o melhor é que quando é sincero é contagioso! A melhor arma do ser humano.

 

Momentos, porque é disto que os dias são feitos, os 365 que se acabam e os 366 que se avizinham. São eles que nos fazem crescer e são eles que guardámos cá dentro, junto a tudo aquilo que somos.

 

Amor, porque ainda continua a ser o melhor do mundo e o melhor aquecedor de almas.

 

Disneyland Paris!, porque foi a realização de um sonho de infância e o sonho ainda comanda a vida. E porque por mim era uma das palavras de todos os finais de ano!

 

Saúde, porque quando a temos e os nossos a têm, tudo o resto se resolverá.

 

 

E quanto a desejos? As mesmas 6 palavras e sou um ser feliz!

 

 

Não sei como ela(s) consegue(m)

 
   Sarah Jessica Parker representa neste filme precisamente aquilo que eu não sei se conseguiria ser: uma espécie de super-mulher numa luta constante entre a dedicação total ao trabalho e o amor ao marido e aos filhos. É nesta última palavra que reside o cerne da questão, já que para mim os filhos merecem muito mais dedicação do que aquela que ela (e ela pode ser qualquer uma de nós) lhes pode dar com o tipo de trabalho que tem. ´
   Sou pelas mulheres multifacetadas, claro que sou. Sou pelas mulheres líderes no mundo laboral. E sou pelas mulheres excelentes mães e esposas. Mas também sou pela presença permanente de uma mãe e de um pai ao lado dos seus filhos e não sou capaz de encaixar o facto de um pai ou uma mãe passarem a vida a viajar ou fechados num escritório enquanto perdem o melhor do crescimento dos seus filhos. E o melhor é tudo o que se vive com eles e não o que nos contam que eles fizeram.
   Para mim há um limite entre uma grande carreira profissional, que obriga dedicação total, e uma ainda maior carreira de mãe e pai que obriga a tudo e mais um bocadinho. É por isso que não consigo conceber a conjugação perfeita das duas. Pai e mãe a trabalharem, sim senhora, os dois carregadinhos de sucesso profissional, mas aquela ausência, aquele corre-corre, aquelas quebras de promessas recorrentes, todos aqueles momentos perdidos que nunca mais serão recuperados...isto não tem preço. Não um que um qualquer ordenado chorudo, de um qualquer emprego de sucesso possa pagar.
   Mas isto sou eu a pensar. E eu continuo muito muito longe do sonho/desejo/vontade/whatever de ser mãe.

Meninas e meninos:

 

 

Alguém resistiu ao facto de hoje a nossa querida ZARA ter entrado em saldos???

Eu cá não me aguentei e já por lá me andei a desgraçar. E pela primeira vez posso dizer que encontrei nos saldos exactamente aquilo que procurava e para o qual me andei a guardar meses após meses. Mal posso esperar por um round 2 e depois só lá voltaremos para os preços finais.

 

Boas compras!

Meu amor chega-te para lá...

 

 

   « No quarto ao lado dormiam cansados os amantes, nos braços um do outro, maravilha que infelizmente não pode durar sempre, e é natural, um corpo é este corpo e não aquele, um corpo tem um princípio e um fim, começa na pele e acaba nela, o que está dentro pertence-lhe, mas precisa de sossego, independência, autonomia de funcionamento, dormir abraçados exige uma harmonia de encaixes que o sono de cada um desajusta, acorda-se com o braço dormente, um cotovelo fincado nas costelas, e então dizemos baixinho, reunindo toda a ternura possível, Meu amor chega-te para lá (...)»

 

JSaramago, Jangada de Pedra

Normalmente é isto que acontece com tudo o que nos parecia muito bom

 

   Cansam-nos até à exaustão com a repetição e repetição e repetição...

   Acontece com os filmes, as publicidades, as músicas, as marcas, as comidas...

   E isto para dizer que, actualmente, simplesmente não suporte mais ouvir qualquer música da Adele. Ela que quando surgiu pareceu perfeita e que depois de tanto play e replay e ora passa na rádio agora, depois e a seguir, se tornou absolutamente intolerável.

No dia a seguir ao Natal

 

   Hoje, durante as aulas no ginásio, um só pensamento me assaltava entre uma respiração acelerada e um suspiro de doooor:

   "Maldita a hora em que o Natal aconteceu!"

 

   (e eu que, juro, só comi meia rabanada...e um bocadinho de aletria e outra fatia pequenina de pudim e uma ainda mais pequenina de bolo rei e uma, vá, duas mangas...)

Amar e conhecer

 

«(...) Gosto de ti, creio que te amo,disse José Anaiço honestamente, Também eu gosto de ti, e também creio que te amo, por isso te beijei ontem, não, não é bem assim, não te teria beijado se não sentisse que te amava, mas posso amar-te muito mais, Nada sabes de mim, Se uma pessoa, para gostar doutra estivesse à espera de conhecê-la, não lhe chegaria a vida inteira, Duvidas que duas pessoas possam conhecer-se, E tu, acredita, É a ti que pergunto, Primeiro diz-me que é conhecer, Não tenho aqui um dicionário, Neste caso, ir ao dicionário é ficar a saber o que já se sabia antes. Os dicionários só dizem o que poder servir a todos. Repito a pergunta, que é conhecer, Não sei, Econtudo podes amar, Posso amar-te, Sem me conheceres, Assim parece (...)»

 

JSaramago, A Jangada de Pedra

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