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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

É só ser aquilo que eles precisam

   Das coisas que eu mais gosto do meu trabalho de psicóloga junto da população idosa é a sensação de familiariedade que construo com os nossos idosos, especialmente com aqueles que visito em casa, ao ponto de lhes conhecer rotinas como se das minhas se tratassem, de antecipar o que dirão ou como irão reagir em determinada situação, de saber onde têm guardada qualquer coisa de que necessitamos, de conseguir terminar uma história porque já a conheço de cor e salteado (e acreditem que memorizar as histórias das muitas dezenas de idosos que "me passam pelas mãos" não é fácil) ou de poder dizer as coisas mais disparatadas e rídiculas pois eles aceitam qualquer brincadeira.

   Este tipo de relação de proximidade poderá não ser consensual. Mandam as leis que não haja envolvimento emocional entre o técnico e o "cliente" (detesto este termo!), mas quem trabalha na área social e com idosos sabe que isso é completamente impossível e até mesmo de evitar. É preciso construir uma relação emocional com aquelas pessoas; é preciso conquistá-las, agarrá-las, conhecê-las, para depois as poder enriquecer. Muito mais do que trazer as vidas dessas pessoas cá dentro, eu sou parte da vida delas. É isso que eu vejo no sorriso delas quando entro nas suas casas. Estou claramente a ver, neste momento, a cara gordinha da D. C. quando entro, a sorrir muito, e a dizer "Olha a Sra. Dra"; ou o Sr. C., fotocópia do velhinho de filme UP - Altamente!, a abrir-me a porta e dizer com a sua voz rouca pelo tabaco enquanto me dá dois beijnhos "que riqueza, que amor..."; ou a D. A., cujo filho me anuncia como "chegou a sua menina!", que me abraça sempre muito e se despede sempre, sempre, sempre, com um "quando chegar ali ao fundo olhe para trás que eu quero dizer-lhe adeus"; ou a D. E., que em private joke apelidamos de condessa da Foz, que me diz um sincero "a Sra. Dra. é minha amiga, gostei tanto de a conhecer"; ou a D. A. e o seu "quem é? Ah, é a minha menina doutorinha psicóloga"; ou ainda a Sra. M, que ainda hoje me dizia "gosto tanto de si, mas gosto mesmo, não é dizer por dizer, gosto mesmo, porque é tão boa, tão simpática, faz-nos tão bem...faz-me tão bem..." ... Estes e todos os outros que me dizem sempre "Até para a semana" e que cobram caso eu não não consiga aparecer com um "já perguntei por si, estava farta de pensar em si, esteve doente, já pensei que me tinha abandonado..."

   Será que alguma vez conseguiria este tipo de relação se deixasse o emocional e os sentimentos fora de portas? Será que alguma vez seria mais a amiga, a menina, do que a psicóloga que lá vai, se me limitasse a seguir a ética e os manuais? 

   Estes idosos precisam disto. Precisam de quem lhes leve um pouco do muito que já não têm. Precisam que lhes mudem a vida, ainda que por alguns minutos, ainda que uma vez por semana apenas. Eles precisam de mim e todos nós que lá vamos colmatar as suas dificuldades. Mas nós também precisamos deles. Porque ao darmos tão pouco, coisas tão simples como um sorriso e um "olá minha querida, como está hoje?" recebemos tanto, mas tanto, que não é possível mensurar. E mais do que ganhar uma nova família, torno-me a família que não têm e sinto, sem hipocrisias, que sou importante na vida de alguém. E isto torna-nos, sem dúvida, pessoas melhores, mais completas e mais felizes. 

Mais um artigo que vale a pena partilhar, para não cairmos em exageros

«Fit is the new skinny?»

O título está em tom interrogatório propositadamente. Fit is the new Skinny?
Já sabemos, é uma frase que se ouve e diz on-the-daily-basis – o exercício físico está na moda.
ESTÁ! É um facto e ainda bem. Sempre fui extremamente activa, sempre pratiquei desporto toda a minha vida, sempre defendi um estilo e vida saudável, uma alimentação saudável.

Mas se por um lado o propósito que nos motiva a seguir um estilo de vida activo seja meritório, sinto que estamos a caminhar do saudável para o exagero.  Anda por aí, especialmente nas redes sociais, uma ficção exagerada com o exercício fisico e com a alimentação. A partir do momento em que todas as pessoas (e eu já o fiz, atenção!!) gostam de partilhar toda e qualquer migalha que ingerem, tudo é passível de ser observado, criticado e avaliado. Com um olho de tal maneira clínico (ou cínico) que as palavras quase viram lengalenga de criança: “Na, na, na, na, naaaam eu sou mais saudável do que tu!!! Toma lá. Já não és meu amigo” (língua de fora).

E também há muita gente a matar-se, literalmente, no ginásio, nas corridas, nas 25 maratonas, mais aulas de crossfit e sei lá mais o quê, queimando, de cada vez, 30000 calorias e suando que nem um porco no espeto em festa das vindimas no Verão. Que postam toda a semente que colocam no prato totalmente biológico e desprovido de hidratos de carbono (esses malvados gordurosos, responsáveis por 50% da maldade no mundo). Muitos(as) nutricionistas de vão de escada que têm sempre uma opinião sobre cada molécula de comida que podemos ingerir. Que pressão, senhores!!!! Que obsessão! É que o tom desses comentários que vou apanhando aqui e ali são sempre extremamente críticos e moralistas. E isso provoca-me alguma estranheza, e já que estamos no tema, algum refluxo esofágico. Pumbas, só assim para lhe dar nos tecnicismos. Ufa! Já desabafei!

A par desta fixação, surgem, como os cogumelos aqui no Jamor, milhentas imagens na Internet sobre os novos corpos” que estão na berra, os novos it bodies.
Confesso que tenho um board (que chique) no Pinterest – “Let’s Get Phisical” – com algumas inspirações de exercício e de corpo. Também sigo algumas páginas no Insta sobre o assunto Fitness, mas na sua grande maioria a imagem perpetuada, hoje em dia, como sendo a desejável pela maioria é a de uma mulher e homem extremamente fit, com a parede abdominal super definida, coxas altamente trabalhadas, maminhas bombadas e braços de Madonna. Estou certa?!

Agora isto está-me a fascinar. A sério que está! Sinto que estamos a mudar o mind-set, os cânones de beleza desejados. Já não queremos ser as top-models da Victoria Secrets (hum… eu continuo a querer), mas, sim, a Miss Bikini Fitness 2015. 

Agora vou filosofar um pouco: talvez porque geneticamente seja mais difícil, à partida, sermos modelos da Channel, mas mais facilmente conseguirmos potenciar o nosso corpo e modelá-lo às exigências de beleza do fitness, esta imagem acaba por ser a mais desejável e… concretizável. Deixo o meu pensamento super profundo sobre o assunto.

Por isso, aquilo que queria mesmo, mesmo, mesmo, mesmo saber, com toda a curiosidade do mundo, junto da minha super, fantabulástica audiência masculina e feminina, é:

– Vocês querem ser as pessoas desta imagem?
– Revêem-se nestes corpos?
– Este é o tipo de corpo que desejam e procuram?
– Será que os homens não se vão sentir ameaçados com estes novos corpos, quase tão fortes como os seus (estou a ver muitos homens a vacilarem com mulheres destas)?
– A feminilidade perde-se nestes corpos?

(Publicado no site INShape)

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Saudável sim...mas nem tanto!

A propósito do que por aqui escrevi há dois dias, encontrei um artigo perfeito. Aqui ficam alguns excertos. Vale a pena lerem o artigo completo.

Como nutricionista, nos últimos tempos, tenho-me apercebido que algumas pessoas vivem escravas da dieta e criam uma obsessão muito pouco saudável com a comida.

Seguem páginas, instagrams,blogs, e tudo o que existe, numa tentativa de absorver toda a informação possível, mas não filtram essa informação nem a sabem adaptar à sua própria realidade. E a alimentação passa a ser a preocupação central do dia-a-dia com o objetivo de alcançar a “dieta saudável perfeita”.

A alimentação saudável não deve envolver restrições e não deve classificar os alimentos em “bons” e “maus” ou em “saudáveis” e “não saudáveis”. É preciso sim, adquirir um estilo de vida que promova saúde, mas sem entrar em negação com um dos maiores prazeres da vida: o prazer de comer.

Associada à alimentação está a socialização, que é drasticamente abalada por esta obsessão pela dieta perfeita.jantares com amigos, namorado/namorada, familiares, etc, tornam-se incompatíveis com a adoção destes comportamentos e o isolamento social é a consequência.

Outro grande problema associado à ortorexia é a criação de um sentimento de culpa quando as regras autoimpostas são quebradas e a tendência é a adoção de dietas cada vez mais restritas e as carências nutricionais vão-se refletir.

Uma alimentação saudável pressupõe uma alimentação variada, com quantidades adaptadas e proporcionando todos os nutrientes necessários ao individuo. Uma dieta saudável é uma dieta equilibrada. Eu costumo dizer que uma “má” refeição não torna ninguém pouco saudável, assim como uma “boa” refeição não torna ninguém saudável. O equilíbrio é a chave!

Mas não vai ser uma fatia de bolo, um gelado ou uma fatia de pizza numa data especial que vai fazer com que não obtenham os resultados pretendidos ou que se tornem pessoas “não saudáveis”.

Um shot motivacional em modo músiquinha

Life is like a big merry-go-round
You're up and then down,
Going in circles trying to get to where you are.
Everybody's been counting you out,
Where are they now?
Sitting in the same old place
Just faces in the crowd
We all make mistakes
You might fall on your face
but you gotta get up

I'd rather stand tall
Than live on my knees,
'Cause I'm a conqueror
And I won't accept defeat
Try telling me no
One thing about me
Is I am a conqueror
I am a conqueror
Ooh oh

Got a vision that no one else sees,
Lot of dirty work, roll up your sleeves,
Remember there's a war out there,
So come prepared to fight
You never know wherever the road leads you,
Not everyone's gonna believe you,
Even though they're wrong, don't prove them right.

I'd rather stand tall
Than live on my knees,
'Cause I'm a conqueror
And I won't accept defeat
Try telling me no
One thing about me
Is I am a conqueror
I am a conqueror
Ooh oh
I am a conqueror

We all make mistakes
You might fall on your face
but you gotta get up!
We all make mistakes
You might fall on your face
Don't ever give up

I'd rather stand tall
Than live on my knees,
'Cause I'm a conqueror
And I won't accept defeat
Try telling me no
One thing about me
Is I am a conqueror
I am a conqueror
Ooh oh

Violência em tempos de cólera

   Em pleno século XXI, quando tudo é inovação e modernidade, a violência é gratuita, indiscriminada, mais irracional que nunca e pública. E isto só pode ser assustador. Ver ou sabermos de um ser humano a agredir outro ser humano tornou-se notícia diária, ao ponto de a surpresa e o choque começarem a ser substituídos por um "mais um caso?". Qualquer motivo parece suficientemente forte para se agredir alguém, como se a violência alguma vez tivesse ou merecesse justificação e as situações em que essa violência termina em morte são cada vez mais e mais estúpidas. Mais do que nunca, a violência entre semelhantes é a notícia do dia, todos os dias, no mais variados contextos. E eu não sei se é do tempo, que parece ter costas largas para tudo, se é a crise, outra que tem de ter as costas muito largas, se é qualquer coisa que anda no ar, se é o stress, a pressão, a tensão, as amarguras da vida... não sei sequer se é alguma coisa que se consiga explicar, porque compreender torna-se muito, muito difícil. O certo é que, o que quer que seja, é grave, muito grave. É a manifestação do pior que o ser humano tem em si; é um retorno aos primórdios da história, um regresso ao tempo em que éramos pouco mais do que animais que andam em duas patas em vez de quatro. E é assustador, tão assustador, pensar onde é que este mundo e esta raça, que se diz superior e racional, vai parar, arrastando-nos com ela para locais demasiado negros, nós que ainda pertencemos àquele grupo de seres humanos que se preocupam com os outros e valorizam a vida e o viver.  

As minhas contrariedades alimentares

 

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 Nos últimos tempos tenho sido bombardeada com "estás mais magra!". É um facto. A balança não engana - chegou a marcar menos de 47kg num dia de "não inchaço" e a massa gorda chegou aos 15%, o que, sendo baixo, é um valor que é justificado pelo facto de praticar exercício físico regularmente, mas sobretudo, a roupa não me deixa mentir. Se as minhas coxas continuam a gostar de marcar presença (com o tipo de treino que faço, dificilmente ficarei com pernas de alicate), do rabo para cima tudo está menos volumoso (ou seco, se preferirmos usar linguagem fit), pelo que tem sido um corre-corre de calças para a costureira apertar na cinta de forma a poder continuar a usá-las. Isto é tudo muito bonito e qual é a mulher que não gosta de ver os resultados dos seus treinos num corpo mais fit e mais magro? Acontece que por vezes sinto que estou demasiado fit, especialmente, como disse, na parte superior do corpo, e confesso que me incomoda querer usar (ou comprar!) determinadas peças de roupa e não puder porque até o tamanho mais pequeno me fica largo. Isso e ouvir constantemente o "estás magra, estás magra, estás magra". 

   Vai daí e depois de falar com uma colega que é nutricionista, percebi que tenho de fazer qualquer coisa para não continuar a ir por aí abaixo. Se reduzir a quantidade e intensidade dos treinos está fora de questão, a solução passa sobretudo por comer mais, sobretudo hidratos de carbono. Já várias vezes disse que como, e como muito!, o que acontece é que como muito de coisas com baixo valor calórico e faço algum controlo, por vezes, exagerado, nos hidratos de carbono que ingiro, ao ponto de acabar por fazer uma dieta restritiva, coisa de que não preciso, nem devo fazê-lo, pois junto com o treino que faço e um metabolismo bastante acelerado há demasiado a ser queimado sem ser reposto. 

   Tudo muito bonito de se falar. Quando nos habituamos a determinado tipo de alimentação e fazemos disso um estilo de vida e não uma dieta, fazer alterações não é fácil. Começar a comer mais pão, mais arroz, mais massa (e eu adooooro massa!), não está a ser fácil para mim, ao ponto de por vezes pensar que levo isto da alimentação saudável longe demais, ainda que inconscientemente. E a coisa piora quando se fala em "comer porcarias", que no meu caso passou de "excepção" para "raridade". Ainda ontem decidimos encomendar pizza para o jantar. A minha primeira reacção foi "eu não quero. Como sopa". Mas depois racionalizei e, meus amigos, as duas fatias de pizza souberam-me pela vida! Há quase 6 meses que não tocava numa fatia de pizza, acho que posso dizer que estava completamente "ougada", pois soube-me tão bem, tão bem, que dei por mim a pensar "porquê que não faço isto mais vezes". E podia fazê-lo, mas quando o faço não consigo deixar de ficar com aquele sentimentozinho de culpa por ter comido algo escandalosamente calórico que terá de ser compensado no próximos dias na alimentação e nos treinos. 

   Eu não faço qualquer sacrifício alimentar e tudo o que seja proibitivo ou impeditivo não é para mim. Como o que quero e o que gosto e tenho a sorte grande de não gostar de muitas coisas pouco saudáveis. Fiz uma série de mudanças alimentares graduais e sinto-me bem com elas. Não passo fome, se há pessoa que anda sempre com comida sou eu. Mas acho que tão importante como termos uma alimentação regrada e saudável, é sermos capazes de ter momentos de disparates alimentares, em que nos lambuzamos com uma porcaria qualquer de que gostamos mesmo muito e que nos sabe pela vida, sem qualquer peso na consciência. Como as duas fatias de pizza que comi ontem. E os gelados que como todos os fins-de-semana. E não me lembro de mais asneiras alimentares recentes...

   Eat well. Be healthy. Be happy. 

«O Regresso do Jovem Príncipe", A. G. Roemmers

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Na remota Patagónia, a quilómetros de qualquer povoado, um viajante encontra um rapaz adormecido à beira da estrada. Está estranhamente vestido, como um pequeno príncipe, esconde-se num manto azul. Perplexo, o viajante pega nele delicadamente. E, em cuidados, leva-o consigo. O menino só acordará mais tarde. Tem o cabelo loiro, da cor do trigo. E muitas perguntas para fazer. Aos poucos revela-se, fala de si, do seu pequeno planeta distante, de uma flor caprichosa que abandonou ao seu destino… e de um pequeno carneiro que aprisionou numa caixa de cartão, para que não fizesse mal à sua flor. O Regresso do Jovem Príncipe é uma história encantada, de A. G. Roemmers, o consagrado poeta Argentino. Ao evocar uma personagem mítica da literatura universal, o autor recupera, neste início de século, uma inocência que temos de preservar. E, ao mesmo tempo, procura responder às grandes questões com que o Homem se debate hoje.

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   E se o Principezinho voltasse? Basicamente é este o mote deste livro. Roemmers escreveu uma espécie de "continuação" do intemporal livro do Principezinho. O tipo de escrita é muito semelhante à do original e a história do livro em si também; uma espécie de "lição" sobre a vida e o que é viver e qual a forma ideal de o fazermos e de estarmos na vida. 

   Não posso dizer que tenha gostado do livro, já que este tipo de "auto-ajuda" não faz muito o meu género, mas fiquei curiosa com a promessa de um Principezinho II. Lê-se bem, fácil e rapidamente. Não enche o coração. 

 

Das super mulheres portuguesas

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    Ser mulher também é, e tem de ser, reconhecer as grandes mulheres que nos rodeiam. Desconhecendo totalmente a pessoa que Cristina Ferreira é, foco-me apenas no lado profissional e público que salta cá para fora e nas muitas conquistas que esta mulher tem conseguido. Da Malveira para a TVI, da TVI para o país, do país para o mundo... está em todo o lado e por todo o lado, sempre com coisas novas e mais e mais conquistas que, é certo, também se traduzem em muito e muito dinheiro. Nada contra. Se podemos conquistar sempre mais e mais, porquê parar? Se temos a força, a garra e a determinação para chegar lá longe, em vez de nos ficarmos por aqui a sonhar com o que gostariamos que fosse, porque não ir até lá? 

   Só podemos estar satisfeitas por termos uma mulher portuguesa cheia de garra. Não a invejo, nem sequer a idolatro, não sigo o seu trabalho, não a conheço, mas sendo mulher e portuguesa, é impossível ficar indiferente a estes bons exemplos de que o que é nacional e feminino é mesmo bom. 

Dos locais que vale a pena conhecer: Quinta da Aveleda, Penafiel

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Bem pertinho do Porto, logo a chegar a Penafiel, temos a Quinta da Aveleda, conhecida pelos seus vinhos e queijos. Nunca senti curiosidade em visitá-la, nem sabia que se podia fazê-lo, até ver uma pequena reportagem na revista do JN com fotografias bem giras do local. Aproveitando o bom tempo que tivemos este fim-de-semana, fomos até lá ontem. 

Por 5euros, faz-se uma visita guiada a toda a quinta, de cerca de 1h, com direito a vinhos e queijos no final. O local não é muito grande e a visita resume-se aos jardins e edifícios da quinta, mas vale bem a pena, pois são jardins giríssimos, bem românticos, carregados de verde e salpicados por muita cor das muitas flores que por esta altura enfeitam o local. Para mim o único senão é mesmo o de não podermos usufruir dos jardins livremente para passear devagar, sentar e admirar, mas uma vez que existe sempre família a viver na quinta (que relaxavam na varanda da casa principal enquanto estranhos fotografavam a sua casita) é compreensível que tal não seja possível. 

Gostei bastante de conhecer este local. Se estão por perto, vale bem a pena passarem por lá. 

«A Boneca de Kokoschka", Afonso Cruz

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O pintor Oskar Kokoschka estava tão apaixonado por Alma Mahler que, quando a relação acabou, mandou construir uma boneca, de tamanho real, com todos os pormenores da sua amada. A carta à fabricante de marionetas, que era acompanhada de vários desenhos com indicações para o seu fabrico, incluía quais as rugas da pele que ele achava imprescindíveis. Kokoschka, longe de esconder a sua paixão, passeava a boneca pela cidade e levava-a à ópera. Mas um dia, farto dela, partiu-lhe uma garrafa de vinho tinto na cabeça e a boneca foi para o lixo. Foi a partir daí que ela se tornou fundamental para o destino de várias pessoas que sobreviveram às quatro toneladas de bombas que caíram em Dresden durante a Segunda Guerra Mundial.

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   Também aqui estou quando é preciso dizer: não gostei. Ou se calhar não o percebi, mas este livro é uma grande confusão e um enorme emaranhado de personagens e histórias que não prometem muito e não nos oferecem nada de novo ou emocionante. Uma série de coincidências e vidas cruzadas, sem grande referência a essa boneca de Kokoschka. 

   A velocidade a que o li é apenas explicável pela minha vontade de sair rapidamente daquela história. 

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