Observações ridículas mas pertinentes relativamente a comportamentos individuais no ginásio
(observações a juntar à referente aquelas aves raras que treinam mais maquilhadas do que eu quando vou a um casamento)
Observação nº1: criaturas que a única coisa que fazem antes de irem tomar banho após o treino é tirar as sapatilhas, calçar uns chinelos e pegar na toalha e lá vão elas, totalmente equipadas, cintos de contabilização da frequência cardíaca e afins incluídos, para o chuveiro. Sim, enfiam-se nele vestidas e saem de lá enroladas na toalha, é certo, mas com a roupa toda encharcada debaixo do braço. Duas questões ficam no ar: será excesso de vergonha ou poupança na lavagem da roupa em casa?
Observação nº2: criaturas femininas que treinam sem cuecas. Exactamente isso. As criaturas chegam ao ginásio, abrem os seus sacos, retiram o seu equipamento, começam a equipar-se e antes de vestirem as suas leggins (nada contra elas, atenção, que também as uso) tiram a cuequinha e aí vai a leggin bem coladinha ao corpo. A todo o corpo. Não sei se isto é prática corrente, se é normal, ou sequer se é expectável que aconteça com a roupa desportiva, mas fazer o que quer que seja sem cuecas não é, nem nunca será, para mim, seja por questões de comodidade, seja por questões de higiene.
Observação nº3: criaturas, que não as mesmas que inspiraram a observação anterior, mas que partilham este gosto pela liberdade de movimentos da nossa zona íntima e que tomam o seu banho, secam-se e vestem o “equipamento de regresso a casa” igualmente sem cuecas… ainda pensei que fosse culpa do esquecimento, mas já vi mais que uma criatura a fazê-lo e recorrentemente, por isso deduzo que será prática comum e banal. Para alguns, está claro!
Dizei-me, por favor, e sossegai-me, isto também acontece nos vossos ginásios ou é o meu que é de facto muito especial?
PS – espero que não me julguem uma tarada com queda para o voyeurismo pelo facto de observar estas coisas tão pessoais e íntimas enquanto estou nos balneários do meu ginásio, mas há coisas que acontecem discaradamente mesmo à nossa frente ou ao nosso lado, e já dizia um louco professor meu da faculdade “um bom psicólogo é sempre um bom voyeur”.