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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Com 2016 à porta

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Este ano não vos vou massacrar com o habitual discurso de que não ligo à passagem de ano mas sim a cada dia que vivemos e blá blá blá whiskas saquetas - mas sim, continua a ser verdade esse discurso! Este ano vou ser curta e rápida porque trabalhar na última semana do ano é demasiado cansativo para ainda me pôr aqui com filosofias. Então é simples e básico: acreditem. Em tudo. Em cada pedacinho. Na vida. Em vocês principalmente. Acreditem que o mundo é o local onde podemos ser felizes. Acreditem que a vida vale a pena. Acreditem que somos capazes de tudo o que realmente queremos e nos faz felizes. Acreditem. Apenas isso tudo. Acreditem. Sorriam. Sempre. E sejam felizes. Todos os dias. Que a vida vos continue a fazer sorrir e acreditar.

Para 2016

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No trabalho. Nas relações. Nas emoções. Nos treinos. Nas decepções. Na tristeza. Na alegria. Na vida. Todos os dias. Em cada momento. O melhor de nós.

Zona de conforto alimentar

   Para quem se preocupa em manter uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável (e não, para quem se preocupa em não engordar ou fazer dietas que não trazem mudanças estáveis), sair da nossa "zona de conforto alimentar" é uma tarefa complicada. Falo de alterar temporariamente os nossos hábitos alimentares devido a momentos especiais, como por exemplo o Natal ou outras festividades ou férias. Senti esta dificuldade nestes 3 dias em que estive em Madrid e tive de procurar na rua todas as refeições que fiz, num país onde valorizam loucamente farináceos e hidratos e parece que só existe pão (e eu adoro pão, mas tudo tem limites), batatas e fritos (duas coisas que bani quase completamente da minha alimentação) para comer! É certo que tentamos adaptar os nossos hábitos àquilo que temos disponível e que não são uns dias de deslizes que vão prejudicar a nossa saúde, mas o facto é que, como não fazemos da nossa alimentação uma dieta mas sim um estilo de vida, alterar os nossos hábitos alimentares chega a ser desagradável para nós. Pelo menos da minha parte, há muita coisa que simplesmente "deixei de gostar" e que o meu organismo não tolera pacificamente, principalmente doces (estou tão habituada não usar açucar em nada que comer uma simples bolacha para mim neste momento chega a ser desagradável), fritos (o meu organismo tornou-se altamente intolerante ao que quer que seja frito) ou fast food (já nem as batatas fritas do Mc Donald`s me sabem bem!). Por isso, para mim, sair da minha zona de conforto alimentar não é nada fácil, já para não falar do factor psicológico e daquela sensação rídicula e irracional de "eu não devia ter comido isto" que absurdamente ainda não consigo controlar. 

   Não são fanatismos nem obsessões. É um estilo de vida que adoptamos e que, como tal, tem hábitos que valorizamos e outros de que fugimos. É preciso flexibilidade e racionalidade, mas enraizamos de tal forma os nossos princípios (mesmo os alimentares) na nossa maneira de ser que fica difícil não sentir um certo desconforto quando a música toca de forma diferente. 

   Quem sente o mesmo?

Que este Natal seja pleno do que quer que seja que nos faz felizes

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   Há muito que o Natal para mim deixou de significar prendas e balurdios de dinheiro gasto. À excepção da prenda dos meus pais e do meu namorado (e mesmo estas sem grandes extravagâncias, até porque faço anos 12 dias antes do Natal), no Natal não há outras trocas de prendas. Eu gosto do Natal pelo Natal; pela família reunida, por uma mesa cheia, por conversas cruzadas, por gargalhadas sinceras, pelos cheiros tão típicos do bacalhau cozido, da canela e de toda a doçaria que enche as mesas e das quais me mantenho facilmente longe porque, tirando os frutos secos, a aletria e o leite creme, não gosto de mais nada. E desde que sou madrinha e passo o Natal com o meu afilhado (este ano estaremos juntos novamente), gosto da felicidade e do histerismo dele na altura de abrir as prendas, porque sem dúvida que um Natal com crianças tem outra magia. 

   Este ano o Natal será cá em casa, junto de familiares, e por isso serão dias cansativos mas que de certeza que valerão a pena. E agora que já só pensamos na noite mágica e já cheira a Natal por todo o lado, o que eu quero para este Natal é o que eu quero para todos os dias da minha vida: luz, magia, saúde, calma, realização, momentos para guardar e muitos sorrisos. É isto que eu quero para mim e para os meus. E é isto que eu vos desejo: um Natal pleno de o que quer que seja que vos faz feliz! 

   Então um Feliz Natal!!!!

Hala Madrid

   Sempre quis viajar na altura do Natal para uma grande cidade. Eu gosto do Natal na rua e gosto de grandes cidades, por isso viajar nesta época é perfeito para mim e até o frio sabe bem. Madrid foi a nossa escolha para uma escapadinha natalícia de 3 dias. Nunca lá tinhamos ido e era sem dúvida uma cidade que queriamos muito conhecer. Levava expectativas elevadas, não estivessemos nós a viajar para a 3ª maior cidade da Europa, mas devo dizer que ao fim de umas horitas na cidade essas expectativas estavam mais que superadas!!! Acho que desde o momento em que saí da estação do metro em pleno coração da cidade que percebi que nada me iria desiludir. 

   Como o objectivo era conhecer o máximo da cidade em 3 dias, optamos por um hotel bem central e a sugestão da nossa agência de viagens foi perfeita! Hotel Regina, um hotel pequenino, sem luxos mas com uma certa classe, localizado numa zona tão central que só precisamos de andar de metro para duas visitas fora da cidade (a praça de touros e o Santiago Barnabeu). Era sair do hotel e escolher se queriamos ir para a esquerda -  menos de 5 min das Puertas del Sol - ou para a direita - menos de 5 minutos da Praça Cibelles. Quem conhece Madrid sabe que a partir daqui chegamos a todo o lado. 

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  De facto, a melhor forma de absorvermos o melhor de uma cidade é caminhando e foi assim que conhecemos Madrid. Foi cansativo, foi, muito (fizemos cerca de 70 km a pé em 3 dias), mas valeu cada metro palmilhado!

   De forma a não perdermos tempo e nos desorganizarmos, programamos a nossa viagem antes de levantarmos voo. Guia turístico na mão, mapa e principais locais a visitar definidos. Como o caminho se faz caminhando, deixamo-nos levar pelas ruas de Madrid e a caminho de cada local a visitar conheciamos outros tantos, muitos dos quais não constam nos guias mas fazem parte da verdadeira Madrid. 

   Afinal, o que vimos? Tanto, mas tanto, que não dá para descrever. E tanto, mas tanto, que de certeza ficou por conhecer. Mas os imperdíveis estiveram presentes: 

Catedral de Almudena

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Plaza Mayor

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Palácio Real

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Puertas del Sol

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Plaza Cibelles

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Puerta de Alcala

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Parque del Retiro

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Museu do Prado e Museu da Reina Sofia

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Praça de Touros de Las Ventas

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Estádio Santiago Barnabeu

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Gran Via

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Museo de Cera

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   E outros tantos locais especiais e lindos guardados nas mais de 500 fotografias que tirei!

   Conclusão rápida e simples: fiquei absolutamente rendida a Madrid! 

   Eu sou claramente uma rapariga de cidades, quanto mais confusão, quanta mais agitação, quanta mais gente melhor. Madrid tem tudo isto, com uma dose de imponência, arquitectura e história que nos deixam arrebatados. Madrid não cabe nas fotografias! Madrid faz doer o pescoço de tanto que temos de olhar para cima para abranger toda a magnitude dos edifícios. Madrid tem milhares de pessoas nas ruas, Madrid tem luz, tem agitação, tem barulho, tem tanta vida que não há forma de não nos sentirmos felizes e completos por lá. 

   Vou voltar, de certeza que vou voltar!

 

   Deixo uma dica: se querem conhecer Madrid de forma mais económica e sem filas, comprem anter o Madrid Card, uma espécie de passe válido pelos dias que escolhermos que nos permite entrar em tudo que é museus, monumentos e outras coisas tais sem comprar bilhetes ou esperar em filas. E quando digo tudo, é mesmo tudo. Não ocmprei um único bilhete para visitar fosse o que fosse e deixei dezenas de espaços incluidos no cartão por visitar por não termos tempo. 

 

 

 

 

 

 

 

 

30

   30 anos. Hoje. Eu com 30 anos.

   Não sou daquelas pessoas que arranca cabelos com a passagem dos anos. Também não sou daquelas que gosta de os festejar com festas de arromba. Eu valorizo o dia-a-dia e cada momento que a via nos oferece, por isso datas especiais não me arrebatam o coração. Apesar disso, há números que nos marcam e o 30 pode muito bem ser um desses números. Não me assusta nada chegar aos 30, acho que a ideia até me agrada. Sair dos 20 parece que nos dá uma certa maturidade e autoridade quase automáticas (especialmente quando a nossa aparência física nos dá pouco mais de 20 anos). 

   Eu estou satisfeita por chegar aos 30 com a vida que tenho. Não é perfeita, não foi a que idealizei porque há muito que deixei as idealizações pelo caminho, não foi tudo o que poderia ter sido, mas foi a vida que vivi e só o facto de aqui chegar é motivo maior de satisfação e alegria. 

   Hoje, entro nos 30 com saúde, com os meus pais ao meu lado e com toda a família que me aquece o coração por perto; tenho um relacionamento que me preenche há mais de 10 anos com alguém que não é perfeito mas que torna a minha vida um lugar melhor; tenho trabalho, gosto do que faço e antes dos 30 consegui subir na minha carreira, o que me motiva para ser ainda melhor e maior; viajei, conheci lugares, conheci pessoas, tenho um gato cor-de-laranja tipo Garfield (sim, isto era uma espécie de sonho de vida para mim!), li muito e quero ler todos os livros do mundo, vi muitos filmes, fui a concertos, ouvi boa música que fica para sempre, fotografei muito, aprendi muito sobre tudo o que a vida é, não é e pode ser, tornei-me uma pessoa melhor, sou mais saudável, apaixonei-me pelo exercício físico, corro apesar de continuar a destestar, aprendi a valorizar o que realmente interessa e a deixar para trás aquilo que nos torna mais pesados, chorei e sei que vou voltar a chorar, perdi e sei que vou voltar a perder, falhei e sei que vou voltar a falhar. Mas também sorri e a vida sorriu-me muitas vezes e é isso que hoje, ao chegar aos 30, realmente importa: os sorrisos da vida e para a vida. Porque daqui para a frente e enquanto me deixarem cá andar eu quero continuar a sorrir, sempre, mesmo quando as portas se fecharem, mesmo quando o sol não brilhar, por mais difícil que a vida possa parecer, usar os músculos da cara e dos lábios e sorrir, sorrir sempre, para mim, para os meus, para os que se cruzam comigo. Sorrir para a vida, pela vida e com a vida. 

   Obrigada pelos sorrisos dos meus 30 anos. 

O melhor entre os melhores

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 Eu fui daquelas pessoas que disse "um documentário sobre o Cristiano Ronaldo?? Eu quero lá saber disso! O rapaz tem 30 anos, o que é que tem para contar?". Uma noite destas dei o braço a torcer e pensei "sou portuguesa, ele é português e é o melhor do mundo, vamos lá dar o benefício da dúvida e ver esta coisa".

   Eu, como toda a gente, tenho a minha opinião sobre o Cristiano Ronaldo, opinião essa que não vale absolutamente nada porque eu não o conheço e só podemos julgar aqueles com quem privamos. Mesmo assim não me isento de muitas vezes o achar arrogante, egocêntrico, vaidoso e demasiado "eu sou o melhor do mundo".  A verdade é que ele é mesmo o melhor do mundo na área dele, o que já foi comprovado mais que uma vez. Não acho que ele tenha nascido a ser o melhor do mundo ou para ser o melhor do mundo. Acho que ele nasceu com vontade de ser o melhor do mundo, mas também com uma auto-estima e um espírito de sacrifício e lutador que, isso sim, são dignos de louvar e premiar. Isso sim é um exemplo. Mais do que talento, Cristiano Ronaldo é um exemplo de que quando queremos algo e acreditamos que somos capazes e nos determinados a lutar com todas as nossas forças para conquistar o nosso lugar, nada é impossível. Nada é impossível.

   E se o seu discurso excessivamente gabarolas e autocentrado me incomoda muitas vezes, há também que pensar que se calhar ele tem é a coragem de assumir e dizer com todas as letras aquilo que realmente é, aquilo que realmente sente e aquilo que realmente quer. Deixemo-nos de falsas modéstias: quem não quer ser o melhor naquilo que faz???? E quem não se sentiria vaidoso se fosse considerado o melhor dos melhores naquilo que faz, ainda para mais repetidas vezes? Este discurso pode nos incomodar, podemos concordar ou não com a sua personalidade vaidosa e egocêntrica, mas num mundo tão grande e tão cheio ser "melhor do mundo" em algo é, tem de ser, motivo de orgulho e vaidade. 

   Gostando ou não de futebol, gostando ou não do atleta, gostando ou não da pessoa que ele deixa parecer, temos de nos orgulhar pelo facto de o melhor do mundo ser português. E temos de aprender com ele a maior lição de todas: nada é impossível quando ambição se conjuga com uma motivação inabalável baseado no acreditar e lutar. 

 

   Ao ver este documentário fiquei ainda com a sensação de que o rapaz só mostra um ar feliz, satisfeito e realizado quando está em campo. Em todos os outros momentos parece que há sempre um olhar perdido e triste. Sorri pouco e a falta de sorriso fácil torna a vida mais pesada.