«O Paraíso segundo Lars D.», João Tordo
Numa manhã de Inverno, Lars sai de casa e encontra uma jovem a dormir no seu carro. Ele é um escritor sexagenário e, poucas horas mais tarde, parte em viagem com a jovem deixando para trás um casamento de uma vida inteira e um romance inédito: O luto de Elias Gro.
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Não gostei de "O luto de Elias Gro". Eu sei que é João Tordo e que isso só por si é garantia de bons livros e boa escrita, mas não gostei. Demasiado descritivo, demasiado depressivo, demasiado melancólico. Há quem o tenha considerado o melhor livro de João Tordo, mas para mim anda bem próximo do contrário (e nada supera "A Biografia involuntária dos amantes").
Quando este "Paraíso" saiu, e escaldada pelo livro anterior, fiz-lhe uma careta e resisti meses e meses a comprá-lo. Há pouco tempo, num impulso, decidi-me. E que bem que fiz. Devorei-o!
No estilo do anterior, sim, mas este pareceu-me mais leve. A história entra-nos facilmente e isso é tudo que faz um livro de sucesso e um livro que nos apetece ler, com gosto. Este sim, é um João Tordo que vale a pena ler!