Eu e Nicholas Sparks
Tudo começou com "As palavras que nunca te direi". Quem não se rendeu àquelas palavras, àquelas cartas, àquela história, àquele amor? Depois veio "O Diário da nossa Paixão", para mim, um dos melhores livros do género de sempre e o único que li duas vezes na integra e do qual releio excertos imensas vezes. Seguiram-se tantos outros. Todos, na verdade. E assim confirmei o meu gosto pelo escritor Nicholas Sparks.
É verdade que se trata de literatura lamechas, a roçar o pirosamente romântico. E é verdade que livro após livro, as histórias se começam a tornar repetitivas e até previsíveis, mas mesmo assim, não me consigo cansar de Nicholas Sparks. E não consigo deixar de admirar a sua escrita. Pela simplicidade. Aquela simplicidade que tanto nos transmite, a simplicidade das palavras que criam imagens nítidas do que estamos a ler. Porque sempre que leio Nicholas Sparks sinto-me num filme e não num livro. Sinto-me numa pequena cidade da Carolina do Norte. Numa casa à beira-mar, num porto, num hotel renascentista, numa casa de campo...seja onde for, estamos lá com Theresa e Garret, Landon e Jamie, Denise e Taylor, Miles e Sarah, Jonh e Savannah, Jeremie e Lexie, Beth e Tighbolt... estamos lá com eles, na vida deles, com os sentimentos deles que se tornam tão nossos. Cada página é uma imagem e, não raras vezes, dou por mim a olhar uma qualquer paisagem e a pensar: parece tirado de um livro de Nicholas Sparks.
E com isto, mal posso esperar por desfolhar o novo livro deste autor que chega até nós já no próximo mês (A Melodia do Adeus). Pai Natal, Pai Natal, não nos ficamos só pelo polémico Nobel, também queremos o lamechas do Sparks. Apontaste?
Quanto à imagem do senhor, confesso que quando o vi pela primeira vez fiquei ligeiramente desiludida. Imaginava-o bem mais velho...e charmoso. Tem boa escrita, para quê pedir mais?