Eu e ele na mesma cama
Até era coisa para funcionar. O problema é que tu és querido demais e esse excesso de meiguice rouba-me algumas horitas de sono. Não é que ressones, como parece que muitos homens fazem, mas fazes rum-rum rum-rum praticamente toda a noite, o que para mim é quase tão mau como ressonares, não fosse o facto de esse teu ronronar ser sinónimo de satisfação. Mas o grande problema são as tuas demonstrações de carinho a qualquer hora da noite. Acordar de madrugada com uma língua a passear por praticamente todo o meu corpo não é o meu sinónimo de noite perfeita. Muito menos quando furas por baixo dos lençóis. E tu sabes que eu te adoro e que quero muito que estejas por perto, mas a cama é grande, não precisas de dormir sempre colado à minha barriga, em cima do meu braço ou tão perto da minha cara que te sinto o respirar. Mais! Quando eu vou à casa de banho, e tu sabes que eu sou uma rapariga de bexiga sensível, não precisas de vir atrás de mim e me saltar para o colo. E aquele copo de água que estava no quarto, era para mim, não era para tu beberes metade mesmo à minha frente.
Por isso, meu querido Ruka, aquela cama de casal é demasiado pequena para nós os dois. Amiguinho, esta noite, não vais para o sofá, mas vai dormir cada um na sua caminha.