Conselho
Conselho: Se vão jogar à macaca com crianças, certifiquem-se que os vossos sapatos não têm saltinhos. Há sérias probabilidades de ouvirem algo do género: "Uau! Até de saltos consegue! Que fofinha! A seguir vamos saltar às cordas."
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Conselho: Se vão jogar à macaca com crianças, certifiquem-se que os vossos sapatos não têm saltinhos. Há sérias probabilidades de ouvirem algo do género: "Uau! Até de saltos consegue! Que fofinha! A seguir vamos saltar às cordas."
Uma mulher iraniana de 30 anos ficou cega e com a cara desfigurada depois de um pretendente que não sabe ouvir um não lhe ter atirado com ácido para a cara. A mulher pediu a mais que merecida justiça. Não uma indemnização monetária que a ajude a cobrir os gastos das sucessivas operações, mas a justiça do "Olho por olho, Dente por dente". Justiça foi feita e a mulher irá agora atirar com ácido para a cara do seu agressor, para que ele sinta o que ela sentiu. Diz que não o quer cegar por vingança, mas sim para evitar que ele faça o mesmo a outra mulher.
Algo me diz que o dito senhor não sentirá nem metade do que a vítima sentiu. Primeiro porque estará anestesiado, segundo porque ó ácido poderá atingir apenas um dos olhos e terceiro porque ele não será uma vítima inocente.
Quando no mesmo dia nos acontecem coisas como:
- Sair de casa de manhã para tratar de assuntos profissionais relativos ao meu futuro e à minha ambição de mudança (sim, porque criancinhas mini adultas e que nos mimam são muito giras mas não me dão aquele sentimento de realização ao final do dia) e esses assuntos demoram, não os previstos 20 min, mas 2he30m e sempre em pé;
- Deixámos o pobre do papi todo esse tempo à espera, de pé ligado e muletas, sentado num muro e precisamos de ligar ao avô para ir buscar o pobre do homem que tem 16 pontos para tirar daí a 20 minutos e está ansioso por saber o veredicto final para o seu pé;
- Chegámos ao parque de estacionamento para pagar a já elevada quantia pela "estadia" do carro e descobrimos que a máquina não dá troco de notas de 10 euros e não temos nada mais pequeno;
- Entramos em tudo quanto é loja para destrocar a nota e "ahhhh, não temos trocos..." (será mesmo possível que em tanta loja não existam 2 notas de 5 euros? moedas? não? Só mau feitio?) e a solução passa por uma vista de olhos rápida a uma feirita do livro que por lá marcava presença e, maravilha, um livro a 2 euros...
- Vamos pagar o dito livro com a dita nota de dez euros e o senhor nos diz: "Desculpa, não tenho troco para essa nota. Não tem mais pequeno?"; eu, depois de respirar fundo, "N.Ã.O."; "Pague com o cartão multibanco então, por favor"; e aqui tive de me armar em durona "Não, não pago, lamento muito. Não tenho. Só tenho esta nota e quero mesmo este livro". Estive para mandar um "desenrasque-se e rapidinho que eu estou cheia de pressa", mas felizmente eu penso antes de falar, mas quando já nem cabeça para pensar tenho;
- Corremos para o parque, "iupi, iupi, tenho uma nota mais pequena que 10 euros", chegamos à saída e vemos uma fila daquelas para sair do parque e alguém se dirige a nós com um "Desculpe menina, há um acidente e está difícil sair do parque...." - fulminei o pobre homem com o olhar, como se ele próprio fosse o acidente;
- Conseguimos sair daquele parque e, surpresa!, há uma fila enorme mesmo à porta do parque, com direito a buzinadela portuguesa e polícia;
- A urgente visita aos CTT ficará para próximas aventuras porque é hora de ir trabalhar;
- Trabalho esse que foi até bastante tranquilo, não fossem as adolescentes de hormonas aos saltos que criaram um verdadeiro filme de Hollywood, com direito a choro compulsivo, berros histéricos e faltas de ar, deixando o professor completamente perdido e olha que bom até temos aqui uma psicóloga que pode resolver o assunto com estas meninas com mais 50 cm que ela e que aparentam ser as suas irmãs mais velhas, só que com menos 10 anos que ela;
- Temos reunião de tese às 18h30m e às 19h, quando já corremos para a saída, nos pedem "Podes ficar aqui um pouco a tomar conta enquanto trato de uns assuntos?";
- Chegámos a essa reunião das 18h30 às 19h30, depois de termos quebrado todos os limites de velocidade;
- Tudo isto tendo ingerido apenas um pão, duas maçãs e uma garrafa de água
- E sempre com uns magníficos saltos de 13 cm nos pés...
Não admira que às 21h, quando finalmente vamos entrar no carro rumo a casa, o carro nos passe completamente despercebido e acabemos a noite a vaguear pelo parque de estacionamento da universidade e tentar abrir outro carro que não o nosso (vá, a marca era a mesma, só o modelo é que era o anterior...).
Todos os dias sou recebida calorosamente. Há gritos de alegria, correria ao meu encontro, sou agarrada por todos os lados e os esforços para não ir parar ao chão, juntamente com três ou quatro pirralhos, são árduos. Todos os dias levanto a voz para algum deles, quase todos os dias ameaço com castigos e muitas vezes as ameaças concretizam-se (sim ,já me chamaram ditadora, mas não é fácil manter a ordem em 20 crianças). Ainda assim, todos os dias sou elogiada. Todos os dias me dizem "Está tão bonita". Todos os dias me mexem nos caracóis. Todos os dias me abraçam enquanto falam comigo. Todos os dias recebo um beijo de alguém que vai de propósito à sala. Todos os dias me contam as suas histórias e me pedem para contar as minhas histórias.
Aquelas crianças que eu não consigo compreender e que me fazem a cabeça num oito, são as mesmas que fazem uma análise pormenorizada a cada uma das minhas roupas. São as mesmas que sabem que "aqueles sapatos castanhos clarinhos com umas coisinhas à frente são os que têm os saltos mais altos". São as mesmas que deliram quando uso uma trança ao lado e me pedem para lhes fazer uma igual. São as mesmas que pedem para se sentarem no meu colo e lutam por ele como por água para beber. São as mesmas que depois do beijinho de recepção gritam "Senta-se ao meu lado". São as mesmas que, sempre que lhes toco ou abraço, gritam de alegria e chamam todos para ver. E são as mesmas que, quando não estou, perguntam porque não estou e quando chego.
São pestes. São crianças que não sabem ser crianças. Mas conservam alguma inocência pura que as faz entregarem-se a todos os que lhe dedicam algum do seu tempo.
O que elas não sabem é que também eu aprendo algo com elas todos os dias. Aprendo, principalmente, a lidar com crianças e a gostar delas. Era fundamental para o meu crescimento pessoal. Por tudo isso e por tudo o que me dão, não poderia deixar de lhes estar grata.
(Quantas vezes me irão ouvir falar assim de pestes de metro e dez? Não, não estou convertida, nem rendida! Não sou assim tão fácil de vergar!)
Quando cheguei ao meu local de trabalho hoje, para além da sempre calorosa recepção por parte das minhas "pestinhas", encontro uma delas, de sexo feminino, amuada a um canto, de lágrimas nos olhos. Perante as minha palavras "Então C., que se passa?" a resposta desarmou-me completamente: "Nunca mais, ouviu? Nunca mais eu quero ter amigas na minha vida! Nunca mais vou ser amiga de nenhuma rapariga. Nunca mais na vida!". Isto dito com as lágrimas a correrem pela face abaixo e uma voz convicta e certa demais para uma criança de 8 anos, deixa qualquer um a pensar "Uau. Não poderia começar melhor o meu dia". Toca a chamar as duas partes das queixosas e ouvir (ou pelo menos tentar) as versões das duas. Não é fácil. Não é nada fácil ser moderadora numa discussão entre dois seres do sexo feminino, principalmente quando uma delas é demasiado autoritária e teimosa e a outra demasiado sensível. O facto de terem apenas 8 anos seria imperceptível caso as ditas não estivessem à minha frente, tal era o palavreado usado em sua defesa. Enquanto uma dizia "Eu não preciso de ti para nada, porque nem eu sou tua amiga, nem tu és minha amiga", a outra continuava a derramar lágrimas de desilusão pela perda de uma amiga, relembrando à teimosa e autoritária que um dia poderia ser ela a chorar por ter perdido alguém de quem gostasse e que nessa altura iria perceber o quanto isso magoava (palavras da própria). A discussão estendeu-se ainda por largos minutos, girando sempre em torno da temática "Era tua amiga e agora já não sou mais e afinal nunca foste minha amiga".
Confesso que a dada altura a única coisa que conseguia fazer era sorrir. Sorrir, porque aquelas duas crianças, aida tão pequenas, já discutem como gente grande e por motivos de gente grande, em vez de aproveitarem a maravilhosa infância que lhes resta. E assim não consegui deixar de sentir pena por aquela miúda que tão puramente se sentia desiludida por uma amiga, porque com aquela idade percebeu como as mulheres podem ser crúeis umas com as outras e colocar numa discussão tudo aquilo que de pior escondem. Senti pena, porque aquela criança chorava aos 8 anos sem saber que pela vida fora vai ter desilusões muito piores que aquela e lágrimas muito mais dolorosas que aquelas. E senti pena daquela outra, a teimosa e autoritária, porque com 8 anos é já demasiada orgulhosa para ceder, para perdoar e para dar outra oportunidade e porque já acredita que não precisa de amigos para nada.
Felizmente, 1 hora depois, as duas brincavam juntas e as lágrimas tinham secado. Foi só uma discussão de crianças sobre problemas de gente grande. Vamos esperar que tenham aprendido com algo com ela. Com ela e com a pequena S., que nos seus 6 anos responde à pergunta "E tu S., és minha amiga?" com um estondoso "Não...sou amiga de toda a gente.".
Boa sorte meninas! Não é fácil ser-se mulher num mundo de (cada vez mais) mulheres!
Comprei o livro há uns 2 anos atrás, apenas porque tinha um cão lindo na capa e porque uma história sobre o melhor amigo do homem, completamente verídica e na qual o cão parece não conhecer o significado da palavra obediência, me pareceu a leitura ideal para umas férias na praia. O facto de, menos de um ano depois da sua primeira edição, já ir na 16ª edição só em Portugal, confirmou a minha escolha. O melhor veio depois. Assim que abri o livro não mais consegui fechá-lo. Apaixonei-me por aquele Labrador desde o primeiro instante. Apaixonei-me pelas palavras que o caracterizavam, pela frases que descreviam os seus passos, cada um mais desastrado que o anterior. Ria-me constantemente, imaginava como seria ter um cão daqueles na nossa vida e contava a quem estava à minha volta as novas aventuras de Marley. Como toda a história que mexe connosco, no final emocionei-me. Percebo o que é gostar de um animal como se de um humano se tratasse. Percebo o que é considerá-lo muito mais que um animal de estimação e vê-lo como o nosso amigo, o nosso companheiro de 4 patas. E percebo o que é vê-lo dizer adeus e deixá-lo ir.
Assim que terminei o livro, tive vontade de o ler outra vez. Não o fiz porque, de tanto falar do Marley já toda a gente à minha volta se tinha apaixonado por ele e, assim, qual livro de Bookcrossing, Marley&Eu viajou de mão em mão e conquistou todos a quem se apresentou.
Mal podia esperar pelo filme. Não porque esperava que fosse melhor que o livro (impossível de todo), mas porque tinha saudades do mundo Marley. Como é habitual, o livro supera em muito o filme. No livro está lá tudo, (d)escrito com a emoção de quem amou aquele cão. No filme está o mais engraçado, o que gera audiência, o que capta a atenção, o que arranca gargalhadas e solta lágrimas. Está bem conseguido. O cão é um doce, impossível não soltar um "ooohhh que giro". Roubaram-lhe algumas das suas melhores aventuras (foram constantes os meus "oh, não mostra ele a fazer isto", "oh, não mostra ele a fazer aquilo"), mas deram-lhe um final digno. A última cena de Marley, no momento em que o "põem a dormir", os seus olhos fixos no dono e em nós, enquanto os fecha gradualmente e lhe agradece por tudo, inclusivé por o deixar partir, é "o" momento do filme.
Vejam o filme e rendam-se ao livro.
Aqui o verdadeiro Marley e as palavras do seu dono:
"Apesar de tudo, de todas as desilusões e expectativas não correspondidas, Marley tinha-nos dado uma prenda, ao mesmo tempo grátis e sem preço. Ensinou-nos a arte do amor absoluto. Como dá-lo e recebê-lo. Quando é assim, todas as outras coisas tendem a bater certo.
... numa agência de viagens completamente cheia a um domingo à tarde, sem cadeiras livres ou espaço para movimentação humana.
Crise??? Só para quem não conhece o melhor amigo do homem: pagamento às prestações. Goza hoje e paga 30 anos depois...ou não. Ou não.
Se o vosso namorado chegar à vossa casa às 9h da manhã de sábado, quando vocês ainda não tiveram a coragem e determinação suficientes para se levantarem da cama, de fato de treino e barba por fazer (shame on you!), desconfiem que o vosso dia irá ser passado numas sapatilhas, sem momentos de relax "fim de semanesco", dividindo o dia entre as compras na loja de desporto, as longas caminhadas e as batalhas no ginásio, daquelas que vos fazem dizer, pela primeira vez, "Ai, ai, ai, eu não consigo mais, segura, segura". Entre estes momentos extremamente healthy, existirá ainda tempo para comerem batatas fritas ao almoço e ao jantar, justificando todo o work it out do dia. Já as tremendas dores de pernas à noite fazem parte do conjunto e servem de castigo para os pecados da boca de hoje.
E o resto da noite de sábado? Caminha, creme nas pernas e muitas almofadinhas para dormir de perna ao alto, por favor!
Amanhã serei coquette de novo! Juro! Mas só amanhã.
E que bem sabe chegar ao final do dia completamente K.O. de tanto viver.
Bem-vinda. Sinta-se em casa e espalhe cor, alegria e sorrisos por todo o lado.
O Papa Bento XVI defendeu esta terça-feira que a solução para o problema da sida não passa pela distribuição de preservativos, horas antes de aterrar na capital dos Camarões para a sua primeira visita ao continente africano.
"Não se pode resolver (o problema da sida) com a distribuição de preservativos", disse o Papa aos jornalistas a bordo do avião da Alitália que o levará até Yaounde, nos Camarões. Acrescentou que, "pelo contrário, a sua utilização agrava o problema".
Esta é a primeira vez que Bento XVI fala explicitamente no uso de preservativos. A Igreja Católica, que se afirma na linha da frente do combate à sida, encoraja a abstinência para impedir a propagação da doença."
(Jornal de Notícias)
E é este o Ex-libris da Igreja Católica que temos.
É que nem vou comentar. Nem uma palavra, pois correria o risco de pecar fortemente em época de Quaresma. É a minha penitência: controlada e de boca fechada. Assim não ofende.