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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Confessions of a shopaholic - no rescaldo de uma época de saldos

   As lojas já cheiram a Primavera, ou seja, termina mais uma época de saldos. Bem vistas as coisas, portei-me como uma menina crescida. Não cometi nenhuma loucura, não assassinei ninguém na luta por uma peça única, não gastei mais do que aquilo a que me tinha proposto e não trouxe para casa nada que me faça pensar "só vou usar isto uma vez". Vejámos se não fui uma fashion addicted exemplar:

   1. Pares de sapatos adquiridos: ZERO!!! Só por esta já merecia um prémio...do género, um par de sapatos? Confesso que o calçado da época ajudou a este meu auto-controlo, já que botas e botinhas não são a minha perdição, mas que vi uma meia dúzia de sapatinhos lindos, lá isso vi. 

   2. Vestidos adquiridos: 2. Chegaram a ser 3, mas um voltou para a loja e não estou nada, nada arrependida.

   3. Qualquer bem de cor preta adquirido: um! Um porta-moedas! Não conta, pois não?

   4. Calças de ganga adquiridas: zero!

   5. Carteiras adquiridas: zero!

   Como vêem, cumpri tudo a que me propus. Em compensação, desenvolvi uma qualquer obsessãozita por camisas e blazers. Das primeiras, conto com uma boa meia dúzia a estrear e dos segundos, já cá cantam 3 novos meninos, sendo que dois deles foram, para mim, as compras do ano, já que são lindos, lindos para quando este frio nos deixar.  Para além disso, camel is my new black, que é como quem diz, empanturrei-me de camel ou cores que "rimem" com camel, de modos que quero uma Primavera com cores bem softs.

 

   Finda esta época de consumismo, apraz-me dizer que atingi níveis elevados de maturidade no que respeita a consumismo. E se eu já só penso na Primavera? Ainda não. Aliás, chegou aquela época em que não gosto de entrar nas lojas e deparar-me com coisas tão giras que só poderemos vestir daqui a um bom par de meses. Tenho para mim até que estes são os meses mais económicos do ano.

 

   Disto isto só me resta dizer, queridos amigos saldos, vemo-nos, de certeza, no próximo Verão!

Há coisas que não se fazem

 

Eva Longoria

 

   Como por exemplo, não se montam feirinhas do livro com preços apetecíveis à porta das nossas lojas de roupa preferidas, muito menos quando as mesmas mostram os seus cartazes de saldos. Parecendo que não, uma pessoa dada às literaturas com a mesma afeição com que se dá aos trapinhos e sapatinhos fica naquela do "à saída vou comprar este livrinho" e dentro da loja "gosto mesmo disto, mas aquele livro ali à porta...".  

   Em tempo de economias, isto não se faz!

 

Flipped - O meu primeiro amor

 

"Alguns de nós são pálidos, outros brilhantes e outros são coloridos.

Mas de vez em quando encontramos alguém que é irradiante e quando o encontramos, não há nada que se compare."

 

Um filme adorável sobre um primeiro amor, em tempos de inocência, nos quais uma árvore plantada se tornam a mais bela prova de amor.

Vale a pena!

São os sentimentos que os fazem crescer

 

   A S. tem 8 anos e é umas das "minhas meninas". Está comigo há 2 anos e confesso que nutro um certo "favoritismo" por ela, já que é uma das pouquíssimas crianças que é verdadeiramente criança, muito embora tanta inocência e mimo acabem por prejudicar a sua aprendizagem.

   A S., na 3ª feira, portou-se mal. Fez uma birra de todo o tamanho, a pior coisa que podem fazer quando tentam entrar em conflito comigo. Eu alertei-a duas vezes, ela não cedeu. Eu não a castiguei. Levantei-me e deixei-a sozinha, não sem antes a informar de que não estava zangada com ela, mas sim desiludida e triste, porque os amigos não têm comportamentos daqueles.

   No dia seguinte, a S. chegou com os olhos a brilharem, sorriu para mim e esperou o beijinho. Eu disse-lhe "Boa tarde" e continuei o meu trabalho. Rondou-me o resto da tarde e eu falei com ela só o estritamente necessário.

   Ontem, antes de sair, a S. veio ter comigo e disse "Desculpas-me? Eu mereço! E prometo que não volta a acontecer. Se eu fizer outra vez fitas deixo de ser o teu caracol e eu gosto tanto de ser o teu caracol". Selámos o compromisso com um beijinho de amigas. Enquanto corria para a porta, a S. gritou "Sou o teu caracol, não sou? Eeeehhhhhh...".

   Hoje, ao sair, vejo-a a discutir com a mãe enquanto aguardavam pelo sinal verde para os peões. Ouvi palavras como "Mas eu sou um caracol! Já sou outra vez o caracol da Prof. Na, já somos amigas outra vez".

 

   Talvez haja quem me ache mázinha e cruel, eu chamo-lhe educação pela verdade. Um castigo pouco faria. Mexer-lhe com as emoções deu resultado. A S. percebeu que errou. E, mais importante, demonstrou que a nossa relação tem importância para ela. Para mim, é a melhor lição que ela poderia ter aprendido.

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