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Eu: "E agora vais amuar e chorar só para não trabalhar?"
S.(8 anos): "E?? Menos xixi faço."
Mark Wahlberg
De pais que se preocupam, que partilham connosco (que de alguma forma participamos da educação dos seus filhos) dúvidas e receios, que nos mantêm informados sobre o importante, que nos pedem conselhos e opiniões. E é curioso perceber como os filhos destes pais são crianças completamente diferentes.
As coisas estão tão boas, tão boas, que vai daí acharam (os suspeitos do costume) que o melhor era reduzir a remuneração dos estágios profissionais para os 500 e troca-o-passo euros. É que não se esgotam as boas ideias neste país.
Anne Hathaway
Excelente debate ontem no Prós e Contras da RTP1, relacionado com o actual estado dos jovens portugueses no mercado de trabalho. Ou da ausência dele. As opiniões foram várias, as sugestões poucas ou nenhumas. Basicamente, dizem-nos que "a solução" é irmos para o estrangeiro. Coisa sempre agradável de se ouvir, afinal que bem que nos cai saber que no nosso país não há, nem haverá, lugar para nós, como se ir para fora fosse mais ao menos como ir ali à Galiza comprar caramelos. Se não queremos deixar o berço, podemos sempre dar asas à imaginação e bora lá todos sermos empreendedores. Conceito teórico muito bonito, não fossem as consequências monetárias que arrasta consigo. Se nada disto nos parece solução, mal o nosso, que não soubemos escolher o curso, afinal, parece que há por aí instituições onde a taxa de empregabilidade dos seus estudantes é de 100%.
Entre isto e o resto, tempo houve para me fartar de ouvir aquela Isabel Stillwell, que até tem uma voz mais irritante que a sua escrita. Perguntou ela, basta de quê? Em primeiro, basta de a ouvir. Em segundo e concordando com as palavras de um dos assistentes da plateia, basta que nos passem a mão pelo pêlo, que nos digam para termos calma que a nossa oportunidade está a chegar, basta que nos digam que isto está mau para todos (menos para aqueles da faculdade dos 100% de empregabilidade), basta que nos obriguem a acreditar, basta que nos mostrem estatísticas. Não é isto que nós queremos ouvir. Aliás, nós só queremos que nos ouçam. Só queremos uma oportunidade.