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Embora não seja uma "grande leitora" no que a autores portugueses diz respeito, não consigo escolher apenas um. Por isso aqui ficam 4 sugestões.
Sugestão 1:
O incontornável e eterno José Saramago.
Enquanto continuo a minha viagem pelas suas palavras e embora tenha gostado de uns livros mais do que outros, este talvez seja aquele que, até hoje, me foi mais fácil ler, por apresentar uma escrita simples e deliciosamente jucosa, longe dos seus clássicos. Talvez seja esta uma boa forma de começar a ler Saramago.
Sugestão 2:
Miguel Sousa Tavares.
Aqui estive indecisa entre...bem, entre todos os outros livros dele e este. Comecei com "Não te deixarei morrer David Crocket", onde encontrei as melhores crónicas de sempre, que já li e reli dezenas de vezes sem nunca me cansar.
Este "Equador", embora seja praticamente um bloco de cimento, dada a quantidade de páginas, li de um sopro só e senti(me) de tal modo na história que nunca consegui ver a adaptação da história à televisão, por ter sido incapaz de captar por imagens a beleza daquelas palavras.
Não podemos esquecer que o "Rio das Flores" é mais um dos seus excelentes romances e que "No teu deserto" vale mesmo a pena ser lido.
Sugestão 3:
Margarida Rebelo Pinto, ela mesma, o nosso top no que a fast literature diz respeito.
Li praticamente todos os seus livros (estão me a faltar dois ou três, no máximo) e rendi-me ao seu "Alma de pássaro" ao fim de meia dúzia de páginas. Já a este devo-me ter rendido ao fim de meia dúzia de palavras, já que, de tão simples e básico, se torna absolutamente real. É daqueles que está sublinhado praticamente do princípio ao fim...
Sugestão 4:
O único que li desta escritora mas, sem dúvida, um dos livros que mais gostei até hoje...
Para além destes, um outro escritor de língua portuguesa do qual sou "fã" é Paulo Coelho, mas sendo brasileiro, não cumpre bem os propósitos deste post.
E as vossas sugestões quais são?
Eu sei, eu sei, como é possível o Lobo Antunes não aparecer nesta lista...eu confesso: nunca li Lobo Antunes. Mea culpa! Um dia será o dia.
O Sr. A. tem 83 anos e está num processo demencial recente mas com uma evolução assustadoramente rápida. Há uma desorientação temporal e espacial total, discurso incoerente, muita agitação comportamental e uma tristeza na cara impossível de ignorar.
Há uns dias, o Sr. A apareceu no Centro de Dia com diversas marcas corporais. A explicação veio do sobrinho, com quem vive: caiu. Aparentemente as quedas têm sido bastante frequentes, já que as marcas continuam a surgir, incluindo em locais do corpo pouco comuns para serem afectados por quedas.
Em momentos de maior agitação, o Sr. A. diz coisas como: "ele vai dar cabo de mim", "ele é mau para mim", "ai quando ele souber que eu fiz estas asneiras vai ficar tão zangado comigo", "a sra. olha por mim sempre?"...
O filho do Sr. A. foi chamado a intervir...e eu pergunto-me, assim como toda a equipa de trabalho daquele centro: temos ou não informação suficiente para sinalizar o caso? Que consequências isso terá? E como, atendendo ao estado do utente, vamos apurar a verdade, seja ela qual for?