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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Pequeno momento fútil de mulher

  

 

   Nós, mulheres, andamos em guerra constante com a balança e, consequentemente, com o nosso peso, ou pelos menos com as nossas dimensões corporais. Eu, está claro, não sou excepção. Não me preocupando tanto o peso, tenho paranóia com larguras de coxas (e no que respeita ao assunto Deus sempre foi bastante generoso comigo), de maneira que ando sempre a tirar medidas a olhometro e através da facilidade com que visto umas calças skinny.

   Vai daí, há uns tempos cismei que estava mais gorda (ou pelo menos com as coxas mais largas) e tudo por culpa do ginásio e das aulas na piscina. E resolvi-me pela dieta, que no meu caso se resume a não comer tantas bolachas Maria, Torrada, Integrais e de soja (por cá, é o que se gasta) como seria habitual, já que em tudo o resto não preciso cortar pois sou abençoada por uma boca que tende a não gostar daquilo que faz mal. Há coisa de 2 meses fui a uma consulta médica e sai de lá orgulhosa ao ouvir as palavras "está com um peso bom, embora nos limites minímos, por isso não faça desporto que potencie o emagrecimento". Maravilha! Afinal as minhas coxas não devem pesar assim tanto. Ainda assim, vale a pena continuar a cortar na bolacha.

   Recentemente e com a chegada dos dias mais longos decidi-me aumentar a carga de exercício físico, para tonificar as coxas (como vêem, andamos sempre à volta do mesmo!). E toca de alternar as idas ao ginásio (onde passei a fazer igualmente aulas mais puxaditas), com caminhadas de tempo cronometrado ao final do dia. Não satisfeita com o caso, ainda mais recentemente, resolvi-me a transformar essas caminhadas em pequenos momentos de corrida alternados com caminhada apressada e corrida e caminhada e muitas dores de pernas e coxas e rabo e o mais que exista. A avaliar pelas dores que hoje sinto, depois de um dia de corrida/caminhada e um dia de ginásio, estou a puxar pelo corpinho e ele está a sentir.

   E isto tudo para dizer o quê? AH! Já me lembro! Isto tudo porque hoje de manhã me pesei e a balança sorriu para mim e eu andei o dia inteiro bem-disposta e a pensar que gelado vou comer no fim-de-semana e que sabor daqueles potezinhos de gelado do continente vou trazer para casa. Quanto às bolachas, a coisa parece muito mais controlada e umas quatro bolachinhas não fazem mal a ninguém. Já no que a gelados diz respeito, não haverá fim-de-semana sem eles. Pelo menos!

"Aparece"

   As novas tecnologias vieram de facto alterar uma data de coisas, introduzindo palavras novas mas também alterando o significado de outras. Então não é que agora dizer "Aparece" não significa: olha, aparece no café do costume, neste ou naquele lugar, na aula de zumba de terça-feira, whatever. "Aparece", hoje, significa nada mais nada menos que "põe-te online no facebook para conversarmos que eu vou lá todos os dias e estou por lá até bem depois da meia noite".

   É verdade. É isto. E parece que este significado se estende a diversas faixas etárias, que já ouvi aquele "aparece" de todas as bocas. Onde vamos parar com esta informatização das relações humanas?

   Ah! E não me peçam para "aparecer", que eu nunca apareço.