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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

O período pós-ferias

 

   Eu sofro de um grave problema no período que sucede as férias, que na verdade deve afectar 99% das pessoas que estão de férias e têm de regressar ao trabalho. Há quem lhe chama ressaca pós-férias, mas eu gosto de lhe chamar de depressão pós-férias. E, meus caros leitores e leitoras, o que eu sofro com esta depressão, que me começou a afectar precisamente hoje e irá durar pelo menos uma semana.

   Os sintomas são simples e facilmente detectáveis. Antes de tudo o mais e logo para começarmos bem, uma tremenda tromba por termos de saltar da cama à hora a que costumavamos ir fazer um xixizinho para voltar a dormir mais um bom par de horas. Pois agora fazemos o xixizinho e a correr, porque há muito a fazer antes de sair de casa. Isto saltando o facto de não dormir praticamente nada por não conseguir deixar de temer que o despetador não toque à hora devida, o que me faz acordar de hora a hora e pensar "já só posso dormir mais 4h...mais 3h...mais 5min". Do trânsito não me posso queixar, já que é a única parte positiva de trabalharmos quando meio país está de férias. Chegamos ao local de trabalho e é só sorrisos e comentários felizes do tipo "aaahhh, está tão morena", "aaaahhh, está tão magrinha", "aaaahhh, está tão bonita", "as férias foram boas? Passam depressa. não é?" ou, pior, "já acabou, não é?". É. E não me precisam de lembrar, porque esse é precisamente o motivo do meu mau-humor hoje. Depois é aquela sensação de não saber nada do que se passa - duas semanas fora são mais do que suficientes para uma data de acontecimentos bombásticos, o que no meu trabalho inclui a morte ou doença de uns quantos utentes. Tranversal a tudo isto é aquela sensação de que as férias não foram suficientes e que precisavamos de muitos mais dias de descanso. Isto já para não falar do pensamento que nos ataca durante todo o dia e que é: "há 15 dias estava num avião a caminho do paraíso", "há 15 dias estava a chegar ao hotel", "há 15 dias estava esticada ao sol", ou "há 15 dias, a esta hora, estava a começar a jantar, com uma semana de descanso total à minha frente".

   E destes pensamentos não me livrarei durante os próximos dias, porque me vou continuar a lembrar que há não sei quantos dias estava bem melhor a fazer não sei o quê (ou a não fazer nada) e agora estou a trabalhar e amanhã estou a trabalhar e para a semana estou a trabalhar e estarei a trabalhar no próximo mês e meio, prometendo-se recuperação deste estado depressivo lá para meio do mês de Setembro (mais férias!!!), para depois recair profundamente numa dupla depressão: pós-férias e pós-verão.

   E ainda dizem que viver não custa. Irra!

Amanhã é dia...

   Regressar ao trabalho, às rotinas, ao corre-corre, à cabeça cheia, ao "mas eu não tenho tempo para isso hoje", aos relatórios diários, aos dias ocupados, às caminhadas debaixo de um sol abrasador, aos almoços apressados, ao fora de horas, ao saltar da cama às 7h e escolher a roupa...ufa! Sabem tão bem as férias! 

 

 

Um ano de exercício físico depois...

   Os ganhos e os benefícios são inegáveis e claramente visíveis, física e psicologicamente.
   Comecei por coisas bem levezinhas, como umas aulas de hidroginástica e pilates e senti logo mudanças. Quando o corpo se habitou ao exercício, passei para coisas mais "pesadas", como o Zumba, as aulas de ABS e depois o GAP, o PUMP, JUMP e CrossFit. Ficam a faltar as aulas de Cycle (onde, provavelmente nunca me apanharão, já que não me imagino a pedalar 45min sem sair do sítio) e as de Combat, que pretende experimentar em breve. E um ano depois só encontro coisas positivas no facto de realizar exercício físico - ginásio duas vezes por semana e caminhas/corridas sempre que posso.
   Ganhei uma boa resistência muscular, melhorei drasticamente a minha capacidades cardiorespiratória e até sou capaz de correr - eu que subia um vão de escadas e ficava a bufar consigo agora realizar esforço físico e conversar ao mesmo tempo. 
   A nível muscular, o meu corpo está muito mais tonificado, especialmente a nível abdominal e nas pernas e glúteos (a minha principal preocupação!) e já lhe sinto rigidez quando lhe toco, sem evidenciar aquele corpo excessivamente musculado que detesto ver numa mulher. E - esta parte interessa a todas as mulheres - clara redução da celulite, provavelmente resultado da conjugação do exercício físico, alimentação cuidada e creme anticelulítico de preço acessível (Dove, Garnier ou Nivea). Certo é que actualmente a minha celulite é praticamente invisível a olho nu.  
   Clinicamente, também temos excelentes resultados. Há cerca de um ano as análises clinicas revelaram valores elevados de colesterol (cerca de 230). Nas últimas análises (cerca de 7 meses depois de iniciar a prática de exercício fisico), tinha baixado esses valores para 210, com aumento do colesterol HDL (que é beneficiado quase exclusivamente pela prática de exercício). Atendendo a este quadro, é expectável que consiga controlar e baixar o colesterol para valores normais graças ao desporto, sem qualquer recurso a medicação (já que se trata de um colesterol "hereditário" e não provocado pelo tipo de alimentação). Nos meus problemas de coluna também tenho verificado resultados positivos, já que tenho muito menos dores e reajo bem a praticamente todas as aulas que faço.
   Inegavelmente, manter um estilo de vida activo favorece também a silhueta e o controlo do nosso peso, permitindo-nos alguns pecados alimentares ocasionais. Principalmente desde que aumentei a "carga" das aulas que faço, notei uma diminuição do meu peso, embora esteja aconselhada pelos médicos a não fazer exercício para perder peso já que estou nos limites inferiores do peso ideal. Certo é que em nós, mulheres, 1 quilo a mais do que o normal é suficiente para nos deixar deprimidas e para mim esse momento difícil foi quando me aproximei dos 50kg (para mim é a dead line!). Actualmente estou bem longe desses valores e embora o meu peso oscile bastante entre manhã/noite, senti-me confortável hoje ao ver que a balança me mostrou valores inferiores a 48kg, sem perder as curvas!
   A melhor parte fica sempre para o fim e é a referida aos benefícios psicológicos. Mentalmente não há melhor do que terminar um dia dando uma esticadela ao corpo. Sou uma adepta ferrenha da prática de exercício ao final do dia e quanto mais cansada estiver de um dia de trabalho, maior prazer retiro daqueles momentos no ginásio ou numa corridinha. É um recarregar de baterias extraordinário e um fantástico momento de libertação.
   Atendendo a tudo isto e atendendo a que eu era uma das pessoas mais preguiçosas que poderiam conhecer e que fugia de qualquer esforço físico a sete pés (sim, eu arranjava sempre doenças nos dias das aulas de educação física), estão à espera de quê para se porem a mexer? Num ginásio ou ao ar livre, é, sem dúvida, uma das componentes fundamentais de uma vida saudável e plena!

Crónica de uma endoscopia digestiva alta

   Ontem tive de fazer um jejum de 6h para realizar, finalmente, uma endoscopia, que já deveria ter sido feita há 1 mês atrás e que adiei por duas vezes. Mas como à terceira, é mesmo de vez, lá fui eu, com uma calma aparente e apenas aparente, embora mais calma do que quando vou ao dentista. Da experiência tenho a dizer que não é nada agradável, embora não justifique de todo o recurso a uma anestesia geral, até porque mais depressa realizámos o exame do que a anestesia faz efeito. Aquilo é de facto uma coisa rápida e pouco longe dos 2 minutos que o médico prometeu, com direito a biópsia. O tubo que é introduzido pela nossa goela abaixo é bem mais largo do que eu julgava ser (e confesso que quando o vi tremi e pensei "isto não cabe cá dentro"). A entrada do tubo não me custou nada mas senti-lo escorregar cá por dentro não foi nada, nada agradável, especialmente quando ele chegou ao estômago e se andou por lá a passear. E o que eu deitava a mão à barriga para tentar agarrá-lo! E de maneiras que me fartei de tossir e chorar, mas quase não me babei! Não podia ser a vergonha total! A saída foi rápida e fácil e a experiência adquiriu o rótulo de «ligeiramente traumática», embora ainda não me tenha decidido quanto ao que me custou mais fazer: uma endoscopia ou uma ressonância magnética. Ambos não são dolorosos (na endoscopia sente-se desconforto, mas nunca dor), um deles é invasivo, o outro claustrofóbico...fico confusa e prefiro não repetir nenhum tão cedo.

   Conclusão: é um exame pouco agradável mas totalmente realizável sem anestesias. Para mim, o principal senão são as dores de estõmago com que fiquei desde então.

   Ah! E lá me encontraram uma gastrite erosiva (já alguém realizou este exame sem que se encontrasse uma gastrite?), provavelmente provocada por excesso de ibuprofeno, que devo deixar de tomar por risco de hemorragias e graves complicações. O problema é que actualmente a minha enxaqueca só reage a esse tipo de medicação...

Vamos agradecer ao Pedro Guilherme-Moreira

   O autor do livro "A manhã do Mundo" lá deu com este cantinho e com as modestas palavrinhas que lhe "dedicamos" e deixou-nos um agradecimento por elas:

Olá. Deixo aqui  meu agradecimento público pelas tuas palavras. Não há honra maior do que a dedicação de um leitor. Nem medida na minha gratidão. Beijinhos do Pedro Guilherme-Moreira

 

   E nós vamos agradecer ao Pedro Guilherme-Moreira por ter deixado aqui este comentário e também por gostar de nós no Facebook! Esperemos que ele não se importe nada com as citações que publicamos neste cantinho, afinal é apenas o reconhecimento de um bom trabalho.

   Beijinhos para o Pedro Guilherme-Moreira!

 

 

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