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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

A Estalajadeira, no TNSJ

   A peça gira em torno de Mirandolina, a estalajadeira que nos faz ver como os homens se apaixonam, utilizando para isso e ela própria o teatro e a ficção. Mirandolina finge, conscientemente, com todos, revelando a própria ficção ao público, para que, no fim, este pense nos estrategemas aprendidos e no tanto que uma mulher pode fazer quando se determina a conquistar o coração de um homem, ainda que apenas e só, por capricho. 

   Uma peça do original de Carlo Godini, traduzida e adaptada por Jorge Silva Melo, com Catarina Wallenstein no papel de Estalajadeira (que bela actriz de palco), Américo Silva, António Simão, Elmano Sancho, Rúben Gomes, Maria João Falcão, Maria João Ponho, João Delgado e Tiago Nogueira.

Os óscares

É a altura perfeita para falarmos dos óscares, mais propriamente dos nomeados para melhor filme. Este ano consegui ver todos os nomeados antes da cerimónio e por isso, posso escolher os meus favoritos. Comecemos então:

   Lincoln - para mim, a grande desilusão. Estamos a falar de Spielberg e isso basta para esperarmos um grande filme. Eu achei-o apenas uma grande seca. Demasiado politico, demasiado parado...Já Daniel Day Lewis está fabuloso no papel principal e por isso a estatueta de melhor actor poderia muito bem ir para ele.

   Guia para um final feliz - mais uma desilusão. Para mim, não passa de uma comédia romântica com um final completamente previsível desde o início. Não lhe percebo a nomeação para melhor filme, nem aplaudo os seus actores principais como favoritos.

   00.30, A Hora Negra - gostei deste filme, embora perceba que não é o típico filme que venceria o óscar. E uma salva de palmas para a actriz principal.

   Os Miseráveis - tinha tudo para ser aquele filme que nos faz chorar baba e ranho, mas o facto de ser totalmente cantado tornou-o muito difícil de ver para mim. E eu até aprecio musicais, mas este torna-se maçador de tão grande que é. Uma boa produção, sem dúvida, que bons cantores nos mostra, mas not my kind.

   Bestas do Sul Selvagem - gostei deste filme, mas do que eu gostei mesmo foi do desempenho da pequena grande actriz principal, que merecia, de longe, a estatueta para melhor actriz. 9 anos? Really? 

   Django - o nosso amigo Tarantino...gostei do filme, é um facto. Grandes actores, outro facto. Mas depois há a questão Tarantino que a determinada altura torna aquilo um bocadinho irreal demais a roçar o fantasioso e é aí que, para mim, o filme perde, e para os Tarantino aholics o filme ganha.

   Argo - ganhou os prémios de cinema até agora e de forma bem justa. Para mim, o melhor filme da lista e um Ben Affleck que está cada vez mellhor actor. Num frente a frente como Lincoln, esta história prende muito msis ao ecrã.

   A vida de Pi- vejam o filme apenas pelo início...que belas imagens!! Não me parece  suficiente para óscar, mas ainda assim argumento interessante e um Richard Parker muito fofo.

   Amour - mais uma vez, não vejo que possa ser o típico filme de öscar, mas que é um grande filme, não há dúvidas. Assustadoramente real e puro, desempenhos magníficos e uma história que facilmente sai da tela para a vida real. Um dos melhores dos eleitos. 

 

   Agora é aguardar.

Planos para o fim-de-semana

   Descansar. Ler (qualquer coisa menos Lobo Antunes!). Descansar. Comer bolachas. Descansar. Ir ao ginásio. Descansar. Acabar de ver "Os Miseráveis". Descansar. Apanhar ar. Descansar. Tornar o meu carro apresentável. Descansar. Ir ao teatro. Descansar.
   Descansar. 
   Descansar.
   Descansar.  

Há dias assim...

  

Foi uma semana estupidamente extenuante, que finalmente termina. Foram horas e horas de trabalho, muitas horas mesmo, muito para além do meu horário de trabalho, que me obrigaram a um esforço diária e permanente de motivação para continuar.

   Antes que me atirem pedras, tenho de dizer que não me importo nada de trabalhar para além do meu horário. Aliás, estou mais que habituada a fazê-lo e até várias vezes por semana...o que me custa é fazê-lo recorrentemente, diariamente, ao ponto de chegar a casa mais de 12h depois de ter saído, quando a culpa nem é do trânsito, porque muitas vezes demoro menos de 30 minutos a fazer a viagem de regresso. Fisicamente, lido bem com este excesso de trabalho. O meu problema é mesmo o cansaço intelectual, emocional e psicológico, que é em muito agravado pelo facto de o excesso de trabalho me obrigar a anular a minha vida pessoal e o tempo de que disponho para mim e para as minhas coisas. Tendo uma profissão que, já por si, é emocionalmente e psicológicamente exigente e desgastante, por mais contraditório que isso pareça, há alturas em que este cansaço é tanto que a motivação para continuar desce abaixo de zero e é muito, muito difícil deitar-me na cama à noite a pensar em tudo o que foi mais um dia. Podem-me dar 1001 tarefas para um dia só que eu vou cumpri-las todas e bem. Mas não anulem a minha vida. Para continuar eu preciso do meu tempo, do meu carregador de baterias, que para mim não é uma semana de férias ou um fim-de-semana. Bastam-me coisas tão simples como chegar a casa e poder sentar-me a navegar pelos blogs mais fúteis; poder sentar-me a ler um livro durante 1 hora; poder escolher um filme para ver; poder perder duas horas a arrumar o meu roupeiro; poder esgotar o corpo no ginásio (aliás, absolutamente fundamental isto!); poder calçar umas sapatilhas e ir fazer uma caminhada; poder aproveitar os finais de dia de Primavera e Verão; poder ir passear para um shopping ou poder simplesmente não fazer nada porque tenho o meu tempo para isso. Porque é só disto que eu preciso para continuar cheia de energia dia após dia: do meu tempo.

   Depois de uma semana de loucos e de me sentir completamente arrasada cá por dentro (para isso é que servem as sextas-feiras), seguem-se tempos pouco promissores em termos do meu bem-estar. Novo projecto na instituição a arrancar em Março e que me vai obrigar a trabalhar mais de 12h por dia (ainda que não diariamente), fins-de-semana e feriados incluídos (ainda que não todos)...um projecto interessante, sem dúvida, mas que será terrivelmente cansativo para todos os participantes, já que todos irão trabalhar mais de 12h por dia, com a agravante de eu ser uma das responsáveis pelo mesmo e, portanto, e como nos foi repetidamente dito esta semana "se algo falhar, a responsabilidade é toda e apenas vossa"...não que a responsabilidade me assuste, simplesmente todos nós, responsáveis, chegamos ao dia de hoje com uma certeza assustadora: "isto é impraticável com as condições que temos actualmente".

   É tudo isto, juntamente com tudo o resto, que me faz escrever...e muito mais haveria para partilhar, se eu não estivesse com uma tremenda dor de cabeça e muito, muito sono.

   Entretanto, bom fim-de-semana. Segunda-feira estarei, com certeza cheia de energia e na próxima sexta-feira novamente exausta e de muito pior humor, pois sábado será dia de trabalho.

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