Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Camisola de malha, rosa claro (29.90)
Amor à 2ª vista da Zara
Não acho que o Gianni seja mais especial do que qualquer outra pessoa que teve de lutar contra esse bicho assustador chamado cancro. Não acho sequer que ele tenha lutado contra o bicho de forma mais corajosa que todos os outros lutadores, nem considero que as suas palavras sejam ou tenham sido diferentes das que todos os que passam por situação idêntica e sobrevivem nos podem oferecer. O que o torna especial é ter sobrevivido. Mais do que ter lutado, é ter ganho essa luta, que tantos perdem diariamente. E isso torna-o tão especial como todos e cada um dos sobreviventes.
O que o Gianni tem que os outros não alcançam é o fato de ser uma figura pública e, provavelmente, ser ua das criaturas mais bonitas deste mundo e arredores. E o que o Gianni pode fazer é aproveitar tudo isso, incluindo a beleza, para fazer a sua mensagem chegar mais longe e mais forte, fazendo acreditar que acreditar até ao fim é precisamente o maior dos trunfos que podemos ter. Isso e uma fé inabalável seja lá no que for que acaba mesmo por trazer a salvação.
As palavras do Gianni são tão poderosas como as de qualquer ser humano doente. Porque são a prova de que continuar por cá é possivel e a melhor coisa do mundo. Isso e ouvi-lo dizer que vai amar para sempre a ex-mulher com uns olhos que brilham tanto como o sorriso.
Gosto de cheiros que nos trazem recordações e memórias e nos transportam para determinado lugar, quase sempre agradável. De entre os vários cheiros que retenho na minha memória olfativa, há alguns que transpiram apenas e só verão, calor, longos dias quentes de sol. Nos últimos dias já tenho sentido alguns deles...o cheiro a melão quando se abre o frigorífico, o cheiro a sardinha assada, o cheiro do protetor solar na pele depois de apanharmos sol (abençoada casa com abençoadas varandas e terraços carregadinhos de sol só para mim!), o cheiro da própria pele bronzeada pelo sol...
Já me cheira a Verão e isso faz-me sentir tão bem!
«Ou imagine que vem uma equipa de peritos a sua casa e que só deixam ficar as coisas que têm impressões digitais suas com um máximo de um ano de idade. Tudo o que não tivesse tocado há mais de um ano seria levado para vender na feira da ladra ou no eBay ou dar a quem precisasse.
A mim custa-me imaginar o que aconteceria à minha biblioteca se levassem todos os livros que não abro há mais de um ano. Parece-me que posso vir a precisar de todos, várias vezes. Gosto que estejam aqui, de olhar para eles.»
"Como é linda a puta da vida", MEC