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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

«O Apocalipse dos Trabalhadores», Valter Hugo Mãe

 

A história de maria da graça e de quitéria, duas mulheres-a-dias e carpideiras profissionais que, a braços com desilusões e desconfianças várias acerca dos homens, acabam por cair de amores e, com isso, mudar radicalmente o que pensam e esperam da vida. Um romance sobre a força do amor e como ela se impõe como uma espécie de inteligência para salvar as personagens das suas condições de desfavor social e laboral. Passado na recôndita Bragança, este livro é um elogio à força dos que sobrevivem, dos que trabalham no limiar da dignidade e, ainda assim, descobrem caminhos menos óbvios para a felicidade.

Steve Jobs

Provavelmente irão chamar-me de burra e ignorante e tudo mais depois destas palavras, mas assumindo-me desde já como uma não adepta/fã do universo Apple, que considero demasiado egocêntrico, demasiado fechado, limitado e voltado para si próprio e, acima de tudo, um fenómeno dos tempos modernos, nos quais uma maçã trincada é sinónimo de status social, tenho de dizer que, não conhecendo bem a biografia do senhor Steve Jobs, não lhe reconheço esse génio que o mundo lhe aponta. É certo que nunca li muito sobre ele e que um filme nos mostra apenas aquilo que o realizador quis mostrar, mas a sensação com que fico é que este senhor tinha muito mau feitio, era péssimo colega de trabalho, um chefe muito complicado e, à semelhança da própria marca que criou, uma pessoa voltada para si própria e estupidamente centrada no que ele e apenas ele considerava ser o correcto ou ideal. Acredito que pudesse ser um bom líder, acredito até que conseguisse passar um certo espírito a quem trabalhava com ele que os fazia vencer, mas não lhe consigo reconhecer o génio que fazem dele. Era criativo, tudo bem, tinha ideias inovadoras, inegável, mas tinha também uma máquina incansável aträs dele que lhe permitia consolidar essas ideias, caso conträrio não teria feito um terço do que fez. Era ambicioso, certo. Arrogantemente ambicioso, como quase todos os que nascem para vencer, mas ou filme pinta um Jobs muito mau, ou como pessoa o Mr. Apple deixava muito a desejar (qual é o génio que rejeita uma filha e mesmo com testes de paternidade se recusa a aceitar efectivamente a paternidade?). 

Conclusão, continuo sem me render ao universo Apple/Steve e continuo a achar que o nome Steve Jobs representa sobretudo uma marca e não um homem que tenha feito história. Trata-se de alguém que de certa forma viveu obececado pelo seu objectivo de não ser o melhor, mas ser diferente e que soube levar a sua obsessão ao mundo. Não acho que uma maçã trincada vá mudar o mundo, porque não é indispensável. E não achoo que Steve Jobs tenha mudado o mundo, afinal tudo continua a existir mesmo quando ele já cá não está...tudo continuou na mesma, incluindo a própria Apple. 

 

Uma pequena salva de palmas para o desempenho de Ashton Kutcher enquanto Steve Jobs. Não sendo um actor que admire, caiu-lhe bem este papel...aquela postura corporal e aquele andar caricato estavam perfeitos!

Impossível é não viver

«O único impossível é o que julgarmos que não somos capazes de construir. Temos mãos e um número sem fim de habilidades que podemos fazer com elas. Nenhum desses truques é deixá-las cair ao longo do corpo, guardá-las nos bolsos, estendê-las à caridade. Por isso, não vamos pedir, vamos exigir. Havemos de repetir as vezes que forem necessárias: temos direito a viver. Nunca duvidámos de que somos muito maiores do que o nosso currículo, o nosso tempo não é um contrato a prazo, não há recibos verdes capazes de contabilizar aquilo que valemos. 
Vida, se nos estás a ouvir, sabe que caminhamos na tua direcção. A nossa liberdade cresce ao acreditarmos e nós crescemos com ela e tu, vida, cresces também. Se te quiserem convencer, vida, de que é impossível, diz-lhe que vamos todos em teu resgate, faremos o que for preciso e diz-lhes que impossível é negarem-te, camuflarem-te com números, diz-lhes que impossível é não teres voz. »

"Abraço", José Luís Peixoto

Das coisas que eu não percebo...

   Esses programas televisivos/depressivos que enchem a tarde de quem não tem nada que fazer (ou está doente em casa e precisa de companhia enquanto lancha) e que têm rubricas do tipo "os doutores respondem". É certo que por lá se debatem temas interessantíssimos para a nossa saúde e até aqui tudo ok, o que eu não percebo é aquela parte em que os telespectadores enviam para lá questões sobre os mais diversos problemas de saúde que os afectam e depois ficam à espera tipo dias, uma semana (não me digam que é tudo em directo, porque eles até fotos dos telespectadores têm e alguns casos até exames médicos) pelas respostas... não era mais simples fazer essas questões aos respectivos médicos de família, que até nos deve conhecer minimamente, ou, assim numa doidice, a um qualquer médico especialista, com quem pudessem ter uma relação ligeiramente menos distante e impessoal e um pouquinho mais humana e de ajuda  com respostas um nadinha mais rápidas e imediatas? Um destaque especial para questões colocadas por grávidas...e perguntarem isso tudo à ginecologista/obstetra que vos acompanha e vos deveria conhecer de fora para dentro comoninguém (literalmente)? 

   Se calhar é só mais uma implicância pessoal de quem não tem paciência nenhuma para aguardar por respostas... e no que respeita a saúde, todos os segundos são preciosos. 

Princípios da física

 «Concretizando, estou a dizer-te: toma decisões, faz escolhas. Os teus olhos pertencem-te. Os teus ouvidos pertencem-te. A tua pele pertence-te. A tua boca e o teu nariz pertencem-te. Por falar na tua boca, muito daquilo que recebes será devolvido ao mundo através daquilo que fores capaz de exprimir. Depois do pensamento, as palavras. Aquilo que souberes será aquilo que dirás. Ao fazê-lo, irás difundi-lo, espalhá-lo, alargá-lo. Algumas princípios  de electrotecnia: se receberes negativo, acumularás negativo nas baterias, ficarás carregado de negativo e, no momento de acenderes uma lâmpada, terás apenas negativo, dessa forma a lâmpada irradiará luz negativa que tocará com negativo aqueles que estiverem expostos à sua luminosidade. Por sua vez, esses acumularão negativo nas suas próprias baterias e, no momento de acenderem uma lâmpada, será esse negativo que terão para dar. E assim sucessivamente até ao fim dos tempos. Ou seja, tens a oportunidade de contribuir para algo que se propagará até ao fim dos tempos. Inevitavelmente, em algum momento, ser-te-ão requeridos conhecimentos de física quântica e será uma pena se, só nessa altura, te aperceberes do tempo e da paciência que gastaste a jogar Sudoku.»

"Abraço", José Luís Peixoto

E de repente...

Percebemos que já é Novembro, que os dias são pequeníssimos, que o frio voltou, que há muito cinzento à nossa volta, que a nossa agenda tem cada vez mais páginas para trás e menos para a frente e que o Natal está escandalosamente perto...
E de repente lembramo-nos que mais um ano está quase a passar e às vezes esta passagem tão rápida do tempo assusta...

Consulta de medicina no trabalho - aspectos a destacar

   A médica, uma cinquentona loiraça incapaz de passar despercebida, apresentou-se com:

   - Relógio Rolex para lá de giro;

  - Gabardine Elisabetta Franchi que lhe assentava que era um mimo (o pormenor da marca foi detectável pelo meu olhar clínico direccionado aos botões enquanto me auscultava);

   - Mala Louis Vuitton intemporal;

   - Vestido curtíssimo mas de corte irrepreensível e nada escandaloso;

   - Sapatos com salto agulha altíssimos mas invejáveis;

   - Bata de médica, nem vê-la.

  

   Conclusão: uma boa dose de bom gosto e bom porta-moedas, que me fez concluir que escolhi o "Dra" errado... quanto à parte médica da coisa, que até se chamava consulta médica, não me recordo de acontecer, tirando o momento em que a alertei para os meus valores de colesterol ou para o facto de já me ter auscultado o coração duas vezes...tal como o bom gosto e o saber vestir, isto de ser médico não é para todos...

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