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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

«Vinte e Zinco», Mia Couto

Numa pequena cidade do Moçambique colonial a violência sustenta um mundo dividido - o dos naturais, em baixo, e, sobre ele, o peso do opressor. De súbito, lá longe, na capital do Império, a terra treme, o pilar da sustentação abate-se, e na pequena cidade colonial o efeito é catastrófico. Das profundezas ergue-se o novo mundo. Do velho salvar-se-á alguém?

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   Aos poucos, muito devagarinho, vou entrando no universo Mia Couto, apesar de ainda não ter percebido muito bem se é um universo que me agrade ou não...

 

Cruzeiro no Douro

Já perdi a conta aos anos que tenho adiado esta viagem, pelo Douro acima, até à Régua. Aproveitando o dia da Mãe e uma fantástica promoção de 50% de desconto, juntamos as mummys e fomos finalmente regalar-nos com o que de melhor o nosso país tem, mais propriamente, o melhor que a nossa região tem. E, sem dúvida, o Douro é lindo!
A viagem de barco faz-se lindamente. Tudo muito calmo, cheio de coisas giras para ver e altamente relaxante, nem damos pelo tempo passar. O tempo ajudou bastante e a organização do cruzeiro esteve impecável, tanto na qualidade da viagem, no conforto proporcionado e em todas as refeições servidas (viajámos pela Barcadouro).
No final fica a pena de ter passado tão rápido (foram mais de 6h a navegar, mas mesmo assim, never enough) e a vontade de regressar ao Porto novamente de barco, deixando o autocarro à espera (muito confortável também, by the way!).
Um passeio absolutamente obrigatório!

Mudam-se as vontades, mudam-se os cheiros

 

 Diz-se por aí que as novas regulamentações europeias poderão obrigar à alteração de perfumes históricos, entre os quais o Chanel Nº5 e o Miss Dior. 

   Eu nem aprecio estes dois odores, mas nisto dos perfumes a coisa não funciona com modas. Uma pessoa gosto de determinado cheiro porque sim e não anda a mudar de perfume diariamente, ou pelo menos assim deveria ser. Porquê que gostamos deste cheiro e não de outro não interessa, o que interessa é que se durante uma vida inteira usamos Chanel Nº5, quem é a UE para assim de repente vir mudar os cheiros dos nossos perfumes? Ah e tal as alergias... pois claro. Eu também sou alérgica a determinadas coisas e farto-me de espirrar com outras e o que é que eu faço? Evito-as. Se eu fosse alérgica ao Chanel, não o usava (não o usava de qualquer maneira!). O Dior também não dá? Usa-se outro. É mais ao menos como com a comida: se não posso comer, não como. Não estou a ver a UE a vir proibir este mundo e o outro de comer determinados alimentos só porque fazem alergia a algumas pessoas.  É que com esta mania moderna das pessoas serem alérgicas a tudo e mais alguma coisa, não tarda nada nada vai saber ao que costumava saber. 

   Antes de terminar, só uma questão: não terá a UE coisas realmente importantes com que se preocupar? É que com saídas destas, os resultados da abstenção das últimas eleições não me surpreendem nada...

   Marilyn Monroe deve estar a dar voltas na sua sepultura!

«Cem anos de solidão», Gabriel Garcia Márquez

«Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo.» Com estas palavras - tão célebres já como as palavras iniciais do Dom Quixote ou de À Procura do Tempo Perdido - começam estes Cem Anos de Solidão, obra-prima da literatura contemporânea, traduzida em todas as línguas do mundo, que consagrou definitivamente Gabriel García Marquez como um dos maiores escritores do nosso tempo. A fabulosa aventura da família Buendía-Iguarán com os seus milagres, fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e condenações são a representação ao mesmo tempo do mito e da história, da tragédia e do amor do mundo inteiro.

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   Já li dois ou três livros de Garcia Márquez há muitos anos, tantos que os que li tenho mesmo de os voltar a ler, porque a maturidade literária da altura não me permitiu absorver ou compreender toda a sua essência. Este comecei a lê-lo em 2007 (sim, eu aponto a data de início e final de leitura em cada livro), mas nunca o terminei, não sei porquê. Confesso que a morte do escritor foi a gota de água que me fez ir à minha biblioteca e pegar neste, quando por lá moram mais uns quantos livros do autor que serão, decididamente, lidos brevemente e vergonhosamente, porque se há coisa que não gosto é de reconhecer o talento de alguém que já cá não está. "Amor em tempos de cólera" será, muito provavelmente, o próximo!

O feriado em 3 fotos

MANHÂ
TARDE
NOITE
   E amanhã estamos de volta ao trabalho (sim, a uma sexta-feira!), depois de uma semaninha em casa, o que significa que não vale a pena dirigirem-me a palavra nas próximas 24h, pois o mau humor será muito e pior do que o mau humor de segunda-feira (especialmente, porque regressamos logo com uma maratona de 12h non stop working). O que vale é que amanhã já é sexta-feira...

Maio

Nenhuma casa sobrevive sem respirar e, enquanto finge, não respira. O Inverno e a modernidade são boas desculpas para impedir a respiração das casas. Em Maio deixa, porém, de haver pretexto para fingir. As casas fazem-se respirar abrindo janelas e postigos, baixando e subindo persianas ou entreabrindo portadas e cortinas, compondo e forçando correntes de ar, expondo e não ao sol.»

Pedro Guilherme - Moreira, "Livro sem Ninguém"

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