Durante as minhas compras já por diversas vezes pensei nisto: não é fácil termos uma alimentação saudável, simplesmente porque as escolhas alimentares ditas "mais saudáveis" são significativamente mais caras do que os alimentos mais comuns. Hoje, por exemplo, aproveitei a hora de almoço para comprar as bebidas alternativas ao leite (soja, aveia, coco, arroz...) e espreitar o preço do leite sem lactose. Felizmente, graças Às marcas próprias das grandes superfícies, conseguimos alternativas um pouquito mais acessíveis, mas ainda assim, um litro de leite sem lactose roça quase os 1,50 euros e as restantes bebidas ultrapassam os 2 euros, o que, para mim, é estupidamente caro. É certo que no meu caso comprar estes produtos é uma opção, mas penso muitas vezes em quem tem de os comprar obrigatoriamente, por motivos de saúde. Os celíacos, por exemplo... já reparam no preço dos alimentos sem glúten? Ridículo! E, se, mais uma vez refiro, em alguns casos optar por estes alimentos é uma opção, noutros, infelizmente é uma obrigação, uma necessidade. Como é isto, os pobres não podem ser celíacos? Intolerantes à lactose ou a qualquer outra substância?
Fazendo uma comparação rápida, encontramos facilmente refrigerantes de 1,5l a menos de 1 euro, 50 cêntimos até! Qual o preço de um pack de 3 pacotinhos de leite de soja? Pois é, bem mais de 2 euros. Nem vamos falar do meu adorado leite de coco, que chega a ser considerado um capricho! Quanto custa o leite achocolatado, as bolachas carregadas de açucar, os pãezinhos de leite com pepitas de chocolate, um pacote de batatas fritas? Relativamente acessível, certo? E agora, quanto custa um pacote de bolachas sem açucar, sem glúten, por exemplo? Quanto custa a massa integral, o arroz integral, os cereais sem açucar, as sementes da moda, as alternativas à carne ou até mesmo o peixe e a fruta, que muitas vezes têm também preços assustadores?
Volto a dizer: são opções em muitos casos. Mas se calhar a verdadeira opção de quem opta por uma alimentação saudável é a opção de olhar por si, cuidar de si, e procurar fazer o minímo para prevenir eventuais doenças ou situações futuras pouco agradáveis. E se é de cuidar que estamos a falar, porque é que é tão caro cuidarmos de nós?