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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Equilíbrio, todos os dias (e Bom Ano!)

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(...) tudo na vida é uma questão de equilíbrio. Eu, todos os dias, continuo à procura do meu. Sem temer, todos os dias, vezes sem conta, cair. Ou pensavas que as manchas negras na minha pele eram sol?

"Eu sou Deus", Pedro Chagas Freitas

 

   É esta a minha mensagem de Ano Novo, porque diz que nestes últimos dias do ano devemos traçar planos ou desejos ou sonhos para o novo ano que aí vem. Eu não gosto dessas coisas, como já por aqui disse mais que uma vez (provavelmente todos os finais de ano!), porque, na vida, o que conta é cada dia, todos os dias, sem excepção ou definição de datas. E em cada dia a regra deverá ser encontrar o nosso ponto de equilíbrio, aquele ponto que nos permite sentir, mais do que viver, a plenitude de um acto, de um gesto, de um sentimento, de uma palavra, de um momento. Equilíbrio, todos os dias. Nem que para lá chegarmos sejam precisas muitas quedas e nódoas negras. Afinal, são elas que nos ensinam o que é viver.

   Que 2015 seja uma sucessão de dias de busca de equilíbrio pessoal, de nódoas negras e, finalmente, de equilíbrio. Um bom dia, todos os dias (em vez de um bom ano).  

Luto

Rezar não é ajoelhar nem é falar nem é esperar. Rezar é lutar. Não é por acaso que depois de morrer alguém de quem se gosta se faz o luto. Luto. Ouve bem, lê bem: sente bem. Luto. Luto. Luto de lutar. Porque depois de te morrer quem amas ou simplesmente gostas tens de lutar. Lutar como um cão, um boi ou como uma vaca. Lutar como todos os animais do mundo lutam para sobreviverem por sobre a morte: por antes da morte. Lutar. Rezar é lutar, mexer, crer: querer. Lutar é acreditar. Mas fazer alguma coisa com esse acreditar. Acreditar de joelhos é parar. E parar é morrer.

"Eu sou Deus", Pedro Chagas Freitas

Coisas que me fazem uma certa confusão...

   Pessoas que vão para os saldos, digamos que assim num primeiro ou segundo dia dos ditos, para uma daquelas lojas do topo da confusão do tipo Zara e afins, e que uma vez lá adoptam um de dois comportamentos:

   - Opção 1: passam todo o tempo que estão na loja com umas trombas daqui até à lua e proferem comentários pouco simpáticos em relação à oferta da loja, do tipo "é só porcaria", "não têm nada de jeito", "stes saldos não prestam para nada", enquanto carregam braçadas de roupa, remexem noutras e atiram-nas em todas as direcções se não lhes agrada;

   - Opção 2: repetem, ao ritmo de um por minuto, a célebre frase "isto parece uma feira" ou "isto é pior que uma feira", mas mesmo assim, não dão meia volta e vão para uma igreja abandonada. 

   Minha gente, saldos é isto mesmo! Feira, confusão, lixo, preços que não interessam, peças que não interessam, filas e mais filas para tudo...se não gostam, não vão! Para bad moods e energias negativas já basta quando não conseguimos encontrar aquela pecinha de roupa que queriamos mesmo no nosso tamanho. 

  Bons saldos!

Abraça. Antes que chegue o dia

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O abraço pode ser todos os abraços do mundo. E cada abraço é todos os abraços do mundo. E cada abraço é todos os mundos num abraço, em dois pares de braços que se tocam, que se fundem, que se encontram e que se elevam.

(...)

Por isso, abraça. A mim, a ele, a ela, a eles, ao tu, ao eu e ao ateu. Abraça. Já, agora, neste instante, sem hesitar, sem mediocrizar, sem parar. Abraça. Todo o dia, todos os dias. Antes que chegue o dia.

"Eu sou deus", Pedro Chagas Freitas

É Natal, é Natal...

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   Chegou a noite mais mágica do ano. Hoje (e amanhã) "é Natal". E se Natal é festa, prendas e muita comidinha boa, também é, e sobretudo é, amor e partilha; partilha de sorrisos sinceros, de momentos felizes, do calorzinho que vem do coração.

   Que o nosso Natal chegue carregadinho destas coisas boas que nos fazem felizes e que tornam estes dias realmente especiais. E se me permitem, e porque conheço demasiadas pessoas nesta situação, deixem-me deixar um abraço apertadinho e um sorriso sincero para todos aqueles que nesta noite, como em todas as outras noites da sua vida, estão sós. 

   Feliz Natal para todos! 

Coisas que me fazem uma certa confusão...

   Aquelas pessoas que vão treinar todas maquilhadas. 

   Melhor: pessoas que vão treinar maquilhadas e acabam o treino ainda maquilhadas. 

  Ou ainda, pessoas que vão treinar maquilhadas, que acabam o treino ainda maquilhadas e que depois do banho tomado, continuam tão maquilhadas como quando entraram no ginásio. 

   E ainda, pessoas que se maquilham no próprio ginásio, minutos antes de irem treinar. 

  Treinar maquilhada é coisa que a mim me faz muita confusão. Eu até nem sou pessoa de transpiração fácil, especialmente com o tempo mais frio, mas poucos são os dias em que termino os meus treinos com um aspecto lavadinho e também pode acontecer terminá-los a pingar mais do que quando saio do banho, o que é sempre bom sinal. Ora o que eu me pergunto é se essas pessoas que treinam maquilhadas, com bases, pele impecável, rimel, olhos rigorosamente pintados, não transpiram? Não borratam "o quadro"? E ainda conseguem tomar banho e continuar maquilhadas, retocando maquilhagem em cima de maquilhagem antes de sairem? E sentem-se bem assim? 

   É certo que eu me maquilho todos os dias. Nada de muito extrevagante: uma base que me tire a cor de lula, outra que me esconda as olheiras de sono, muito sono, pózinho para morenar a coisa, olhos discretos, rimmel e estamos conversados. Mas isto é suficiente para que ao chegar a casa desmaquilhar-me seja a primeira coisa que faço e desejo fazer! No ginásio nem se fala! Desmaquilho-me sempre e nem me imagino a fazer mais de 20 minutos de exercício sem estar já toda colante e borratada, enquanto pingo o pior de mim em forma de suor. Não sei se sou eu que estou errada ou se realmente devemos manter a nossa imagem clean e impecável no ginásio, mas não sei como o conseguem. E sinceramente, continuo a preferir sair de lá com ar esfarrapado e vergonhosamente descuidado e desgastado. O meu corpo gosta mais dessa versão! 

«No Limiar da Eternidade», Ken Follett

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   Este terceiro volume da trilogia O Século começa em 1961 com a construção do Muro de Berlim já em plena Guerra Fria.As figuras principais são os descendentes das cinco famílias de diferentes nacionalidades (americana, alemã, russa, inglesa e galesa), que conhecemos em A Queda dos Gigantes e continuámos a seguir em O Inverno do Mundo. Estas personagens estão de alguma forma envolvidas na crise dos mísseis de Cuba, na luta pelos direitos civis e outros grandes movimentos de massas, nos assassinatos do presidente Kennedy e do seu irmão Robert, de Martin Luther King.A partir dos anos sessenta assistem ao nascimento da música pop e à difusão do rock. Tomam parte, enfim, de movimentos contra os escândalos presidenciais nos Estados Unidos, e encontramo-los combatendo os regimes comunistas nos anos oitenta. Este volume termina com a queda do Muro de Berlim, em 1989.Ao abraçar um projeto tão ambicioso como relatar um dos séculos mais dramáticos da história da humanidade, Ken Follett supera-se faz um trabalho admirável ao entrecruzar o dramatismo das histórias pessoais e a complexa intriga que se desenrola num palco global.

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Este post estava difícil de fazer. Ler as mais de 1000 páginas deste livro levou o seu tempo. Apesar de ter feito uma pausa na leitura de Ken Follett, já que muitos dos seus livros seguem um mesmo padrão que cansa pela repetição, esta trilogia "O Século" foi dos melhores livros históricos que li. Sem nunca nos maçar ou aborrecer, todos eles foram viciantes e extremamente enriquecedores; uma forma bem agradável de recordarmos alguns factos da história mundial, misturando-os com personagens fictícias que animam o cenário de cada livro. 

Agora que terminaram, não seria mau que Ken Follett pensasse em dar continuidade aos mesmos. Afinal, o que não lhe falta na história mundial mais contemporânea é matéria prima para muitas e muitas páginas. 

  

   Segue-se, pela primeira vez e com muita curiosidade, Marukami. 

Eu sou Deus. Tu és Deus.

Eu sou Deus. Eu sou Deus porque faço – todos os dias, incansavelmente, até à pura (mesmo que com “t) da demência, até à mais absoluta loucura, até me faltarem as forças, até não haver nem mais um pedaço da minha alma e do meu corpo e do que quer que seja eu e aquilo que me faz eu – tudo o que posso para fazer feliz quem está à minha volta. Tudo. Tudo. E é isso, fazer tudo, sem perder tempo com merdas e com merdinhas e com merdiquinhas, para fazer feliz quem está à volta que é ser Deus. É essa a minha forma de Deus. É essa a única forma de Deus que faz, aqui nesta terra que nos deram para viver, a diferença. Ser Deus  é olhar à volta e ser à volta. Eu sou Deus. E tu também és e a tua vizinha também é e toda a gente que está à tua volta também é Deus. E não é preciso rezar nem ajoelhar. Mas sim: é preciso comungar. Comungar em pleno. Comungar com toda a vida que a vida te dá: que Deus te dá. Mas também é preciso pecar para ser Deus. É esse, o que peca, o Deus verdadeiro: o Deus dos humanos. Melhor: o Deus humano.

Pedro Chagas Freitas

"Eu Sou Deus"

Braga, porque sim

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  Braga é das cidades que mais gosto de visitar. Sinto-me bem em Braga. Gosto de me passear pelas ruas e ruinhas do centro da cidade, onde facilmente saltamos de uma loja contemporânea das que preenchem as grandes cidades, para lojinhas tradicionais que já só se vêem nas cidades que sabem manter as tradições. Braga é actual e clássica ao mesmo tempo. E Braga é uma cidade extremamente bem-vestida. Fico sempre maravilhada com os looks exemplares que por lá vejo.

   Braga no Natal é ainda mais especial e este ano está melhor que nunca! Hoje encontramos uma cidade cheia de Natal...cheia de animação, de agitação, de luzes, de sons, de gentes, de cheiros que activam memórias... em cada canto uma música, um espectáculozinho qualquer, feirinhas e mais feirinhas das mais variadas coisas, bonequinhos a passearem-se pelas ruas, muitas crianças, muitos casais, muitas famílias, muitos sorrisos. 

   Apesar do frio que se fazia sentir, havia calor hoje nas ruas de Braga. Calorzinho de Natal, daquele que nos enche a alma, que trazemos para casa e que nos dá vontade de voltar uma e outra vez. 

 

E se forem a Braga, obrigatório dar um saltinho à confeitaria Dgema, bem no centro da cidade. Quem gosta de se deliciar com bolos com aspecto de fazer crescer água na boca e não lhes conseguem resistir têm por lá muita oferta (acreditem que até para quem não é guloso, olhar para eles e não os provar foi duro!). Mas, por favor, experimentem esta torradinha "de sabores", servida com compotas, a melhor e mais fofa torrada que comi até hoje!

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