Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Back to reality

image.jpeg

 

Agosto começa amanhã. Mês do Verão por excelência. Mês de férias de 3/4 do país. Mês de sol, calor, esplanadas, praia, noites quentes, festas e sorrisos. Para mim tem sempre o mesmo significado: Regresso ao trabalho, às rotinas, aos horários, aos compromissos e responsabilidades. Nunca faço férias em Agosto. É isso traz sempre duas consequências: o dobro do trabalho e levar o mês todo com a boa vida de todo um mundo que parou para aproveitar o verão, o que me provoca sempre uma depressão sazonal que torna este mês ainda mais quente e mais longo. Agosto arrasta-se para quem o passa a trabalhar. Muito, muito devagar. Sim, eu sei. Eu já tive a minha parte de diversão. E que boa parte. Escusado usar o clichê do "estas férias passaram a correr", porque realmente passaram e isso é sinal que foram duas vem passados e cheios de vida. Não me lembro de ter umas férias tão mexidas e com tão pouco descanso (tive de me obrigar a ficar em casa este fim-de-semana para evitar regressar ao trabalho com pior cara do que antes das férias), mas para mim o mote de umas boas férias é sempre "desliga mas não pára" e nestas duas semanas foi totalmente posto em prática! Regresso fisicamente não recomposta mas pelo menos regresso com a cabeça cheia de coisas boas e leves. E agora é sorrir é que comece a contagem decrescente para as 18h do dia 9 de Setembro. Até lá, coragem para aguentar o bad mood pós férias e vou tentar não me ferrar muito enquanto todas as outras pessoas se lambuzam com o Verão. Seja de férias ou de trabalho, bom começo! Toca a sorrir e seguir em frente!

Peste

image.jpeg

 

"Nós somos governados por Wall Street - mas esse sistema totalitário que esmagou todas as culturas encontrou no seu caminho qualquer coisa realmente inesperada: a ressurreição do Islão. É o totalitarismo islâmico que vai dominar, porque se apoia sobre uma divindade e uma juventude que não tem medo da morte, enquanto a globalização se apoia no dinheiro, no conforto das coisas fúteis e perecíveis. [...] A peste islâmica propaga-se a todo o planeta; onde há uma fragilidade, onde há uma brecha, essa peste instala-se e enraíza-se."

Então e o que tens andado a ler?

1507-1 (3).jpg

1507-1 (2).jpg

 

Segundo e terceiro volume da magnífica quadrilogia da Ferrante. Até agora não desiludem (apesar de este terceiro volume ter sido o mais fraquito) e estou realmente ansiosa para conhecer o final da história destas duas amigas inesquecíveis. 

 

 

19719110_conIK.jpeg

 

Confesso que foi a capa que me chamou a atenção. Confesso que temi que fosse uma espécie de livro de autoajuda, mas a verdade é que é um livro bem divertido (ok, algumas partes são ligeiramente rídiculas e dispensáveis, mas são poucas!) escrito por alguém que aprendeu a viver com uma doença mental. Afinal, quem de nós é realmente normal? 

 

1507-1 (1).jpg

 

Gosto do José Rodrigues dos Santos contador de histórias "reais", já o disse várias vezes. Gosto de romance histórico. Este promete ser o primeiro volume de uma trilogia de histórias que atravessará todo o século XX e talvez por ser precisamente o primeiro torna-se demasiado teórico e político, com largas lições sobre o aparecimento dos diversos regimes políticos mundiais. Excelente ferramente de aprendizagem pessoal, mas tem partes demasiados maçadoras. Para o final tudo se torna mais fluído e acredito que o segundo volume seja mais interessante, até porque entrará num período histórico relativamente mais recente e do qual já temos algum conhecimento. Não me escapará de certeza o "Pavilhão púrpura". 

1507-1.jpg

 

Leitura de férias. E da boa. Duas personagens principais, outras personagens secundárias, três versões de uma mesma história. Porque na vida muito é uma questão de escolha feita por nós, mas no final há aquelas coisas que têm realmente de acontecer. Como por exemplo ter uma pessoa na nossa vida. Nem que seja no final. Não é dramático. Não é lamechas. É bom. 

A Viúva.jpg

 

Leitura super viciante de férias! Durou 24h. História simples e dos nosso dias: uma criança raptada, um suspeito, ausência de provas. E uma mulher, uma esposa, disposta a ir até onde pela submissão ao marido? 

Vale realmente a pena!

 

A força de acreditar

image.jpeg

 

Hoje, na pausa para o café, alguém falava ao telemóvel. "- Não te preocupes. Vamos conseguir fazer isso e cumprir os prazos. Se Portugal conseguiu ser campeão da Europa nós conseguimos tudo!". Que esta seja a melhor lição que todos nós, portugueses orgulhosos por estes dias, possamos tirar de todas as vitórias que outros portugueses como nós conquistaram nos últimos tempos. Conseguimos tudo. Com trabalho, dedicação, persistência, insistência, sofrimento, alguma sorte e muita força de acreditar. Que a grandeza daqueles portugueses seja diariamente e sempre a grandeza de cada um de nós.

Do coração

image.jpeg

 

Fria. Durona. Casca grossa. Distante. Desligada. Mau feitio. São tudo adjectivos pouco simpáticos que quem me conhece me poderia atribuir em algum momento da minha vida. E eu concordo. É verdade que é isto que eu sou. Ou posso parecer ser, o que vai dar ao mesmo. Mas, e pasmem-se agora, é precisamente isto que faz de mim humana. Tenho apenas 30 anos e longe de mim querer parecer um poço de sabedoria, mas a vida e a minha profissão têm-me ensinado que o importante é darmos o máximo de nós em tudo o que fazemos e somos, poupando sempre o nosso coração. Poupando-nos. O meu coração não é do tamanho do mundo, mas tem o tamanho suficiente para abrigar os meus para a vida e para receber outros tantos de passagem cujas vidas se cruzam comigo, seja por necessidade ou por diversão. Nunca me entrego totalmente ninguém mas não me importo de dar boleia a quem se sente perdido. Gosto de tocar as vidas dos outros sem que toquem na minha. Sou exímia na aplicação de mecanismos emocionais de autodefesa. E só assim se que consegue sobreviver e ser feliz nesta vida. Eu. Eu. Eu. Porque sempre que eu for inteira vou ser capaz de marcar, seja de que forma for, a vida dos outros. Porque sempre que eu me sentir feliz vou ser capaz de passar a minha felicidade à vida e quem sabe à tristeza de alguém. Sou fria. Sou durona. Sou casca grossa. Sou desligada. Tenho mau feitio. Tenho um coração que parece de pedra. E de facto é. Porque é difícil de quebrar e ainda mais difícil de alugar. Um coração que é tão orgulhoso é tão duro, que verga mas não quebra, mas que está cheio, a rebentar, de vontade de fazer da vida de tantos alguém um lugar melhor. Tudo o resto é o jeito dele sobreviver. Porque para viver não basta que ele bata. É preciso que ele sinta. E nisso ele é perfeito e bom rapaz.

Pessoas brilhantes

image.jpeg

 

"(...) pare de se julgar, comparando-se com pessoas brilhantes. Evite pessoas brilhantes. As pessoas brilhantes são uma fraude. Ou tente conhecê-las o suficiente para perceber que afinal não são assim tão brilhantes. As pessoas brilhantes não são o inimigo. Às vezes somos nós o inimigo quando escutamos o nosso cérebro avariado que nos tenta convencer de que estamos sozinhos na nossa própria dúvida, ou que é óbvio para toda a gente que não sabemos que merda estamos a fazer. " Furiosamente feliz, Jenny Lawson

Finge

image.jpeg

 

Quando a vida nos puser à prova. Quando os desafios forem maiores que as nossas capacidades. Quando não soubermos o que fazer ou como fazer, finge. Finge que és boa nisso. Finge que és a melhor. Mas finge com toda a tua garra e determinação. Finge que és a melhor, como se fosses mesmo a melhor. Um dia, quando menos esperares, não vais precisar mais de fingir.