Deixando o marido em Florença, Elena volta a Nápoles para viver com Nino Sarratore, esperando que este se separe da mulher. É agora uma escritora reconhecida e procura escapar ao ambiente conflituoso do bairro onde cresceu e a sua família continua a viver. Evita encontrar Lila. Mas as duas amigas de infância não conseguem manter-se distantes e acabam mesmo por engravidar ao mesmo tempo, o que lhes permite reencontrar, por algum tempo, a passada cumplicidade.
Momento literário de infelicidade: acabei a tetralogia da Ferrante! Que maravilha de livros! Haverá alguém capaz de não os ter adorado? Haverá alguém que não acredite que a Lina e a Lenu se tornaram personagens literárias imortais que todos nós adoramos?
Dos quatro volumes, talvez o terceiro tenha sido aquele que considerei menos fantástico, mas estamos perante uma grande obra. Ve realmente a pena cada página!
Como é que enfrentamos o envelhecimento das pessoas que amamos? Apesar de trabalhar há anos como cirurgião, Atul Gawande só se apercebeu até que ponto estava mal preparado para lidar com a morte quando foi confrontado com a decadência do pai. Estaria o pai disposto a viver até onde fosse medicamente possível? Ou só enquanto tivesse qualidade de vida? E em casa ou num lar? O que era realmente importante? As respostas, não lhe eram dadas por uma ciência cada vez mais desumanizada. A medicina, com todos os extraordinários progressos tecnológicos, tem vindo a centrar-se cada vez mais em (apenas) manter os pacientes vivos. O coração falha? Há cirurgias, próteses e transplantes. O resto pouco importa. Na pior das hipóteses o paciente volta ao bloco operatório para nova intervenção. Esquecida fica assim a vida nos intervalos das consultas e cirurgias. No entanto, conforme defende Gawande, devemos encarar a medicina como uma forma de prolongar a qualidade de vida. Existem geriatras, lares, hospitais, unidades de cuidados paliativos que oferecem aos pacientes dignidade, auto-estima, autonomia. Provam que o fim pode ser (re)escrito de outra maneira – muito mais feliz. Leitura obrigatória para quem envelhece ou testemunha a velhice, "Ser Mortal" é o melhor e mais pessoal livro de Atul Gawande. Filosófico por vezes, comovente quase sempre, é a corajosa narrativa de um médico que conhece os limites da ciência, mas também o modo como ela nos pode servir melhor.
Um livro não sobre a morte, mas sim sobre o que antecede a morte e a melhor forma de nos prepararmos para ela. Absolutamente obrigatório para todos os profissionais de saúde, para todos os que trabalham com pessoas em final de vida e para todos nós, seres mortais.
Durante o dia, Judith Rashleigh trabalha numa prestigiada leiloeira de Londres. Ambiciona uma carreira no mundo da arte e, apesar das origens humildes, tornou-se uma mulher sofisticada.
Para fazer face às despesas, aceita trabalhar durante a noite como acompanhante num dos bares da capital. Mas depressa o sonho de uma vida luxuosa se desmorona.
Desesperada, acompanha um dos clientes do bar numa viagem. Após um acontecimento que marca o seu destino, Judith envereda por um caminho violento e tortuoso. Assistimos à ascensão de uma mulher à margem da lei e da moral, segura do seu rumo.
Mas mais do que possível, será a redenção desejável?
Maestra de L.S. Hilton é o thriller mais chocante do ano.
Este foi leitura de férias e ainda bem que o guardei para essa altura, pois não faz de todo o meu género. Pareceu-me uma mistura de thriller com 50 sombras de Grey, mas que deixa muito a desejar. Estava a contar com algo dentro do género de "A viúva", que li nas férias de Julho, ou de "A rapariga no comboio", mas ambos são bem melhores que esta Maestra.
À primeira vista, Ove é o homem mais rabugento do mundo. Sempre foi assim, mas piorou desde a morte da mulher, que ele adorava. Agora que foi despedido, Ove decide suicidar-se.
Mal sabe ele as peripécias em que se vai meter.
Um jovem casal recém-chegado destrói-lhe a caixa de correio, o seu amigo mais antigo está prestes a ser internado a contragosto num lar, e um gato vadio dá-se a conhecer.
Ove vê-se obrigado a adiar o fim para ajudar a resolver, muito contrariado, uma série de pequenas e grandes crises.
Um Homem Chamado Ove é um livro simultaneamente hilariante e encantador. Fala-nos deamizades inesperadas e do impacto profundo que podemos ter na vida dos outros.
Segunda leitura de férias. Não sei porque o comprei. Talvez tenha sido o fato de existir um gato no livro. Estava com receio que entrasse na onda da "auto-ajuda", mas conseguiu ficar longe disso (embora sem fugir completamente). E eu fiquei a adorar o Ove, não só porque adoro velhos rezingões, mas sobretudo porque com o mau feitio que tenho, também eu serei sem qualquer dúvida, uma velha bem mais rezingona que o Ove.
Leitura levezinha, que nos prende, com momentos de humor. Boa escolha para férias.
Descobri também que foi realizado um filme baseado neste livro que estou muito curiosa para ver.