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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Domingo até ao fim de Domingo

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Miguel Esteves Cardoso, no Público, ao Domingo. "Domingo é o segundo dia do fim-de-semana. São só dois dias e, por conseguinte, estamos a falar de 50 por cento. Trata-se de uma parte substancial, que merece ser celebrada como o dia inteiro que é e não denegrida como dia final (“já é domingo...”) ou como véspera de segunda-feira. Viveremos o domingo como véspera de nada. Na sexta-feira à noite é glorioso dizer que amanhã “ainda é sábado”. No sábado sabe bem dizer “E amanhã ainda é domingo”. É esse domingo delicioso, que passou do futuro para o presente, a que chegámos hoje. E será domingo todo o dia. Na segunda-feira, quando acordarmos, é que será a altura certa para exclamarmos, horrorizados: “Já é segunda-feira!” E, se tivermos passado o domingo como dia inteiro, como combinámos passar, diremos “que pena ter acabado aquele domingo tão bom...” É na segunda-feira que se chora o domingo que passou. Não é ao domingo que se chora a segunda-feira que aí vem. As tardes e noites de domingo prestam-se particularmente à lamechice. Esse desperdício é um luxo ao qual não nos podemos dar. Temos tempo para isso mas esse tempo faz-nos falta para fabricarmos memórias das quais vamos precisar mais depressa do que pensamos. Domingo é a primeira-feira. A primeira feira é boa. A segunda-feira é uma falsa feira. A segunda-feira é má. Agora só resta sermos capazes de nos esquecermos do que estamos a fingir."

#lugares: Moustache

Se há coisa que eu adoro, especialmente nos dias mais frescos, é café com leite! Chamemos-lhe o que quisermos, cappuccino, caffe latte, meia de leite, galão...qualquer coisa! Se tem café e tem leite (de preferência com opção magro, sem lactose ou soja) é o suficiente para me fazer feliz! 

Há muito tempo que andava para experimentar esta coffee shop. Já havia passado por lá algumas vezes, já tinha lido sobre ela e até já a tinha cobiçado nas páginas da Time Out Porto. No passado fim-de-seman, sem planos, fomos lá parar! E por mim iamos lá parar todas as semanas! 

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Para começar, o espaço é super agradável e acolhedor, especialmente num dia de chuva, como era o caso. Em plena Praça Carlos Alberto, no centro do Porto, a Moustache recebe-nos com um edifício de dois pisos, sendo que o primeiro, com janelas viradas para a praça, é o meu preferido!

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 E quanto aos comes e bebes? Heaven on earth, meus amigos! Eu, que sou uma fã assumidíssima da Starbucks ou do Costa Coffee e das suas bebidas em copinhos de papel, admito que bebi aqui o melhor "café com leite" de soja de sempre (mesmo que não tenha sido servido em copo de papel, apesar de também existirem). Muito saboroso, muito cremoso, muito quentinho, muito tudo! Relativamente aos "sólidos", há-os para todos os gostos, com uma enorme oferta de bolos e afins com excelente aspeto mas que nunca me tentam, pão, torradas ou este belo scone que por sinal também estava delicioso! E o preço, ao contrário do que seria de esperar, é significativamente inferior ao praticado pelas duas outras coffee shops.

   Têm aqui um belo local de Outono/Inverno para um saboroso e acolhedor lanche! 

   Vale a pena. Vale realmente a pena! 

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Portugal de paradoxos

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Em 2015, Portugal não é um país para velhos: pelo menos seis em cada dez pensionistas por velhice recebem valores inferiores ao salário mínimo nacional. A população continua a envelhecer e o número de idosos isolados aumenta. Também não é país para jovens; cerca de um terço dos portugueses entre os 18 e os 24 anos não está a estudar nem possui o secundário completo (mais do dobro da média europeia) e a taxa de desemprego jovem é uma das mais altas da OCDE. 

Há capitais de distrito sem cinemas, cidades sem maternidades, vilas sem centros de saúde. Há autoestradas desertas, vias «sem custo para os utilizadores» cobradas com sistemas inexplicáveis, estradas com várias designações e falta de amnutenção. No Porto, a TAP tem cada vez menos ligações de longo curso: se não fosse pelas companhias de baixo custo, o Norte estaria praticamente desabastecido.

A deslocalização para o litoral é imparável e a falta de oportunidades de trabalho empurra os mais novos para outras paragens: na última legislatura, saíram do país cerca de 300 mil portugueses, uma vaga de emigração que ameaça reinstalar a sensação de atraso em relação à Europa das gerações anteriores.

Não é país para portugueses, mas é um destino cada vez mais apetecido. Portugal está na moda e bate, todos os anos, recordes de turistas, de receitas e até de crescimento no setor. Em paralelo, as oportunidades no mercado imobiliário e as vantagens fiscais atraem um número crescente de investidores e novos residentes - estrangeiros ou emigrantes que decidem regressar, simples reformados ou interessados nos vistos gold.

E então o que tens andado a ler?

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Condenado à nascença a uma vida de escravidão, Mack McAsh vê-se forçado a trabalhar nas minas de carvão da Escócia, no ano conturbado de 1766. 
Porém, Mack não perde a esperança de ser livre. Inesperadamente, encontra uma aliada. Lizzie Hallim é a bonita aristocrata rebelde e determinada que, apesar da sua condição, também se encontra aprisionada em intrigas e jogos de poder. Devido às ideias progressistas de Mack, Sir George, senhor das terras e dono da mina, dificulta-lhe a vida, obrigando-o a fugir. Num 
volte-face é Lizzie quem o ajuda.

Os dois jovens não sabem que em breve a paixão será tão avassaladora no velho mundo como no novo.

Das minas de carvão da Escócia às sujas ruas da Londres, passando pelas plantações de tabaco na Virgínia, os dois enamorados querem apenas conquistar algo para as suas vidas: a liberdade.

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   Ken Follett nunca há-de ser um Nobel da Literatura (vou-me controlar nas piadas do tipo "porque não é cantor!") mas é um bom "inventor de histórias". Escreve muito um estilo que aprecio, romance histórico, e por isso, apesar de já ter lidos uns quantos livros dele, de longe a longe gosto de voltar a ele. Este livro não está ao nível do melhor de Follett, mas oferece-nos personagens interessantes e um enredo que nos deixa aquela sensação de termos ficado a saber mais qualquer coisa sobre o mundo de antigamente. 

 

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Um quadro velho e sujo é comprado numa obscura loja de velharias por Annie McDee. Chef talentosa mas falida, apaixonada mas com o coração partido, Annie cedeu a um impulso e gastou nele as últimas 75 libras que tinha no bolso. E enquanto se debate com a solidão e a falta de perspetivas, está longe de imaginar as repercussões da sua humilde extravagância.
É que, singelamente pendurada entre os tachos e as panelas da sua cozinha, está agora uma obra-prima. A Improbabilidade do Amor é o quadro perdido de um célebre pintor do século XVIII. Na tentativa de desvendar a verdadeira identidade da obra, Annie vai deparar com um dos segredos mais bem guardados da História da Europa.
E ser inadvertidamente arrastada para o frenético mundo da arte e perseguida por potenciais compradores. De uma princesa árabe a um oligarca russo, passando por um conde falido e uma socialite americana, não falta quem esteja disposto a tudo para acrescentar mais uma peça à sua coleção.
Mas A Improbabilidade do Amor não é apenas uma obra de arte.
A sua alma é-nos gradualmente revelada. Na sua voz sedutora, sofisticada e muito cínica, o quadro comenta a atribulada vida amorosa de Annie, narra a sua própria história e ajusta contas com os seus (muitos) donos anteriores, entre eles, Luís XV, Voltaire e Catarina, a Grande…

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   Autora desconhecida, livro igualmente desconhecido. Fui vendo-o como sugestão de leitura em alguns locais e o facto de o compararem com o Pintassilgo (impossível, mas...) deixaram-me algo curiosa. Não está ao nível do Pintassilgo (no way!) mas tem muito dele, pelo menos o enredo é semelhante: há um quadro perdido, uma personagem sofrida que o tem sem saber o seu valor, uma família complicada, um pequeno romance que não é o ponto principal da história... é uma boa sugestão de leitura, bem mais leve que Donna Tart (principlamente no que ao número de páginas diz respeito).

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O histórico hotel de Boonsboro já viveu tempos de guerra e paz e teve inúmeros donos ao longo do tempo. Agora prepara-se para ser reinaugurado pelos irmãos Montgomery. Beckett, o arquiteto da família, está determinado a finalizar as grandes obras, mas a sua vida atarefada não o desvia de um outro grande objetivo: atrair a atenção da mulher por quem está apaixonado desde a adolescência. Depois de perder o marido e regressar à sua terra natal, Clare Brewster cedo se adapta à sua nova vida como mãe de três filhos e gerente da livraria da cidade. Com pouco tempo para uma vida romântica, Clare acaba por ser envolvida nos preparativos do novo hotel e deseja conhecer melhor o homem por trás dele. Enquanto não chega o dia da inauguração, Beckett e Clare conhecem-se melhor e sentem a crescer entre eles o início de algo novo… Irá abrir-se nas suas vidas a janela para um futuro juntos?

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   Todo o mundo e arredores conhece Nora Roberts. Eu nunca havia lido um único livro dela, não sei sobre o que escreve. Na visita à Feira do Livro deste ano achei que era altura de dar pelo menos uma hipótese a uma autora que já vendeu não sei quantos milhões de livros por todo o mundo. O eleito foi o seu último livro, que é também o primeiro de uma trilogia. 

   Logo desde as primeiras páginas percebi que não era o tipo de livro que fizesse o meu género e ao lê-lo nunca consegui perder a sensação de que estava a ler Nicholas Sparks, um autor que em tempos de inocente juventude devorei e que há uns anos larguei. Cenários que poderiam ser de Sparks, personagens totalmente aceitáveis para Sparks, um amor que não quer ser mas que não dá para resistir como Sparks gosta, um acidente, uma personagens má e um final feliz. Sparks ia adorar isto! 

   Não faço ideia se todos os livros de Nora Roberts são deste género, mas a mim, para já, não me convenceu. Mas vou voltar. Qunato mais não seja porque escolhi uma trilogia e eu não sou de deixar as coisas a meio!

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A felicidade tem um preço? Um homem está prestes a descobrir.
Minimalista, surreal e original, o romance de Jonas Karlsson explora o absurdo da vida e questiona a grande meca dos tempos modernos: numa sociedade em que só o dinheiro conta, o que é, afinal, a felicidade e como a medimos? A factura vai mudar a forma como vê a vida.

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   Este foi curiosidade literária à primeira vista! Bastou-me a questão "E se a nossa felicidade tivesse um preço?" para me deixar cheia de vontade de o ler. Devorei-o em 3 noites e que delícia de livro. Surreal, mas delicioso. Com um cheirinho a Kafka que o torna ainda mais delicioso. Dá que pensar e eu adorei-o! Absolutamente, um dos melhores de 2016. 

Ir é o melhor remédio: Buçaco

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 Conhecer a serra e o Palácio do Buçaco estavam nos meus planos de passeio há algum tempo. A pouco mais de 100km do Porto, já não havia desculpa para este lugar e ponto turístico do nosso país me continuar a falhar. Aproveitei o feriado de 5 de Outubro para finalmente me deliciar com este lugar. 

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Passamos apenas umas horas da tarde por aqui, mas deu para me apaixonar! Há todo um ambiente de romantismo histórico neste lugar, não só pelo belíssimo Palácio, atualmente convertido em hotel de luxo, mas também pelos fantásticos e super-verdes jardins que o envolvem e fazem parte da serra do Buçaco. 

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Fiquei com uma vontade enorme de voltar com tempo para palmilhar e descobrir os cantinhos destes bosques (e quem sabe relaxar neste hotel de princesa), já que uma das ofertas do local é precisamente a possibilidade de fazer belas caminhadas pelos trilhos da serra. 

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Por isso já sabem, se gostam de natureza com uma mistura de história e um toque de conto-de-fadas, este é o lugar perfeito! Para uma visita mais curta ou para umas belas caminhadas pelo imenso verde que o rodeiam!

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Dia Internacional do Idoso

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No dia internacional do idoso faz todo o sentido. Porque os meus dias são com eles e para eles e isso deixa-me realmente satisfeita, feliz e realizada. Também são o melhor da vida, porque estão cheios de vida vivida, daquela que ensina, que faz sorrir e chorar, amar é sofrer, ter e perder. Envelhecer pode ser bom m. Tem de ser bom. Envelhecer é continuar por cá e a nossa obrigação é não permitir que continuar por cá seja um sacrifício e um sofrimento. A nossa obrigação é estar lá para eles enquanto eles continuam por cá. Porque é isso que significa envelhecer: partilhar vida e afectos até ao fim. Até ao fim. Um grande, grande bem haja para todos aqueles que são mais na vida de alguém idoso do que aquilo que pensam.