Ler: "Quando perdes tudo não tens pressa de ir a lado nenhum", Dulce Garcia
Um homem, duas mulheres, uma criança. A história de um triângulo amoroso à luz do que são hoje as relações sentimentais, marcadas por separações e recomeços e jogos psicológicos variados. Um romance onde se fala de paixão, desejo, raiva e um medo incrível da loucura. Também tem ameaças, mentiras e sexo. E humor, esse lado cómico que existe em todos os episódios, até nos mais trágicos.
O que nos leva a apaixonarmo-nos e deixar tudo para trás? Como é possível mentirmos para obrigarmos alguém a ficar ao nosso lado. É normal um pai não gostar de um filho? E o amor, sempre o amor, é hoje uma doença ou a única terapia?
Isabel sempre disfarçou os seus sentimentos debaixo de uma capa de serenidade, sobretudo desde que o irmão enlouqueceu depois de assistir a uma autópsia. Mas apaixona-se.
Uma história de amor escandalosamente contemporânea, que fala de desejo e raiva, da violência do fim dos casamentos e da luta em torno da guarda dos filhos, da culpa de quem decide partir e de como isso pode arrasar o futuro.________________________________________________________________
O que me chamou a atenção neste livro foi o título e o facto de ser produção nacional (não sei quanto a vocês, mas eu sinto falta de ler bons livros portugueses). Trouxe-o completamente às escuras e com total desconhecimento da autora ou do que o livro tratava. Bastaram umas primeiras páginas para perceber que não iria arrepender desta compra impulsiva. Este é um livro português bom. Este é um livro português com uma história cinzenta, como a capa, com personagens pesadas e doentias. Este é um livro que tem tudo para ser gostado da primeira à última página. Não é um romance lamechas, mas é amor. Puro, verdadeiro e doentio, como as personagens. E como, por vezes, o próprio amor.
Não hesitem em lê-lo!