Ler: A Sociedade dos Sonhadores Involuntários, José Eduardo Agualusa
O jornalista angolano Daniel Benchimol sonha com pessoas que não conhece. Moira Fernandes, artista plástica moçambicana, radicada em Cape Town, encena e fotografa os próprios sonhos. Hélio de Castro, neurocientista brasileiro, filma-os. Hossi Kaley, hoteleiro, antigo guerrilheiro, com um passado obscuro e violento, tem com os sonhos uma relação ainda mais estranha e misteriosa. Os sonhos juntam estas quatro personagens num país dominado por um regime totalitário à beira da completa desagregação.
A Sociedade dos Sonhadores Involuntários é uma fábula política, satírica e divertida, que desafia e questiona a natureza da realidade, ao mesmo tempo que defende a reabilitação do sonho enquanto instrumento da consciência e da transformação._______________________________________________________________________________
Ora bem, José Eduardo Agualusa...é aquele escritor reconhecido por muitos que ainda não me conseguiu conquistar. Este foi apenas o terceiro livro do autor que li e se adorei "A vida no céu", o "Vendedor de passados" não me disse nada e esta "Sociedade dos sonhadores involuntários" deixou-me ali a meio caminho entre vou-lhe dar uma hipótese e se calhar não faz mesmo o meu género.
Não adorei o livro, mas também não posso dizer que seja mau. A verdade é que o li numa semana e consigo reconhecer-lhe o génio na escrita e umas certas semelhanças com Mia Couto ou até com determinadas características de Murakami, mas sendo sincera, ainda não me convenceu totalmente. Certo é que estou curiosa em ler a sua "Teoria geral do esquecimento", considerado um dos melhores livros de Agualusa e vencedor de inúmeros prémios.