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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Óscares 2018

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  Quem gosta de cinema terá certamente este hábito de chegar à noite da entrega dos prémios com os filmes todos vistos. Ora eu não sou excepção. Não sendo nenhuma especialista em cinema, todos os anos dedico umas boas horas a limpar todos os filmes nomeados, pelo menos nas principais categorias, para poder perceber, primeiro as nomeações e depois os prémios. 

   Claro que também sou daquelas que não consegue deixar de fazer previsões e emitir opiniões e, por isso, este ano já formei as minhas opiniões, embora sem grandes convicções no que ao melhor filme diz respeito. 

  • Darkest Hour, para mim não é um grande filme, mas é um brutal e excelente desempenho, que deverá garantir pela certa um óscar de melhor ator. De resto é um filme histórico bom, muito semelhante a um também recente chamado Churchill que vi há pouco tempo, uma grande produção, belas imagens, mas isso não pode ser suficiente para que se considere o melhor filme do ano. 
  • Lady Bird, aqui a coisa é simples: não lhe percebo a nomeação para melhor filme. É um típico filme americano da típica jovem americana com a típica juventude americana. Nada de novo. Nada de diferente. A não ser o cabelho vermelho de Saoirse Ronan.
  • The Shape of Water, provavelmente o filme sensação deste ano! Não posso dizer que adorei o filme, até porque não é de todo um estilo que me preencha as entranhas, mas reconheço-lhe o génio criativo, a originalidade do argumento, e marca sem dúvida pela diferença. É uma bonita história de amor do fantástico, uma espécie de Bela e o Monstro dos século XXI e isso merece destaque. É diferente e quase sempre o que é diferente é bom. Acho que, senhoras e senhores, este vai ouvir o seu nome depois do clássico "and the oscar goes to...). 
  • Call me by your name, mais uma bonita história de amor, num filme cheio de paisagens bonitas, diálogos bonitos, cenários bonitos, banda sonora bonita, momentos bonitos...sei que há muito gente a torcer por ele, mas eu não sou uma dessas pessoas. É bom, é inegável, mas não me cortou a respiração. 
  • Get Out, curto e direto: que raio de nomeação foi esta? 
  • I, Tonya, gostei. Eu gostei. É um filme biográfico, por isso esqueçam lá a originalidade do argumento e a construção da história e patati patata. Margot Robbie é todo o filme e o filme é o desempenho de Margot Robbie do princípio ao fim. Por isso, aqui deverá haver óscar de melhor atriz! Quer dizer, isto seria certo até vermos o filme seguinte...
  • Three  Billboards outside Ebbing, Missouri, um bom argumento, um bom filme, mas apesar de tudo nada de muito novo e original. A história da mãe revoltada pela morte de uma filha não é novidade para nós. O que é novidade para nós e nos sabe realmente bem neste filme é aquele mãe ser uma Frances McDormand que está brutal no seu sofrimento e revolta e que fará tremer as escolhas para o óscar de melhor atriz. 
  • Dunkirk, filme de guerra. Um bom filme de guerra. Inegável. Mas nada mais que isso, que já é muito, mas que não é para estatuetas. 
  • Phantom Thread, uma história de amor doentia, talvez seja a melhor forma de definir este argumento. Eu gostei do filme. E gostei ainda mais do Daniel Day-Lewis, que não só está fantástico no seu papel (e novidades? um dos melhores entre os melhores!), como está com uma imagem bem agradável ao aolho, apesar da sua idade e de não ser propriamente a criatura mais bonita à face da terra. 
  • Coco, está ali só porque sim, só porque merece, só porque é um vencedor nato, só porque a Pixar sabe SEMPRE como fazer e o que fazer para nos pôr a sonhar, para nos fazer rir e para nos apertar o coração, tudo num só filme. Uma delícia! 

Posto isto, e com uma semana de antecedência, fazemos as nossas apostas? 

Amazing...

Você é fantástico. Já é. Quer o reconheça, quer não. Quer as outras pessoas o reconheçam, quer não. E não é por ter lançado uma aplicação para iPhone, nem por ter concluído os estudos mais cedo, nem por ter comprado um barco do caraças. Estas coisas não definem a grandeza. Você já é fantástico porque, em face da infindável confusão e da morte certa, continua a escolher com quem é que se importa e para quem é que se está a foder. Este mero facto, esta simples opção pelos seus próprios valores na vida, já faz de si lindo, já faz de si bem sucedido e já faz de si amado. Mesmo que não o compreenda. Mesmo que esteja a dormir num esgoto e a passar fome. Você também vai morrer, e isso é porque teve a sorte de viver." Mark Manson

Serviço público: este é obrigatório ler pela nossa sanidade mental

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Não gosto de livros de auto-ajuda. Na verdade, nunca li nenhum, por isso não posso realmente dizer se gosto ou não. O certo é que essa conversa de upa - upa a vida é maravilhosa basta acreditar, o importante é aceitar tudo o que vida te dá,  causa-me comichão nas costas e, por isso, livros que me ensinam a ser extremamente positiva e dona da pedaço nunca me cativaram. 

Este não sei porquê (quer dizer, o título é promissor...) captou a minha atenção e nem hesitei em trazê-lo. Se calhar foi pelo facto de realmente em muitos momentos desta vida doida eu ter dado por mim a pensar algo do tipo: "really?!!? Que se f*da. Neeext..." 

Nao estava à espera de nada deste livro a não ser uma perspectiva algo humorística mas realista da vida e do viver. E não desilude. É um livro real sobre a realidade que é a vida. É um livro que nos abre os olhos para essa coisa chamada viver, sem preciosismos, sem grandes lições, sem bucket lists, sem conselhos... é um livro que diz que "a chave para uma boa vida é estar-se a cagar para mais e importar-se com o menos, importar-se apenas com o que é verdadeiro, imediato e importante". É um livro que nos ensina a valorizar e a aceitar os nossos problemas como parte da aventura que é crescer. É um livro que se foca no menos bom da vida enquanto ferramenta de aprendizagem. É um livro que sem retoques nos grita "tens problemas, coitadinho? Guess what, toda a gente os tem!"  É um livro que nos passa totalmente a batata quente do controlo da nossa vida, do que somos e do queremos ser. 

Vou-me calar e deixar-vos um conselho: isto e muito mais da vida numa livraria perto de si.  Não se demorem. E boa sorte! 

Viajar

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"Viajar é uma excelente ferramenta de desenvolvimento, porque nos arranca dos valores da nossa cultura e nos mostra que outras sociedades podem viver com valores completamente diferentes e, ainda assim, funcionar e não se odiar a si mesmas. Esta exposição a valores culturais e critérios diferentes força-nos então a reexaminar o que prevê óbvio na nossa vida é a considerar que, talvez, este não seja afinal o melhor modo de viver." 

 

A arte subtil de dizer que se f*da, Mark Manson 

Have a lovely week (ou "no póquer, assim como na vida)

"(...) Todos recebemos uma mão de cartas para jogar. Uns têm cartas melhores que outros. E embora seja fácil ficarmos atolados nas nossas cartas, e sentir que fomos tramados, o verdadeiro jogo reside nas escolhas que fazemos com essas cartas, nos riscos que decidimos correr e nas consequências com que escolhemos viver. As pessoas que fazem consistentemente as melhores escolhas nas situações que lhes surgem são as que acabam por ter melhores resultados, no póquer e na vida. E essas não são necessariamente as pessoas que têm melhores cartas." ("A arte subtil de dizer que se f*da", Mark Manson)