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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...

Tudo mudou quando comecei a amar-te...há 3 anos atrás.

3 comentários

Luiz 20.11.2008 14:34

Se continuas sempre com o mito da juventude tu não és jovem mas sim bem antiga, moderna, de uma modernidade que começou a partir do século XVI com o desenvolvimento das ciências e do paradigma mental actual que privilegia o mito da modernidade porque é esse o interesse do saber-poder da contemporaneidade que visa dominar-nos o espírito e o pensamento para nos impor as suas verdades fabricadas e que todo o mundo toma por verdadeiras! Assim continua a subserviência espiritual dos homens que vive com ideias que julga suas mas que são fabricadas pelo poder para que este perdure no tempo! Ser jovem é pensar pela sua própria cabeça, é ser audaz e ousado, é ser radicalmente crítico da vida e do mundo, do seu espírito e da sua mente, dos seus hábitos e dos seus pensamentos! Ser jovem é criar descaminhos, resistências, subversões!
Os labirintos do cérebro são conduzidos pelo saber-poder das ciências sociais e humanas que não fazem mais que prolongar o pensamento dominante do poder que se alastra dentro de ti e te suga e invade para te controlar julgando tu que tens livre arbítrio e que fazes o que a tua cabeça quer! Esta é a tua máxima ilusão!
Ser apenas racional como tu te defines é seres uma outra fabricada pelo paradigma dominante! Não és na verdade tu! Nem sequer de longe te aproximas das tuas profundezas sejam ela a pele ou as entranhas! Afirmar que se é racional é uma afirmação oca, vazia que nada significa! Primeiro porque a racionalidade não existe enquanto algo sólido, independente ou entidade que se possa agarrar ou separar, depois e por consequência a racionalidade é um conjunto entrecruzado, rizomático, entrelaçado, fundido de múltiplos, distintos e contraditórios elementos e episódios! Ninguém é nem puramente nem relativamente racional!
Tu não és influenciada pela lua, tu és influenciada pelo universo inteiro, pela galáxia mais distante e invisível! As tuas variações de humor não dependem disso, talvez dependam mais das “luas” que te rodeiam, que estão na tua vida, do poder e da força das coisas com que tu te deparas e chocas todo o dia! E é o modo como tu reages a esses embates que regulam o teu humor! Talvez seja! Não posso afirmá-lo! É apenas um argumento!
Tu és viciada pela moda e pela imagem! Isto é, tu és viciada pela aparência! E jamais a aparência te pode conduzir ao palácio da sabedoria! Bom seria que fosses viciada pela vida e pela morte, que vivesses com intensidade e mistério a luz do sol, a luz da terra! Bom seria que fosses viciada pelo nudismo, que adorasses andar nua na tua máxima plenitude e beleza, luminosa e incandescente!
Falas nas horas vagas para ler um livro! Que pena, lamentável! Como eu gostaria de te ouvir dizer que não tens horas vagas, que todas as tuas horas são horas da tua vida, que todo o tempo é tempo da tua vida! só quem vive na aparência e superficialidade pode afirmar que tem horas vagas! Quem vive intensamente sua vida com paixão, amor, espírito, e coração jamais tem horas vagas porque mesmo que não faça nada faz sempre tudo pois está em acto de viver permanentemente! E o acto de viver permanentemente nega a existência de horas vagas! Além do mais, os livros não se lêem nas horas vagas, os livros lêem-se na intensidade do tempo e do espírito porque só assim um livro se pode aproximar da tua interioridade e revelar-te ou dizer-te algo inominável, algo indizível, algo resistente, algo transformador, algo solar! Só assim um livro pode entrar dentro de ti e fazer amor contigo! Se tu apenas lês livros nas horas vagas jamais fizeste amor com um livro! Para fazer amor com um livro é preciso lê-lo nas horas inteiras, no tempo todo, com o corpo e com o espírito mergulhados nas profundezas dos mares e dos céus!
Minha querida amiga, era isto que eu te queria dizer logo após ter lido a tua apresentação…ela despoletou em mim esta doce reacção para contigo….um puro acto de autenticidade….Beijos, e um dia feliz!
Anónimo 20.11.2008 23:34

Comentário apagado.
`Na 20.11.2008 23:44

agradeço os seus conselhos e impressões a ainda o tempo que dispensou na elaboração do discurso acima exposto acerca do meu perfil. A verdade é que ninguém é apenas um conjunto de palavras expostas numa coluna de um perfil de um blog. Ainda assim, parece-me que o mais importante é que cada um se sinta bem consigo próprio. Assim, desde que sejamos sinceros connosco mesmos caminhamos para o sucesso e a realização, ainda que nos sintamos atraídos por um belo par de sapatos ou gostemos de quilos de roupa (afinal um pouco de vaidade é fundamental para a construção de um auto-conceito positivo e facilitador), que gostemos de ler livros nas horas vagas, que sejamos racionais, empíricos ou emotivos. Não importa se somos influenciados pela lua, pelo sol ou por uma estrela qualquer minúscula. Importa sim que cada um se sinta uma estrela, capaz de brilhar em qq lugar e a qq hora. O que nos faz brilhar? Cada um saberá. Se se sente feliz com o ser humano que é, então já é uma estrela.
Felizmente ninguém é perfeito.
Agradeço o desejo de um dia feliz. Foi mesmo um dia feliz. Mais um. Fui eu, que mais posso pedir?
Uma vida feliz para si.

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