Cepticismo
«(...) Não deixas saída, Porque não há saída, vivemos num quarto fechado e pintamos o mundo e o universo nas paredes dele, Lembra-te de que já foram homens à lua, O seu quartinho fechado foi com eles, És pessimista, Não chego a tanto, limito-me a ser céptica da espécie radical, Um céptico não ama, Pelo contrário, o amor é provavelmente va última coisa em que o céptico ainda pode acreditar, Pode, Digamos antes que precisa (...)».
José Saramago, História do Cerco de Lisboa