Home is where they understand you
Não gosto de sair de casa. De fazer uma mala, colocar para lá pedaços do que são e partir. Não me entendam mal; é óbvio que gosto de ir de férias e adoro conhecer locais novos, mas o saber que vou deixar "o meu espaço" por um determinado número de dias deixa-me um tanto nostálgica e ali num misto de aborrecimento e tristeza. De maneiras que no momento de voltar a casa nunca sofro daquele síndrome de "oh não, não queria nada que isto terminasse". Volto a casa e volto sempre satisfeita, carregada de recordações.
Não me perguntem a explicação para tal, afinal eu sempre me considerei uma "sem raízes" e para além disso ir de férias é uma espécie de vou ali e volto já, sem despedidas ou partidas definitivas. Certo é que a mim me desperta uma série de sentimentos e sensações pouco agradáveis, ao ponto de quase me fazer sentir que, afinal, não quero ir a lado nenhum.
Talvez, por mais que isso seja difícil de admitir para o meu coração de gelo, eu tenha mais raízes do que admito. Talvez até eu seja mais "apegada" às coisas e às pessoas do que realmente julgo. E talvez, talvez, o meu lugar seja mesmo aqui. Afinal, por muito grande que seja a nossa mala é impossível lá transportar tudo aquilo que somos. Ou tudo aquilo que faz aquilo que somos.
Já dizia o outro...Home is where they understand you...