Porque ainda temos muito a aprender a respeito da velhice
«A tradição confuciana tem um papel central no modo como os chineses encaram a velhice e as pessoas idosas. Baseada no respeito pelos ascendentes e na piedade filial, esta filosofia considera as pessoas idosas como modelos éticos e morais que dever ser honrados e seguidos (...) Foram introduzidas medidas políticas importantes, como a generalização de uma reforma por velhice e a criação de instituições de apoio a pessoas idosas necessitadas. No entanto, o papel da famíla permanece fulcral, já que a maioria das pessoas idosas continuou a habitar em casas com mais de uma geração, na companhia dos filhos e netos. Neste tipo de organização social, as pessoas idosas desempenham um papel activo, já que ajudam na organização da casa e tomam conta dos netos enquanto os pais estão a trabalhar. Em situações muito excepcionais em que não habitam com as suas famílias, os mais velhos residem em pequenas instituições e desempenham também papéis muito activos nas comunidades, gerindo pequenos negócios, como, por exemplo, o transporte para a escola de crianças, filhas de pais trabalhadores, serviços de lavandaria ou distribuição de leite na comunidade. Esta participação activa das pessoas idosas na comunidade torna-as, não um fardo para a sociendade, mas sim uma parte essencial e integrante da economia e da vida social.»
Discriminação na Terceira Idade, Sibila Marques