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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

«A Desumanização», Valter Hugo Mãe

 

«Mais tarde, também eu arrancarei o coração do peito para o secar como um trapo e usar limpando apenas as coisas mais estúpidas.»


Passado nos recônditos fiordes islandeses, este romance é a voz de uma menina diferente que nos conta o que sobra depois de perder a irmã gémea. Um livro de profunda delicadeza em que a disciplina da tristeza não impede uma certa redenção e o permanente assombro da beleza. O livro mais plástico de Valter Hugo Mãe. Um livro de ver. Uma utopia de purificar a experiência difícil e maravilhosa de se estar vivo.

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   Assim que este livro foi editado, corri a comprá-lo. Estava ansiosa por conhecer as novas palavras de Valter Hugo Mãe. Li-o numa semana (um bocadinho todas as noites, que o sono assim o obriga) e agora que o terminei tenho de admitir e assumir que foi, provavelmente, o livro de VHM que menos gostei até à data. Fiquei mesmo que um trago de desilusão. Depois de "O filho de mil homens" e "A máquina de fazer espanhóis", que adorei, a fasquia estava muito alta, de maneira que pensei que poderia ser sempre a melhorar. O que para mim não aconteceu com este livro. Sei que muitos dizem que é o melhor de VHM, um dos melhores do ano, etc etc, mas cada um tem os seus gostos e a sua opinião e nisto dos livros, é preciso que eles nos agarrem e mexam connosco desde a primeira página. Este não o conseguiu fazer. Não lhe descobri história que me cativasse ou personagens que me prendessem, até mesmo pensar nos fiórdes filandeses me causava arrepios...falta-lhe ali qualquer coisa, já que do início ao fim anda sempre há volta do mesmo: as mesmas personagens, os mesmos sentimentos, a mesma paisagem...é um livro que emana tristeza e melancolia a cada página, o que nem sempre o torna fácil de ler.

   Tratando-se de VHM vale sempre a pena ler, mas que já teve momentos de escrita mais felizes, lá isso já teve.  

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