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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Fomos todos exercer o nosso direito

   As decisões estão tomadas. Cada um pôs a cruzinha no que e onde quis, ou não pôs a cruzinha em lado nenhum, o que também é um direito ou nem sequer se deu ao trabalho de olhar para aquela folha A4 carregadinha de promessas de um país perfeito e dada a taxa de abstenção, muita árvore foi abatida inutilmente...ao menos que usem as sobras para folhas de rascunho! 

   A `Na esteve quase a continuar na sua onda de abstenção, uma vez que os queridos que trataram do seu cartão do cidadão resolveram mudar o número de eleitor e não avisar e aqui a je não constava de qualquer lista. Felizmente as novas tecnologias salvam-nos sempre e uma simples sms resolveu tudo, o que me leva a concluir que eu paguei para votar! E novidade das novidades, eu votei! Ao contrário do esperado, incluindo por mim própria, eu pus uma cruzinha algures, pela primeira vez numas eleições (acto só repetido no referendo sobre o aborto). Foi uma decisão reflectida depois de muito ouvir "não vota, também não pode reclamar". Logo eu que gosto tanto de reclamar...do que me ia queixar depois? E depois percebi que existiam pessoas que eu não gostaria de ver a governar o nosso país. Ora se não gostaria e tenho o direito à escolha, porque não exercer o meu direito, sempre com a filosofia do "não voto num partido mas numa pessoa".  E assim foi. Exerci o meu direito e fiz uma escolha, independentemente de ela ser ou não a eleita.

   O vencedor foi escolhido e não me manifesto sobre essa escolha, embora não me tenha surpreendido, não fossemos nós um povo que muito reclama e pouco faz. Resta-nos sossegar as criancinhas do nosso país, pois a "chantagem do Magalhães" parece  ter terminado em bem e pela certa muitos Magalhãezitos chegarão às mãos deliciadas dos nossos benjamins. Parecendo que não, muitos daqueles professores revoltados deverão ter atenuado a sua raiva ao perceber que poderia não haver mais Magalhães e e-escola. E depois, como iam conseguir manter uma turma interessada durante toda uma aula sem a ajuda dessas piquenas máquinas milagrosas? E os pais como iriam passar sem a doce chantagem do "se te portares bem e fizeres tudo deixo-te jogar no Magalhães"? Uma pessoa tem de pensar em tudo em momentos de decisão como o de hoje.

   Resta-nos esperar para ver o que sairá daqui, mas sem muito esperar. Pela minha parte já me dou por satisfeita de, pela primeira vez, ter oficialmente direito a reclamar e criticar!