«A Boneca de Kokoschka", Afonso Cruz
O pintor Oskar Kokoschka estava tão apaixonado por Alma Mahler que, quando a relação acabou, mandou construir uma boneca, de tamanho real, com todos os pormenores da sua amada. A carta à fabricante de marionetas, que era acompanhada de vários desenhos com indicações para o seu fabrico, incluía quais as rugas da pele que ele achava imprescindíveis. Kokoschka, longe de esconder a sua paixão, passeava a boneca pela cidade e levava-a à ópera. Mas um dia, farto dela, partiu-lhe uma garrafa de vinho tinto na cabeça e a boneca foi para o lixo. Foi a partir daí que ela se tornou fundamental para o destino de várias pessoas que sobreviveram às quatro toneladas de bombas que caíram em Dresden durante a Segunda Guerra Mundial.
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Também aqui estou quando é preciso dizer: não gostei. Ou se calhar não o percebi, mas este livro é uma grande confusão e um enorme emaranhado de personagens e histórias que não prometem muito e não nos oferecem nada de novo ou emocionante. Uma série de coincidências e vidas cruzadas, sem grande referência a essa boneca de Kokoschka.
A velocidade a que o li é apenas explicável pela minha vontade de sair rapidamente daquela história.