«Cem anos de solidão», Gabriel Garcia Márquez
«Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo.» Com estas palavras - tão célebres já como as palavras iniciais do Dom Quixote ou de À Procura do Tempo Perdido - começam estes Cem Anos de Solidão, obra-prima da literatura contemporânea, traduzida em todas as línguas do mundo, que consagrou definitivamente Gabriel García Marquez como um dos maiores escritores do nosso tempo. A fabulosa aventura da família Buendía-Iguarán com os seus milagres, fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e condenações são a representação ao mesmo tempo do mito e da história, da tragédia e do amor do mundo inteiro.
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Já li dois ou três livros de Garcia Márquez há muitos anos, tantos que os que li tenho mesmo de os voltar a ler, porque a maturidade literária da altura não me permitiu absorver ou compreender toda a sua essência. Este comecei a lê-lo em 2007 (sim, eu aponto a data de início e final de leitura em cada livro), mas nunca o terminei, não sei porquê. Confesso que a morte do escritor foi a gota de água que me fez ir à minha biblioteca e pegar neste, quando por lá moram mais uns quantos livros do autor que serão, decididamente, lidos brevemente e vergonhosamente, porque se há coisa que não gosto é de reconhecer o talento de alguém que já cá não está. "Amor em tempos de cólera" será, muito provavelmente, o próximo!