Menos pedras e mais sorrisos
Isso de juntarmos as pedras que encontramos no caminho para construirmos um castelo é uma grande treta. Já gostei disso. Já valorizei as coisas más que nos acontecem como licões e aprendizagens, numa de "o que não nos mata torna-nos mais fortes". Mas a vida e as pessoas têm me ensinado que o importante e o que realmente nos ensina a viver e continuar por cá apesar de tudo e em qualquer circunstância, são as coisas boas que a vida tem.
Não acreditando na felicidade plena, acredito em momentos felizes e cada vez mais acredito também que são esses instantes, esses momentos, que nos fazem, nos alimentam, nos ensinam a viver e nos permitem construir castelos ou muralhas ou fortalezas para enfrentarmos os momentos menos positivos que a vida também nos vais oferecendo.
Alimentar (alimentarmo-nos) das pedras no caminho não é viver; é carpir as nossas mágoas; é não avançar; é entrar numa espiral de lamentações e negativismo tão própria do ser humano que não nos permite avançar, não nos permite viver e não nos deixa valorizar esses momentos felizes que nos enchem os dias, a alma e coração. Por isso, esqueçam as pedras no caminho! Não se preocupem em juntá-las porque vos parecem excelente matéria prima para uma fortaleza humana e emocional. Agarrem nos momentos felizes, nas coisas boas da vida, nas pessoas, nos cheiros, nos sabores, nos sons, nos gestos, em tudo o que vos faz sorrir e construam-se enquanto pessoas satisfeitas, plenas, completas e capazes de enfrentar tudo e todos, sem castelos ou barreiras de pedras. O sorriso é, sempre, a nossa maior e melhor arma de guerra e de vida!