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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

O poder do amor (?!?)

   É este o nome do novo programa de Domingo à noite da Sic, a confirmar o absoluto degredo em que os canais generalistas se têm tornado. Sendo eu uma interessada por tudo o que envolve o comportamento humano, lá fui espreitar o dito programa e de imediato fiquei com duas grandes dúvidas: a primeira e mais racional é "quem, no seu perfeito juízo de director de programas, acha pertinente continuar a investir neste tipo de programas, que serão sempre, sempre, uma imitação do velhinho Big Brother, que já andou o que tinha para andar. E segundo, quem, também no seu perfeito juízo, acha que ir para um programa televisivo onde os fazem chafurdar na lama ou os fecham em cabines de baratas, é assim a maior prova de amor que podiam dar/ter? 

   Não consigo perceber o conceito destes programas que transformam sentimentos em jogos, onde até se aposta dinheiro na coragem, ou na "quantidade" de amor da cara metade. Afinal qual é o objectivo deste programa? Provar a confiança e o amor de casais através de espécies de jogos sem fronteiras? E como é que se vai descobrir o casal vencedor, que deverá ser aquele cujo amor terá mais poder ou força? O casal mais apaixonado é aquele que ganhou mais dinheiro nos jogos sem fronteiras do amor? 

   Estas coisas fazem-me confusão...é que eu ainda sou do tempo em que o amor era uma coisa a dois, só nossa, que até nem nos importavamos de mostrar ao mundo mas sem audiências ou apostas monetárias à mistura. Sou daquele tempo em que, apesar de muitos valores se terem começado a perder e as tecnologias estarem a substituir as relações humanas, as provas de amor eram assim coisas de nos cortar a respiração, não porque cheirassem a m****, mas porque tinhamos encontrado alguém capaz de dar a vida por nós. Sou do tempo em que a confianção numa relação era o seu pilar mestre e construída dia-a-dia, sem joguinhos e apostas ou baratas. E o mais estranho nisto tudo, é que eu sou deste tempo e preocupa-me que se reduzam relações humanas tão importantes e fundamentais como é o amor conjugal a meros jogos e programas televisivos. 

   Toca a amar de televisão desligada, que isso sim é viver!