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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Corpo perfeito

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Corpo perfeito. O sonho de qualquer mulher, certo? Certo. Mas errado. Não é clichê quando dizemos que o corpo perfeito não existe, porque efetivamente não existe. Primeiro porque essa coisa da perfeição é demasiado subjectiva e pessoal e segundo porque um corpo perfeito é pedir demais ao Deus dos corpos! O corpo perfeito, naturalmente perfeito, sem cirurgias e truques de mágico (aka Photoshop) é o corpo que nos deixa felizes e no qual nos sentimos bem. Independentemente de medidas, perímetros, comprimentos por largura, pesos ou marcas, o corpo perfeito é aquele no qual nos sentimos bonitas. E o nosso corpo perfeito raramente é O corpo perfeito. A mulher, esse bicho complicado, facilmente elogia um corpo supostamente perfeito, assim como facilmente critica outro (que quase sempre desdenha mais do que critica, que isto das invejas é um mal terrível!) e ainda mais facilmente idealiza o corpo que gostaria de ter que, na maior parte das vezes, não é o corpo que tem. O que nós nos esquecemos é que isto do corpo perfeito é bem mais simples do que parece quando nos olhamos ao espelho: o corpo perfeito é um corpo saudável. Acima de tudo isto. E depois é um corpo que é nosso, que cuidamos adequadamente, que nutrimos adequadamente e que treinamos fortemente. O segredo é apenas este e passa apenas e só pela aceitação. Aceitar que nas nossas imperfeições, na nossa celulite de estimação, nas nossas gordurinhas teimosas, nas nossas marcas, está aquilo que somos, de forma transparente e natural. O nosso corpo é aquele, sem máscaras, sem filtros e sem dinheiro para retoques! O segredo para um corpo perfeito? Aceitarmo-nos mais e aprendermos a identificar aquilo que realmente dá vida à imagem que vemos refletida no espelho e o que podemos e devemos fazer para sermos ainda melhores. O resto é fácil: Sejam felizes nos vossos corpos (im)perfeitos e preocupem-se menos com as capas de revista!

É o que dá abundarem mulheres no mundo

   O mulherio português não pode ver uma gaja boa que logo perde a capacidade de controlar as invejas e dores de cotovelo. Vai daí, toca a descascar forte e feio na tal gaja boa, porque não é natural algum ser humano de sexo feminino ter um corpinho de cair para o lado e ainda gostar de o mostrar na televisão. A Rita Pereira não se livrou de mais um destes ataques do poder feminino. Eu não vi, mas parece que mostrou um corpo escultural lá no programa dos bailaricos e logo a imprensa procurou descobrir como é que tal coisa é possível. Claro que o mais fácil é culpar a faca e as cirurgias. A Rita Pereira defendeu-se e diz que os melhores cirurgiões do mundo foram os pais dela. A ser um corpo naturalmente esculpido (o que até não me parecei impossível) abençoados pais ela tem e alguém nos dê a força dela para treinarmos o suficiente para chegarmos a metade de corpo. A ser fruto de uns ajustes cirurgicos aqui e acolá, ninguém tem nada que se ralar com isso.

   Não acompanho o trabalho da Rita Pereira, não a acho das mulheres mais bonitas da nossa praça, mas, para mim, é uma mulher portuguesa muito muito jeitosinha, com um corpo (e um cabelo!) para lá de espetacular. Eu também gostava de o ter para mim, ou em mim, mas vai-se a ver os meus pais não são tão bons cirurgiões, mas interessa-me lá se é um corpo genético, de ginásio ou de bloco operatório? Deixai as invejas de lado, ocupai-vos com os vossos corpos e deixai a rapariga mostrar as curvas dela. Para as mais interessadas, ou invejosas, podem sempre comprar revistas e descobrir os segredos de um corpo escultural, pois desconfio que este será o assunto das próximas 35 publicações da pink press.