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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Mais um artigo que vale a pena partilhar, para não cairmos em exageros

«Fit is the new skinny?»

O título está em tom interrogatório propositadamente. Fit is the new Skinny?
Já sabemos, é uma frase que se ouve e diz on-the-daily-basis – o exercício físico está na moda.
ESTÁ! É um facto e ainda bem. Sempre fui extremamente activa, sempre pratiquei desporto toda a minha vida, sempre defendi um estilo e vida saudável, uma alimentação saudável.

Mas se por um lado o propósito que nos motiva a seguir um estilo de vida activo seja meritório, sinto que estamos a caminhar do saudável para o exagero.  Anda por aí, especialmente nas redes sociais, uma ficção exagerada com o exercício fisico e com a alimentação. A partir do momento em que todas as pessoas (e eu já o fiz, atenção!!) gostam de partilhar toda e qualquer migalha que ingerem, tudo é passível de ser observado, criticado e avaliado. Com um olho de tal maneira clínico (ou cínico) que as palavras quase viram lengalenga de criança: “Na, na, na, na, naaaam eu sou mais saudável do que tu!!! Toma lá. Já não és meu amigo” (língua de fora).

E também há muita gente a matar-se, literalmente, no ginásio, nas corridas, nas 25 maratonas, mais aulas de crossfit e sei lá mais o quê, queimando, de cada vez, 30000 calorias e suando que nem um porco no espeto em festa das vindimas no Verão. Que postam toda a semente que colocam no prato totalmente biológico e desprovido de hidratos de carbono (esses malvados gordurosos, responsáveis por 50% da maldade no mundo). Muitos(as) nutricionistas de vão de escada que têm sempre uma opinião sobre cada molécula de comida que podemos ingerir. Que pressão, senhores!!!! Que obsessão! É que o tom desses comentários que vou apanhando aqui e ali são sempre extremamente críticos e moralistas. E isso provoca-me alguma estranheza, e já que estamos no tema, algum refluxo esofágico. Pumbas, só assim para lhe dar nos tecnicismos. Ufa! Já desabafei!

A par desta fixação, surgem, como os cogumelos aqui no Jamor, milhentas imagens na Internet sobre os novos corpos” que estão na berra, os novos it bodies.
Confesso que tenho um board (que chique) no Pinterest – “Let’s Get Phisical” – com algumas inspirações de exercício e de corpo. Também sigo algumas páginas no Insta sobre o assunto Fitness, mas na sua grande maioria a imagem perpetuada, hoje em dia, como sendo a desejável pela maioria é a de uma mulher e homem extremamente fit, com a parede abdominal super definida, coxas altamente trabalhadas, maminhas bombadas e braços de Madonna. Estou certa?!

Agora isto está-me a fascinar. A sério que está! Sinto que estamos a mudar o mind-set, os cânones de beleza desejados. Já não queremos ser as top-models da Victoria Secrets (hum… eu continuo a querer), mas, sim, a Miss Bikini Fitness 2015. 

Agora vou filosofar um pouco: talvez porque geneticamente seja mais difícil, à partida, sermos modelos da Channel, mas mais facilmente conseguirmos potenciar o nosso corpo e modelá-lo às exigências de beleza do fitness, esta imagem acaba por ser a mais desejável e… concretizável. Deixo o meu pensamento super profundo sobre o assunto.

Por isso, aquilo que queria mesmo, mesmo, mesmo, mesmo saber, com toda a curiosidade do mundo, junto da minha super, fantabulástica audiência masculina e feminina, é:

– Vocês querem ser as pessoas desta imagem?
– Revêem-se nestes corpos?
– Este é o tipo de corpo que desejam e procuram?
– Será que os homens não se vão sentir ameaçados com estes novos corpos, quase tão fortes como os seus (estou a ver muitos homens a vacilarem com mulheres destas)?
– A feminilidade perde-se nestes corpos?

(Publicado no site INShape)

 Untitled8    

Portugal fit mas pouco...

   E isto para não vermos grandes resultados...
  Do alto da minha ignorância mas da minha experiência de há mais de um ano (não falo de experiência de emagrecimento, porque felizmente nunca precisei, mas sim de uma experiência de mudança de estilo de vida), ficava bem mais barato a esta gente ter cuidado com a alimentação, pagar uma mensalidade num bom ginásio, treinar como deve de ser e largar o sofá e oMc Donalds aos fins-de-semana. 
   Desconfio sempre desses produtos milagrosos que prometem emagrecimentos fantásticos sem esforço pessoal nenhum. Não passa de mais uma forma de iludir o povo, fazê-lo gastar uma massarocas e desresponsabilizar a pessoa no processo sempre duro mas não impossível da perda de peso. 
   Não há nada como uma boa alimentação e uma boa suadela para a balança nos mostrar os valores que queremos e sem magoar muito a nossa conta bancária. 

Treininho caseiro

   No que toca ao exercício físico, continuo motivadíssima em investir cada vez nesta faceta da minha personalidade que desconhecia até há bem pouco tempo. Completamente addicted aos treinos no ginásio, que faço apenas 3 x semana, o que dá cerca de 5/6h semanais, porque o trabalho não permite muito mais  e o corpo também pede alguma contenção, junto-lhes alguns treininhos caseiros, para além de procurar sempre fazer algum treino extra, fora de portas, pelo menos 1x semana, seja correr ou pedalar uns bons quilómetros. 
   E então em casa o que fazes? Exercícios simples, especialmente de tonificação, que procuro fazer religiosamente todos os dias em que não vou treinar. E são eles:
  •    150 agachamentos
  •    Entre 30 a 50 lunges com cada perna (depende do cansaço muscular)
  •    Exercicios de fortalecimento de bícep, com halter de 2kg, que é o único que tenho cá em casa, apesar de ser pouco peso para o que estou habituada a usar no ginásio, normalmente 60 repetições com cada braço;
  •   50 agachamentos de tricep na beira de um sofá ou cadeira; 
  •   100 abdominais frontais e de perna estendida;
  •    50 abdominais laterais para cada lado;
  •    50 abdominais de perna estendida alternadamente à frente;
  •    100 elevações de gluteos e rabo, na posição de deitada;
  •    30 flexões de braços ou 50 com os joelhos no chão;
  •    60seg de prancha e 30seg para cada lado em prancha lateral;

    E basicamente é isto. Nos dias em que estou mais cansada, aldrabo um pouco, mas faço sempre os agachamentos e abdominais, quase religiosamente diariamente! Confesso que normalmente me escapa um dia por semana, até porque ás vezes o cansaço é muito e o tempo livre não permite. Mas o objectivo é sobretudo ajudar a tonificar, não perder completamente o ritmo nos dias em que não treino e aumentar a sensação de bem-estar, já que não há nada melhor que o exercício para nos fazer sentir bem!

   Experimentem, que eu vou agora mesmo fazer o treininho caseiro de hoje!

De como eu reduzi o meu índice de massa gorda

 

   Percentagem de massa gorda em Março: 29%

   Percentagem de massa gorda em Julho: 22%

   Percentagem de massa gorda em Outubro: 17,5%

   Quando fiz a primeira avaliação física. em Março, fiquei desiludida com a minha percentagem de massa gorda. Achei que quase 30% de gordura nos meus 49 kg era coisa a mais. Vai daí, decidi baixar esses valores. O objectivo eram os 20%, ao que parece o limite minímo para uma mulher, e sem perder peso, ou seja bye bye gordura, olá massa muscular. Hoje, esse objectivo está mais que cumprido e, provavelmente, até excessivamente cumprido, já que não é recomendável para uma mulher ter menos de 20% de gordura no corpo, e o meu peso mantém-se nos 49kg, mas que agora correspondem apenas a pouco mais de 8kg de gordura.

   E como é que eu consegui isto?

   A resposta é simples e automática: alimentação regrada, mas sem restrições, e exercício físico com alguma intensidade. Tudo muito pacífico, nada doentio e, acima de tudo, levado como estilo de vida e não como obrigação.

   Relativamente ao exercicío físico treino 3 vezes por semana, sempre em dias intercalados para o corpo poder recuperar, num total de cerca de 4/5h por semana. Sempre que possível acrescento uma caminhada, corridinha ligeira ou passeio de bicicleta ao Domingo. Actualmente o meu treino está focado no Body Pump, Body Combat, Body Step e ocasionalmente uma aulinha de Body Attack e quando sobre um tempinho antes das aulas algum trabalho de manutenção nas máquinas, a parte que menos aprecio. Isto não me custa nada, porque se já fui a pessoa mais preguiçosa do mundo para o exercício físico, hoje já não passo sem os meus treininhos e se não consigo fazê-los com a regularidade normal entro literalmente em ressaca.

   No que toca à alimentação, estabeleci algumas regras básicas que adoptei como fundamentais para a minha saúde. O segredo é chegarmos ao ponto do "eu não como não porque não posso, mas porque não quero", ou seja, habituarmo-nos a uma alimentação saudável e nunca a uma alimentação restritiva e proibitiva. Alguns exemplos:

      - Primeira e mais fundamental regra de todas: nunca passar fome, melhor, nunca sentir fome! Não consigo passar fome! Para isso, como de 3 em 3 horas, sempre que o trabalho me permite. Às vezes sou obrigada a fazer intervalos maiores sem comer, mas nunca fico sem comer seja o que for entre o pequeno almoço e o almoço ou entre este e o lanche.

      - Para o meu pequeno-almoço depois de anos a variar entre Fitness e Special K, descobri que estes cereais também estão carregados de açucar e por isso passei a comê-los duas ezes por semana. Nos restantes dias como papas de aveia com canela e uma vez por semana pão integral com leite com cevada.

      - Os meus "lanches matinais" variam entre iogurte líquido magro e 3/4 bolachas (Maria, torrada ou de água e sal), ou uma peça de fruta e 3/4 bolachas ou uma papa de fruta e 3/4 bolachas.

      - O lanche da tarde é, por norma, um iogurte natural com uma peça de fruta (quando o faço em casa) ou um iogurte ao qual acrescento cereais ou farelo de aveia (quando o faço fora de casa). Em caso de muita fome, acrescento 4 bolachinhas.

      - As refeições de almoço e jantar são perfeitamente normais. O meu almoço é quase sempre no trabalho e, como gosto pouco de comer fora, levo sempre comida de casa e aqui é o que sobrar do jantar é o meu almoço no dia seguinte. Pelo menos 2 vezes por semana procuro almoçar apenas sopa.

      - Procuro evitar carnes vermelhas, embora as coma todas as semanas pelo menos uma ou duas vezes, raramente como carne de porco e gosto de privilegiar o frango e o peixe.

     - Evito ao máximo os fritos e quando os como são feitos em casa, mas sempre muito, muito raramente.

     - Passei a controlar as quantidades de hidratos de carbono com que acompanho as refeições: arroz e batatas especialmente, já que massa continua a ser o meu amor de perdição. Não junto arroz com batata, coisa que eu adorava, especialmente nos assados de domingo da minha mãe.

     - Procuro acompanhar sempre as refeições com saladas ou legumes.

     - Ao contrário do que muitos recomendam, como sempre fruta após as refeições (completamente viciada em maça e pêra cozida!) ou uma gelatina sem açucar.

    - Aboli completamente os refrigerantes e outros sumos - isto já vai de alguns anos, não bebo bebidas alcoólicas e raramente bebo às refeições, porque não gosto.

     - Reduzi muito a quantidade de açucar que ingiro. Isto foi relativamente fácil para mim, já que nunca fui muito dada a doces. Bolos nunca foram uma tentação para mim e, por isso, é muito raro ver-me babar por um bolo. Gosto de uma ou outra sobremesa doce, do tipo semi-frios, mas controlo-me bem e sei quando devo e não devo comer. De resto, compro acima de tudo alimentos sem açucar ou com teor reduzido de açucar. Gelados, que adoro, curiosamente não sinto tanta vontade de os comer e rendi-me ao Yoggoo da Olá ou aos gelados tipo sanduiche sem açucar que são óptimos e uma excelente opção. No Verão comia uma vez por semana um gelado dito normal, mas agora com o frio a vontade é muito menor.

     - Reduzi a quantidade de bolachas que como. Basicamente, aqui em casa entram duas grandes qualidades de bolachas: maria e torrada, nas quais eu sou viciadíssima. Ocasionalmente, vem uma ou outra bolacha da Paupério, alguma de água e sal e tostas, mas nunca compro bolachas com chocolates, cremes, ou outras invenções. Bolachas são o meu maior vício eram, muito provavelmente, o meu maior pecado alimentar!

     - Procuro beber muita água mas raramente chego ao litro e meio por dia, porque a minha bexiga é para lá de hiperactiva e todo o líquido que entra tem de ser automaticamente expulso, e para quem passa muitas horas na rua nem sempre é fácil ir ao wc sempre que nos apetece.

     - COntrolo a quantidade de pão que como e escolho sempre pão escuro, de cerais ou integral. Em média devo comer 3 pães por semana, 4 na maior loucura. Já me disseram que podemos comer um pão por dia, mas eu passo bem sem eles, embora seja difícil resistir a um pão quentinho. Como não gosto de queijo ou manteiga, como-os com doce (sempre caseiro e com pedido especial de pouco açucar) ou queijo fresco, e muito raramente com fiambre, coisa que também não gosto por aí além.

     - Fast food, que é como quem diz, McWraps do McDonalds e Pizzas, são daquelas coisas que como quando o rei faz anos...

 

   Assim de repente, acho que são basicamente estas as minhas regras...sei que pode parecer "ah, tanta coisa que não comes", mas a verdade é que para mim é muito fácil ter este tipo de alimentação, já que nunca fui pessoa de comer muito ou muito gulosa. Sempre me soube controlar e como sempre disse, eu como TUDO o que gosto, talvez com a sorte de não gostar de muita coisa que faz mal. Não tenho alimentos proibídos e se me apetecer mesmo comer uma fatia de pizza como, se me apetecer comer um bolo como, se me apetecer mesmo deitar a baixo um pacote de bolacha maria com leitinho deito,às vezes precisamos destes desvarios, especialmente quando andamos numa fase de maior stress. Essencial para mim é não passar fome e nunca ficar com a sensação de enfartamento. E, principalmente, nunca ter de dizer "ah, não posso comer isso porque engorda"...mas antes "eu até podia comer isso, mas não quero".

   Acrescento que tudo isto foi estruturado e decidido por mim e terá, provavelmente, muitas falhas. Nunca recorri a nutricionistas e nunca fiz dietas. É apenas a minha visão de "vida saudável": um estilo de vida activo e uma alimentação regrada. É o que para mim faz sentido e o que comigo tem resultado.