Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Banda sonora da nossa vida

p000007349.jpg

 Que maravilha que era se pudessemos efetivamente acompanhar alguns momentos da nossa vida com banda sonora escolhida de propósito para aquela ocasião e esta novidade do instagram de podermos acompanhar as nossas stories com pedacinhos de músicas é absolutamente adorável, porque nos permite ter um cheirinho do bom que isso seria.

   Quem nunca se comoveu ou sorriu ao ver uma daquelas montagens fotográficas acompanhadas por uma bela músiquinha que atire a primeira pedra. Ou então quem nunca achou que todo o poder de uma determinada cena de um filme estava na música que o acompanhava que atire a segunda pedra. Há músicas que encaixam perfeitamente em determinados momentos e os tornam ainda mais significativos e poderosos. A música descomplica e embeleza a vida, dá-lhe força. Seja ela mais animada ou mais a tocar para o melodramático, se tem música sabe melhor, fica melhor e, literalmente, soa melhor, seja para animar ou para deprimir.

   Por isso, toca a sonorizar as vossas fotos! Toca a dar música aos vossos momentos. Sabe tão bem que só nos apetece dizer que isto é música para os nossos...olhos!

 

Eles são os tais

 

Quem diria que iamos chegar aqui
E ter uma vida séria como eu nunca previ
E é tão bom acordar de manhã olhar para ti
Antes de ir bulir naquilo que eu sempre curti

Ai há bebé
Somos os tais
Ai há bebé
Que viraram pais
Ai há bebé
Firmes e constantes
Ai há bebé
Produzimos diamantes
E a nossa filha já vai ter um mano ou mana
Ainda ontem mal abria a pestana
Quero uma ilha catita com uma cabana
Porque amor já tenho a montes o algodão não engana
Foi contigo que eu matei tantos demónios
Foi contigo que salvei tantos neurónios
Vejo-nos felizes citadinos ou campónios
Não fiques muito triste por não gostar de matrimónios
Tens o anel não precisas do papel
Fazemos nós a festa até te canto o Bo Te Mel
Desta vez eu tiro a carta nem que leve um ano ou dois
Por enquanto continuas conduzes pelos dois

 

   Duas coisas sobre esta música: uma bela declaração de amor e uma valente chapada na dita sociedade responsável. 

   Passo a explicar rapidamente: é fácil apontar o dedo aos jovens irresponsáveis, que querem é fumar umas ganzas e curtir um som e que pensam que a vida vai ser sempre isto, ou seja, nada! É fácil pensar que nunca sairão daquilo, que nunca serão ninguém, que são a "geração rasca" (quando ainda não pensava nisso de estar à rasca), que serão sempre yas e yos de boxers à mostra e boné na cabeça. É mais fácil pensarmos assim que acreditarmos que essa forma de vida poderá ser apenas uma fase, que poderá ser crescimento, independentemente de concordarmos com ele ou não, já que não precisamos de nos identificar com ele, pois o que não é a nossa vida não é para ser tomado como nosso numa perspectiva de gosto/não gosto. É difícil acreditar que aquela cambada de irresponsáveis, hoje, seja quanto tempo depois for, se tornaram adultos responsáveis, que souberam juntar a cabeça ao corpo e membros. Que ganharam juízo, encontraram o caminho, aprenderam o que tinham a aprender com as eventuais asneiras que fizeram (ainda que possam ser asneiras apenas para nós). 

   O ser humano tem uma incrível capacidade de mudança. E de aprendizagem. Sobretudo de aprendizagem. Ninguém é um jogo com uma só solução. Ninguém tem um caminho traçado, um final inevitável, um destino inalterado. E acima de tudo, ninguem, ninguém é, eternamente, aquilo que hoje é ou aquilo que os outros julgam que ele é. 

   Eu gosto destas mudanças radicais, destes "abrir a pestana", destas chapadas que deixam marcadas na cara a frase "eu posso ser mais do que aquilo de que me julgas capaz". E a declaração de amor onde fica? Fica bem clara:  Foi contigo que eu matei tantos demónios/Foi contigo que salvei tantos neurónios/Vejo-nos felizes citadinos ou campónios. Porque muitas vezes o amor pode mesmo salvar-nos, ser a solução, ser o caminho, ser o abre-olhos, ser aquilo que nos faz mudar e nos torna aquilo que hoje somos. 

Muse @ Estádio do Dragão a fazerem história, no dia de Portugal

   Já fui a alguns concertos nesta vida, mas estava-me a faltar um concerto de estádio, uma coisa a sério e em grande. Não podia ter escolhido melhor banda para me estrear nesta coisa dos mega-concertos! Pessoalmente, sou uma fã dos Muse desde os meus tempos de faculdade, já não sei bem como ou porquê. É daquelas bandas que nunca me canso de ouvir, não só em registos mais soft como em músicas bem pesadinhas, óptimas para aqueles dias de raiva e nervos. Tal como disse, tentei resistir a comprar um bilhete para este concerto praticamente até à vespera, mas tenho de admitir que iria ser a maior desilusão da minha vida caso não tivesse ido. Foi simplesmente...brutal!
   Resumindo, e tirando a longa espera e o frio que estava (abençoada ideia de ter ido para a bancada e ter lugares sentados, mas muito muito frios) e aquele intermédio difícil de aguentar que foi ouvir os White Ocean (banda convidada), assim que começou e até que terminou não consegui deixar de me sentir como se estivesse a assistir a um dos concertos do Muse na televisão, mas com o volume muito muito elevado. A quantidade de estímulos era tanta que era difícil centrar a nossa atenção apnas num ponto do fantástico palco. Mais do que um concerto, ofereceram-nos um verdadeiro espctáculo, muitas vezes teatralizado, exagerado, excêntrico, mas sempre, sempre completamente crazy!!! As duas horas de concerto passaram a correr e era capaz de ali ficar a ouvi-los durante mais duas horas, mesmo com o risco de sair de lá sem garganta!
   Numa palavra: memorável!!!!

That thing called love

 

Há amor amigo
Amor rebelde
Amor antigo
Amor de pele

Há amor tão longe
Amor distante
Amor de olhos
Amor de amante

Há amor de inverno
Amor de verão
Amor que rouba
Como um ladrão

Há amor passageiro
Amor não amado
Amor que aparece
Amor descartado

Há amor despido
Amor ausente
Amor de corpo
E sangue bem quente

Há amor adulto
Amor pensado
Amor sem insulto
Mas nunca tocado

Há amor secreto
De cheiro intenso
Amor tão próximo
Amor de incenso

Há amor que mata
Amor que mente
Amor que nada mas nada
Te faz contente me faz contente

Há amor tão fraco
Amor não assumido
Amor de quarto
Que faz sentido

Há amor eterno
Sem nunca talvez
Amor tão certo
Que acaba de vez

 

(Música de Donna Maria) 

Em modo repeat, hoje, no meu bólide

Time can never mend
the careless whispers of a good friend
to the heart and mind
ignorance is kind
there's no comfort in the truth
pain is all you'll find

I'm never gonna dance again
guilty feet have got no rhythm
though it's easy to pretend
I know you're not a fool

Should've known better than to cheat a friend
and waste this chance that I've been given
so I'm never gonna dance again
the way I danced with you

Never without your love

Tonight the music seems so loud
I wish that we could lose this crowd
Maybe it's better this way
We'd hurt each other with the things we'd want to say

We could have been so good together
We could have lived this dance forever
But noone's gonna dance with me
Please stay