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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

eu e a minha tese

 

Charlize Theron

...estamos de costas voltadas, que é como quem diz, desentendidas...vá, se calhar sou só eu que estou sem a miníma paciência para ela, ou se calhar são estes textos infinitos que ando a ler que não me dizem absolutamente nada (apesar de terem sido expressamente recomendados pelo meu orientador)...e vendo bem as coisas, se calhar, mas se calhar mesmo, sou mesmo eu que não estou in a mood para estas coisas.  

   Agora se me dão licença (não vão dar pois não? Lindos!) vou deprimir mais um bocado - leia-se "Por favor, por favor, não permitam que me debruce sobre aqueles artigos intragáveis. E por favor, por favor, carreguem-me a vontade doida de trabalhar arduamente nesta treta".

No meu pensamento

 

   Sinto-me rodeada de folhas e folhas, e mais folhas, carregadas de letras e letras e mais letras. Parece que se chamam artigos científicos. E como científicos que são, não há uma única palavrinha em português. Neste momento já deixei de conseguir pensar em português. Tudo o que me ocorre agora são palavrões do tipo personality, Cloninger`s Psychobiological Model of Personality, temperament, carachter, Atributtion Theory, client`s theoretical orientation, and so on...Se o meu inglês já era bom, desconfio que depois de tudo isto ser-me-á conferido um doutoramento Honoris Causa em tradução e resumo simultâneo de artigos científicos de Inglês para Português. 

   E pensar que isto ainda mal começou e que a tese termina daqui a quase 1 ano. Oh God... 

 

Missão cu(o)mprida

   Os trabalhos estão prontos, imprimidos e prontos a entregar. E as aulas terminaram.

   Agora se me permitem vou ali para o sofá ou para a cama empanturrar com Lipstick Jungle, Gossip Girl e a leitura do nosso Nobel Saramago e o seu Ensaio sobre a Cegueira.  

 

   (Pelo menos por um ou dois dias porque isto de se tirar um mestrado é um voltar à escola e 4ªf aí está o primeiro de dois exames. Até vai saber bem voltar a estudar! Crazy girl) 

(Ausente)

  

   Os animos têm andado um pouco calmos aqui para estas bandos (demasiado calmo até). Perdoem-me a ausência, a falta de inspiração, a má disposição and so on. A borboleta tem andado perdida entre projectos de investigação a serem apresentados no Brasil, "projectos de projectos" de investigação a serem entregues esta semana e relatórios aparentemente simples rabiscados à última da hora e com muita imaginação. No meio de tudo isto, a minha mente só consegue assimilar palavras do tipo SPSS, análises estatísticas, níveis de significância, estrutura de trabalhos científicos, envelhecimento, avaliações psicológicas, resultados, referências bibliográficas, normas da APA...Como tal e dado o elevado nível de interesse que estes temas suscitam na grande maioria da população mundial leitora deste espaço, remeto-me ao silêncio e dedico toda a minha atenção aos ditos cujos "bébes".

   Não desesperem. O meu regresso está para muito breve. O pior já passou e os prazos terminam esta semana.

   As minhas mais sinceras desculpas. Prometo ser breve:)

Apanhar sol por dentro

  

   Chegou (com uma hora de atraso, é certo), falou, surpreendeu, cativou. Seis aparentemente dolorosas horas de aulas com o conhecido Dr. Eduardo Sá tornaram-se em momentos fascinantes de aprendizagem e partilha de experiências. Num discurso positivo e totalmente marcado pela empatia, calma e segurança típica dos que sabem realmente do que estão a falar, Eduardo Sá partilhou connosco a sua clínica, as suas convicções, os seus pensamentos, sem nunca esquecer o delicioso humor certeiro. Entre perguntas e respostas, falou verdades a sorrir e atingiu o seu objectivo: "desarrumar-nos" o máximo possível. Acima de tudo, defendeu a psicologia, e mostrou o melhor que ela tem, incentivando-nos a nós, psicólogos, a pôr legendas onde os outros normalmente só põem sentimentos ou intuições.

   Falou de vida e morte, amores e desamores, sexualidade e vinculação. Psicopatologia e normalidade. Desafiou-nos a ousar amar e a procurar aquele amor que nos faz dizer tu e eu ao mesmo tempo, porque só há amor quando o outro sabe mais de nós do que nós próprios,  nunca esquecendo que quem entra dentro de nós, entra para sempre.

   Confesso que não tinha a melhor das impressões acerca de Eduardo Sá. Ainda bem, porque hoje fui agradavelmente surpreendida e toda a minha atenção se focou naquele Ser acessível e próximo que nos tentou mostrar que verdadeira psicologia é virar a pessoa do avesso para ela apanhar sol por dentro.

Cidália

  

    Bom bom é mandar um e-mail a um professor, no qual nos identificamos correctamente com "Boa noite. O meu nome é Diana etc etc, sou aluna do Mestrado em Psicologia Clínica, turma Xpto, número Xpto" e recebemos uma resposta que que se inicia por "Olá Cidália!". Sorry? Cidália? De entre 80 nomes, e mesmo estando lá o meu, porquê Cidália? Porquê?

   A revolta é atenuada pela conclusão do dito e-mail de resposta: "Uma boa semana. Paulo."

Paulo. É assim que quer que o trate? Ok, Paulo.

Precisa-se

...de tempo e inspiração para tanto solicitação, que é como quem diz, para tanto trabalho rigorosamente estruturado para realizar num curto espaço de tempo. E depois há aquelas pessoas que até nos deveriam incentivar e, qui ça, inspirar para todos estes processos e que afinal só nos dizem: "Oh people pelo que eu estou a ver nesta turma vai tudo reprovar. ", "Comigo ninguém passa se não possuir excelentes capacidades de investigador." (ai como eu a-d-o-r-o investigação)...blá blá blá bla blá whiskas saquetas blá blá blá blá..."dedos para vocês". Ok! Já percebemos a mensagem. É a mesma, aquela desencorajadora, desde o início das aulas. Eu diria mais. É a mesma desde as aulas de licenciatura...mas isto sou eu a descompensar, ok ok.

   Pronto, depois deste grito vou dormir que amanhã é sábado e dia de madrugar para mais aulas dos adoráveis Métodos de Investigação Em Psicologia Clínica. E viva ao meu mestrado!

   Avizinham-se longas noites em frente a este computador e muitos, muitos suspiros de desespero.

 

   Isto passa! São só fúrias de quem acaba de chegar das aulas de Mestrado sem saber para onde se virar. Para já, viro-me para o lado esquerdo, que é aquele lado em que mais facilmente adormeço. O resto fica para outras noites.