Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Sobre as Experiências de Quase Morte

 

   O que é, cientificamente falando, uma experiência de quase morte (EQM) ninguém sabe, ainda. Poderá arriscar-se a considerá-las como um «estado modificado da consciência, relatado por pessoas em estado de morte clínica confirmada, que se caracterizam por contactos extra-córporeos com estímulos sensitivos e sensoriais, seres luminosos e entes queridos já falecidos, a par de sentimentos de bem-estar (paz) extático e de auto-escopia».  Certo é que, quem as relata, em qualquer canto do mundo, em qualquer cultura, refere experiências assustadoramente semelhantes: saída do corpo, sensações de tranquilidade, entrada noutra realidade ou dimensão, seres espirituais, a comunicação, telepática, com alguém que interrompe a vivência, o túnel e uma luz intensa e pura. E depois há o milagroso regresso ao "lado de cá" e a vida (e a morte) ganhou outro sentido e outras cores. Não há mais medo de morrer e o desejo de viver intensifica-se.

   O mistério permanece e, talvez por isso nos sintámos tão fascinados por estas experiências (mas ainda e nunca o suficiente para arriscar estudá-las).

«(...) explicações, não temos e nem me parece que alguém tenha como facto consumado. Ideias sobre o que poderá estar por detrás das EQMs, isso sim. Estaremos, porventura, perante uma vivência de peri-morte, animada por uma dinâmica do tipo infra, intra, e supraluminosa. Tudo isto leva-nos a pensar, mas só a pensar, que a morte poderá não ser um fenómeno de tudo ou nada, mas sim um contínuo temporo-espacial, cuja dinâmica ainda não é conhecida. E nada mais me resta dizer senão que desejo, cada vez mais, que as várias sensiblidades se encontrem na divergência e investiguem arduamente, respeitando-se, para que mais esta fronteira cósmica seja transporta. Que assim seja.»

Dr. Manuel Domingos, neuropsicólogo (e meu adorável professor de neurociências do 1º ano e o responsável por este meu total fascínio pelo cérebro, pela neuropsicologia, pelas neurociências)

   Talvez a melhor solução seja «considerar a possibilidade de que a morte, tal como o nascimento, pode ser uma mera passagem de um estado de consciência para outro».

 

(Excertos retirados do livro "Experiências de Quase-Morte. Relatos verídicos.")

 

A caixinha de Pandora

«(...) nós não somos, apenas, um conjunto de fios eléctricos animados por não sei quantas substâncias químicas que nos permitem ser, estar, gostar, não gostar, sentir, eu sei lá, ter um ocenao de emoções e um oceano de afectos que se reduzem a isso.»

Manuel Domingos

«Entre a actividade cerebral e as manifestações comportamentais cognitivas a que nós assistimos, há um abismo cujo fundo se desconhece.»

Sherrington

 

Como podemos não nos sentir fascinados por este quilo e pouco de massa que carregamos à cabeça?