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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Uma pirâmide alimentar que vale a pena

A Nutrition Australia publicou recentemente uma nova pirâmide alimentar que é uma absoluta delícia e cheia de alimentos bons.

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   Assim à primeira vista apetece-nos sublinhar logo a inclusão de alimentos como a aveia, o tofu, a soja, a quinoa ou o cuscus e, uma grande, enorme, salva de palmas, a completa irradicação açúcar e do sal, que segundo esta pirâmide, já estão naturalmente presentes nos alimentos e que por isso não precisam de ser acrescentados. Também de louvar, a saída de todas as gorduras saturadas (adeus, adeus manteigas!!!).

    Explorando um pouquinho esta maravilha, 70% daquilo que comemos ao longo de um dia deve ser fruta, vegetais, leguminosas e cereais. E de entre os cereais devemos privilegiar os integrais – o arroz e massa integrais, as aveias e a quinoa (quem não sabia já isto?). E para substituir o sal, devemos temperar os nossos cozinhados com ervas aromáticas (e já agora, canela para adoçar os nossos "doces"). Há ainda espaço para as bebidas alternativas ao leite, desde que sem adição de açucares e com um teor reduzido de gordura, assim como preferência por lacticínios magros. De resto, está aqui tudo de bom e que nos faz bem: água, fruta, legumes, leguminosas, lacticinios, carnes e peixes e alternativas vegan, ovos, frutos secos, cereais e lá no topo, as gorduras boas, pois destas precisamos!

   Perante isto, será assim tão difícil acabarmos com as dietas e adoptarmos de uma vez um estilo de vida saudável, começando já por aquilo que levamos à boca?

   Cuidem-se!!!

Coisas que me fazem uma certa confusão...

... que o nosso sistema nacional de saúde não tenha dinheiro para desfibrilhadores nos hospitais e morra gente à custa disso;

...não tenha dinheiro para contratar mais profissionais de saúde e morra gente por causa disso;

...não tenha dinheiro para adquirir determinados instrumentos cirurgicos, ficando por isso algumas cirurgias por reallizar, e morra gente por causa disso;

... não tenha dinheiro para comprar um medicamento fundamental para o tratamento de certas doenças e morra gente por causa disso;

... não tenha dinheiro para melhor o nosso serviço de urgência dos hospitais e das ruas e morra gente por causa disso;

... não tenha dinheiro para tratamentos/terapias específicas (psicologia, terapia da fala, terapia ocupacional, entre outras) e haja gente a sofrer por causa disso;

MAS...

... que este mesmo sistema nacional de saúde, que não tem dinheiro para salvar vidas, tenha dinheiro para comparticipar cirurgias puramente egocêntrico-caprichosas-vaidosas para, por exemplo, colocação de banda gástrica a quem precisa é de aprender a fechar a boquinha e suar umas camisolas ou redução de gordurinhas localizadas (e são mesmo gordurinhas muito localizadinhas) que precisam é de trabalhinho e não de facas. 

   Esperemos que estas pessoas nunca precisem do dinheiro que o sistema nacional de saúde gastou a torná-las mais felizes sem se esforçarem para algum dos exemplos citados antes do MAS. 

Detox time

  

Com a chegada da Primavera (só o calendário o diz!) chega também a altura de um novo detox. No Outono fiz um que se limitava a misturar uma espécie de xarope na água e ir bebendo ao longo do dia...sinceramente, não vi resultados nenhuns, nem notei nada de diferente no meu corpo ou no meu organismo, por isso desta vez gostava de experimentar algo diferente.

   Alguém tem sugestões de formas ou produtos de desintoxicarmos o organismo sem passarmos 10 dias a beber apenas um sumo e sem gastarmos metade do nosso ordenado nisso?

   Need help!

E Urgência sabem o que significa?

   Uma recente passagem pelo serviço de urgência do hospital central aqui da zona levou-me a reflectir que, das duas uma: ou os portugueses não sabem distinguir um hospital de um centro de saúde e enganam-se no caminho, ou não sabem qual o verdadeiro significado da palavra/situação "Urgência".Isto porque a dada altura da minha longa espera na sala de acompanhantes, a fila de "check-in" para a urgência era tal que ultrapassava a porta de entrada. Ora quando chegámos a uma urgência central e vemos fila à entrada estamos no direito de pensar "Mas isto é um hospital ou um centro de saúde?". Não era suposto, e já que estamos numa urgência, não existirem filas de entrada, isto porque os casos SUPOSTAMENTE são u-r-g-e-n-t-e-s e não tempo e muito menos saúde para filas? Pois enganam-se. Há tempo para filas e há até tempo para conversas animadas com o acompanhante ou com o coleguinha de caso urgente imediatamente antes ou depois.

   Com tudo isto, não admira que as urgências estejam sobrelotadas. E a culpa de quem é? As usual, do nosso sistema nacional de saúde. Porquê? Porque são é ele que define o que é e o que não é urgente, o que pode e o que não pode ser atendido numa urgência. Se a lição estivesse bem estudada, casos de urgência "o-que-eu-quero-mesmo-é-uma-justificação-para-não-ir-trabalhar" eram directamente encaminhados para a rua, com direito a ameaça com seringa de 30 cm, só de agulha (quanto a mim, só a palavra já me põe a correr). Gente a mais onde o pessoal técnico é sempre insuficiente resulta em horas de espera por um diagnóstico questionável, excesso de trabalho desnecessário e possível negligência dos casos verdadeiramente urgentes.

    Como em tudo na vida e como em muitos outros aspectos, os portugueses precisam de ser "educados a e para", deixando de desdenhar uma situação urgente que, felizmente, não possuem, porque um dia que ela bata mesmo à porta e não dê tempo para estar em filas, vão dar tudo, mas mesmo tudo para se verem livres dela.

 

E o que me faz mais confusão é perceber aquela atracção por um lugar que cheira a doença por todos os cantos. Um lugar que nos põe down, deprimidos, chocados e...doentes. Quem é que no seu perfeito juízo (e saúde) gosta de ir a uma urgência? Dica: Mal entram, primeira porta à esquerda, «Urgência de Psiquiatria».