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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Head full of dreams

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Já fui uma sonhadora. Daquelas do clássico tipo de "sonhar acordada". Já criei muitas histórias, já idealizei destinos, já imaginei o futuro cor de rosa que gostaria para mim, já fiz planos e mais planos que ficavam a dever uns bons trocos à razão. Já fui isto tudo. E a maior parte das vezes gostei de o ser. Depois veio a vida e eu cresci. Veio a vida ( e felizmente até veio calma e pacífica, comparativamente com tantas outras guerras a que chamam vida) e a experiência e a mãe de todas as mudanças: a maturidade. E quando a maturidade chegou e se instalou deixou de haver espaço para sonhos e a menina sonhadora tornou-se ambiciosa. E é isto que acontece quando crescemos: deixamos de sonhar com o impossível para passarmos a acreditar que se chegamos até aqui somos capazes de ir mais além e ser mais e melhor. Na. Isa real, os sonhos dão lugar a está ambição boa e saudável que não nos deixa estagnar, que não permite acomodações ou "deixa estar assim que está bom". Quando está bom, pode ficar melhor. Sem ser preciso sonhar, mas com muita capacidade de acreditar e lutar por aquilo que se calhar um dia foram sonhos, mas que hoje são possibilidades e vontades reais. Não sinto falta de sonhar. Como sentir, quando sou tão feliz a festejar todas as minhas conquistas?

Entre expectativas e memórias, ficam os sonhos

 

Audrey Tautou

"- O presente do futuro é a expectativa (...) - Mas tenha muito cuidado porque a memória cresce na expectativa. (...) - À medida que a vida vai transcorrendo, diminui a expectativa e cresce a memória, até que a expectativa se esgota na totalidade. (...) Por isso os velhos têm poucas expectativas e muita, muita memória. (...) E por isso o entusiasta costuma fazer-se velho antes do tempo."

in «Bois e Rosas dormiam»

  

   Deve ser por isso que, à medida que crescemos, as memórias vão sendo cada vez mais e as expectativas cada vez menos. Porque, enquanto crescemos, a vida é vida e vai nos matando as expectativas e oferecendo a realidade, como verdadeiras lições a serem guardadas. Na memória. E na memória ficam também essas expectativas desfeitas, da mais simples à mais elaborada, da mais realista à mais ilusória. Ficam também as expectativas consumadas, os acontecimentos, os momentos. E são esses que vão alimentando as expectativas futuras. Cada vez mais inseguras. Cada vez mais cautelosas. Cada vez mais "com o pé assente na terra". Entre a expectativa e a memória ficam os sonhos, essas pérolas da existência humana, que nos dão alento e alguma esperança. Os realizados e os por realizar. Os que não se realizaram e os que nunca se realizarão.

   Pessoalmente, prefiro os sonhos, aquele pacote ilimitado e inesgotável de opções. A expectativa não me agrada. Viver na expectativa assusta-me. Não gosto de viver na insegurança da incerteza. Na dúvida. Na ilusão. Na expectativa do que virá - será bom, será mau, será que sim, será que não. Prefiro viver para ser surpreendida. Sem expectativas. Com empenho. Dedicação. Ambição. Com esperança. Muita e sempre. Com o bom e o menos bom. Com os sorrisos e as aprendizagens. E um futuro carregado de memórias. Como o dos velhos. Porque memória, é sempre sinónimo de vida.

 

 

De que são feitos os sonhos?

    "Estas eram nuvens do norte, as nuvens de sonho que estão sempre a mudar, amontoando-se em enormes montanhas cinzentas, descarregando breves aguaceiros, dissipando-se, juntando-se novamente, rolando através do sol, refractando a luz de modos sempre diferentes."

(Paul Auster, em "A Trilogia de Nova Iorque")

   E afinal, de que matéria são feitos os nossos sonhos, aquela sucessão de imagens que nos invade o sono e nos oferece uma outra realidade enquanto dormimos?

Há sonhos do caneco

   Que nós não controlamos os nossos sonhos (aqueles que surgem durante o soninho) já eu sei, mas tudo tem limites...Não é que esta noite fui assaltada por um sonho do caneco!!! Sonhei que...era AMIGA do Cristiano Ronaldo!!! Será normal isto, quando eu nem sequer simpatizo com o tal puto maravilha, não o acho bonito, sexy, jeitoso, ou qualquer uma dessas coisas pelas quais todas as miúdas/mulheres suspiram e, de repente, "vejo-me" amiga dele, juntamente com mais 2 amigas que não sei quem eram, num carro qualquer, com o Cristiano Ronaldo a conduzir...Ainda para mais acabei de saber que o puto andou aqui para os lados do Gerês com mais uma das "amigas" (estas entre aspas, diferentes do meu papel neste sonho absurdo). Demasiado perto.

   Até tenho medo de fechar os olhos.

 

P.S. Ursinho és bem melhor que esse puto carregado de anéis, brincos, colares e brilhantes.