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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Vir à tona

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"Aliás, para viver é preciso reter a respiração, para depois vir à tona, voltar a reter a respiração como um mergulhador e imergir no mundo, experimentar o horror, vir à tona, reter a respiração. O segredo está na capacidade pulmonar. A vida é a retenção de respiração da alma. Inspira, mergulha, volta à superfície, é isso." [Valter Hugo Mãe, "Nem todas as baleias voam"]

Até ao fim...

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"É isso, Natasha, temos de ser até ao fim. Não somos seres humanos de desistir num caixão, somos muito mais longe, somos até ao fim. Quando o Universo deixar de existir, nós manteremos a vida, somos nós que fazemos a eternidade. O universo não acaba enquanto nós formos."

[Valter Hugo Mãe, "Nem todas as baleias voam"]

Por causa de...

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"Se as suas emoções pudessem traduzir-se em palavras, seriam assim: por causa da nota que tocas na cabeça, por causa das paredes que tens nos olhos, por causa das cicatrizes todas na tua pele, das rosas e da tristeza, por causa do coelho branco que está sempre a correr, por causa do frio que sinto ao chegar a quatro centímetros da tua presença, por causa das traças que voam à nossa volta, por causa dos sonhos que ainda não cumpri e porque me sinto sozinho como se estivesse pendurado no meio do universo, preso a uma estrela muito distante, tão distante que não se pode ver a olho nu, nem nenhum astronauta lá chega, nem os olhos dos telescópios. " (Valter Hugo Mãe, Nem todas as baleias voam)

«Homens Imprudentemente Poéticos», Valter Hugo Mãe

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Num Japão antigo o artesão Itaro e o oleiro Saburo vivem uma vizinhança inimiga que, em avanços e recuos, lhes muda as prioridades e, sobretudo, a capacidade de se manterem boa gente.

A inimizade, contudo, é coisa pequena diante da miséria comum e do destino.
Conscientes da exuberância da natureza e da falha da sorte, o homem que faz leques e o homem que faz taças medem a sensatez e, sobretudo, os modos incondicionais de amarem suas distintas mulheres.

Valter Hugo Mãe prossegue a sua poética ímpar. Uma humaníssima visão do mundo.

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   Valter Hugo Mãe é do "melhor que se faz" em Portugal. Ponto. 

   Ninguém escreve como Valter Hugo Mãe. Ninguém imagina como Valter Hugo Mãe. Outro ponto.

   Nem toda a gente gostará de Valter Hugo Mãe, mas isso é o que normalment acontece com os grandes escritores (e as grandes pessoas). Eu gosto de Valter Hugo Mãe. Posso não gostar muito de todos os livros de VHM mas gosto da sua escrita, da sua imaginação, das suas personagens, das suas histórias, da sua melancolia. 

   Este "Homens imprudentemente poéticos" são, claramente, de VHM. Não dá para enganar. A sinopse diz tudo. E para tudo o resto, é pegarem no livro e deixarem-se levar (para mim não é o melhor de VHM, mas gostei bem mais do que a "Desumanização"). 

«Contos de cães e maus lobos», Valter Hugo Mãe

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A escrita encantatória de Valter Hugo Mãe chega ao conto como uma delicadíssima forma de inclusão. Estes contos são para todas as idades e são feitos de uma esperança profunda.

Entre a confiança e o receio, cães e lobos são apenas um símbolo para a ansiedade perante a vida e a fundamental aprendizagem de valores e da capacidade de amar. Entre a confiança e o receio estabelecemos as entregas e a prudência de que precisamos para construir a felicidade.

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   Um daqueles livros que, literalmente, devoramos!!! Ou não estivessemos a falar de Valter Hugo Mãe que, cada vez mais, se afirma como um dos nossos maiores e melhores escritores.

   Este é um livro de contos para adultos, muitos dos quais absolutamente deliciosos, especialmente aqueles que falam de livros. Uma leitura simples, compulsiva e deliciosa!