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Num Japão antigo o artesão Itaro e o oleiro Saburo vivem uma vizinhança inimiga que, em avanços e recuos, lhes muda as prioridades e, sobretudo, a capacidade de se manterem boa gente.
A inimizade, contudo, é coisa pequena diante da miséria comum e do destino.
Conscientes da exuberância da natureza e da falha da sorte, o homem que faz leques e o homem que faz taças medem a sensatez e, sobretudo, os modos incondicionais de amarem suas distintas mulheres.
Valter Hugo Mãe prossegue a sua poética ímpar. Uma humaníssima visão do mundo.
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Valter Hugo Mãe é do "melhor que se faz" em Portugal. Ponto.
Ninguém escreve como Valter Hugo Mãe. Ninguém imagina como Valter Hugo Mãe. Outro ponto.
Nem toda a gente gostará de Valter Hugo Mãe, mas isso é o que normalment acontece com os grandes escritores (e as grandes pessoas). Eu gosto de Valter Hugo Mãe. Posso não gostar muito de todos os livros de VHM mas gosto da sua escrita, da sua imaginação, das suas personagens, das suas histórias, da sua melancolia.
Este "Homens imprudentemente poéticos" são, claramente, de VHM. Não dá para enganar. A sinopse diz tudo. E para tudo o resto, é pegarem no livro e deixarem-se levar (para mim não é o melhor de VHM, mas gostei bem mais do que a "Desumanização").