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1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

1001 pequenos nadas...

...que são tudo, ou apenas esboços da essência de uma vida entre as gentes e as coisas, captados pelo olhar e pela mente livre, curiosa e contemplativa. Por tudo isto e tudo o resto: É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR

Ir é o melhor remédio: Islas Cíes, Vigo, Espanha

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Gente do Norte: o paraíso está bem perto de nós e dá pelo nome de Islas Cíes! 

As Islas Cíes fazem parte do parque nacional das ilhas atlânticas e localizam-se em Vigo, a 150km do Porto, numa viagem rápida e confortável, sempre por autoestrada. Depois é só apanhar o ferry (super ocnfortável) no porto de Vigo (importante: reservar antes os vossos lugares online e pedir a autorização de entrada na ilha, também online) e 45 minutos depois chegam à ilha onde vão querer voltar muitas vezes (e se tiverem a mesma sorte que eu, ainda podem ver golfinhos durante a viagem no ferry!).

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 A ilha oferece-nos a oportunidade de nos estendermos nas suas praias a lembrar as Caraíbas (mas com um mar gelado!!!) ou de caminharmos pelos percursos pedestres que por lá existem e que deverão ser igualmente bonitos. Nesta primeira visita e porque estava um calor de ananases, optamos por nos deliciarmos com as praias. 

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A cor daquelas águas é absolutamente irresístivel, e é isso que nos dá a vontade de, apesar de nos gelar até à alma, passarmos o dia de molho. 

Tratando-se de uma reserva natural, há uma relativa escassez de recursos e condições, mas que compensam se pensarmos que estamos a preservar um pequeno paraíso. A título de exemplo, locais para comer, só dois cafés, estupidamente caros e limitados, por isso carregam a marmita convosco, casas de banho apenas as do parque de campismo, a 10/15min a pé das praias e caixotes do lixo não existem por toda a ilha. Se isto torna a experiência menos tentadora? Nada! 

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O dia passa a voar por lá, seja na areia, seja na água, seja a caminhar, seja a afastar o olhar dos nudistas (sim, há lá praia para eles, que também é para nós, não fosse ela uma praia lindíssima!). Preparem as vossas máquinas fotográficas, porque não se vão cansar de fotografar e fotografar! E que bem que aquelas cores do mar ficam nas fotografias!

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Deixo-vos aqui só um cheirinho de um dos locais que mais gostei de descobrir este Verão e que passará a fazer prte do meu roteiro anual de passeios de praia!

Ide e comprovai!

 

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Ir é o melhor remédio: Corunha

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Há 9 anos visitei a Corunha em modo relâmpago, o que deixou aquela sensação de ter ficado muito por conhecer, vai daí, de Santiago de Compostela seguimos para a Corunha para uma operação "take Corunha in 24h"!. Foi só um dia mas serviu para confirmar que de facto a cidade é muito mais do que a impressão que a primeira visita me deixou.

A Corunha já pode ser considerada uma "grande cidade espanhola", o que implica muita movida e aquela coisinha inexplicável que as cidades espanholas têm e que tanto me atrai. Tivemos a sorte de ficar por lá na véspera de um feriado, ainda por cima noite de Halloween, pelo que sentimos ainda mais esse espírito espanhol de sair para a rua e estar na rua.

Mas vamos por partes.

Começamos a visita pela Torre Hércules, um dos mais antigos faróis da Europa ainda em funcionamento e um lugar bem bonito de nada a não ser farol, verde e mar. Ficamos claramente com aquela sensação que "o mundo acaba ali" e não há nada mais no horizonte a não ser mar e vazio. É um excelente local para relaxar, para nos sentarmos a apreciar a vida ou para fazer belas caminhadas junto ao mar.

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Como o anoitecer chega mais cedo, aproveitamos o final do dia para conhecer o "Domus - Museo del Hombre", uma espécie de museu da ciência onde o lema é "conhece-te a ti mesmo" e onde tudo o que está exposto é interativo, de forma a conhecermos melhor o funcionamento de todo o nosso sistema e organismo. É certo que é um local mais indicado para crianças e jovens, mas vale a pena a visita, até porque o bilhete é bem baratinho (aliás, o preço baixo dos ingresso é de louvar em toda a Corunha): 2 euros.

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 Visita rápida ao hotel (ficamos no Tryp Coruña, na zona comercial de Quatro Camiños, coladinhos ao El Corte Inglês) para pousar as malas e vestir algo mais quente e siga conhecer a noite da Corunha! Como? A pé, sempre a pé! Como é habitual nas grandes cidades, estacionar o carro não é fácil, por isso, assim que encontramos um cantinho para ele sem pagamento nunca mais lhe pegamos. Foi sapatilhas nos pés, mapa nas mãos e dar muita, muita corda às pernas. 

Objectivo: centro histórico da cidade, infiltramo-nos entre as gentes e "tapearmos". Objectivo cumprido com sucesso! E que fantástico foi caminhar pela noite da Corunha, com centenas de pessoas nas ruas, lojas abertas até às 22h, imensa gente mascarada e tudo quanto era esplanada ou restaurante à pinha de gente no interior e no exterior, de pé ou sentados, a conversarem e rirem naquele tom sempre agradavelmente excessivo dos espanhóis! 

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Next day: cansados da véspera mas decididos a conhecer tudo o que faltava até ao final do dia. Mais uma vez, a pé, de mapa na mão. Foram quase 20km a pé mas valeu cada metro! Zona histórica, agora de dia, praça Maria Pita, zona antiga da cidade, jardins, parques, museu militar, castelo de San Antón, igrejas, mosteiros, conventos, zona marítima junto ao porto, zona de praia, estádio do Corunha...não faltou nada! Ok, ficou a faltar uma coisita ou outra, nomeadamente a casa do Picasso, já que por ser feriado os monumentos só estavam abertos até às 14h30. 

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Haveria muito mais para contar e ainda muito mais para mostrar, mas quis apenas deixar-vos uma ideia muito breve daquilo que é a Corunha, uma cidade do norte de Espanha que transpira vida e agitação, mas que ao mesmo tempo consegue ter cantos e recantos de plena paz, sossego e silêncio. Vale cada canto destes. E cada rua movimentada e cheia das suas gentes. Mas isto sou eu a falar, que não consigo não deixar de me sentir incrivelmente leve e em casa em cada terrinha espanhola. 

E já sabem, sempre que possam, vão! Não interessa se perto ou longe, vão! Porque ir é o melhor remédio

 

 

 

 

Ir é o melhor remédio: Santiago de Compostela

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Aproveitamos o feriado de 1 de Novembro para fazermos uma "ponte" até à Galiza. Santiago de Compostela foi a primeira paragem. Já lá tinhamos estado em 2007, mas como diz o ditado que há sempre que voltar aos locais onde fomos felizes, lá nos fizemos à estrada para explorarmos um pouco mais esta bonita cidade espanhola (como aliás, praticamente todas as cidades espanholas!). 

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Qualquer visita a Santiago de Compostela tem passagem e paragem obrigatória pela sua majestosa Catedral (em obras de restauro há anos!) e pelas praças que a envolvem. É por lá que encontramos os muitos peregrinos que fazem o conhecido Caminho de Santiago, seja a pé, seja de bicicleta. Vê-los sentados no chão, com as mochilas ao lado, muitos descalços e todos com um brilho no olhar que grita "eu consegui!" dá a cada um de nós uma vontade imensa de também nos aventurarmos naquele caminha, que deve ser sobretudo de descoberta, reflexão e viagem interior. 

Visita igualmente obrigatória e que vale a pena é a do interior da catedral, assim como, se tiverem paciência de santo para aguardarem em filas enormes (!!!) dar o famoso abraço ao Santiago (o correspondente a pôr uma velinha na Nossa Sra. de Fátima, julgo eu!). 

Todo o interior da Catedral é majestoso e lindíssimo e aquele altar (que também se encontra parcialmente encoberto pelas obras de restauro) é qualquer coisa de transcendente. 

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 Mas Santiago de Compostela também são ruas e mais ruas de lojinhas e cantinhos adoráveis que merecem ser descobertos num passeio a pé. Há sempre centenas e centenas de pessoas nas ruas, de todas as faixas etárias e nacionalidades e encontramos lojinhas de todos os tipos, assim como imensos restaurantes e cafés tipicamente espanhóis que são tão agradáveis de apreciar. Na verdade, dá vontade de entrar em todo o lado e de nos sentarmos em casa esplanada ou pracinha. 

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DSC00804.JPGE porque visitamos Santiago em pleno "Veroño" - é assim que os espanhóis apelidam esta vaga de calor em pleno Outono, almoçar em modo "marmita" num dos jardins da cidade foi uma agradável experiência (e que tornou a visita mais económica e saudável!)

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Acho que fica fácil perceber que Santiago é uma boa opção de passeio. Passei apenas meio dia por lá, mas facilmente perdemos a noção do tempo, por isso é também uma boa opção para visitas mais demoradas. E quem sabe não ficamos mesmo com o "bichinho" de um dia, também nós sermos um desses viajantes que se sentam no chão, de mochila ao lado e olhar que diz "eu consegui"...

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(Next stop: Corunha. Em breve, por aqui...)

 

 

 

 

 

Um dia meto-me num avião e...

 

   Haverá melhor desafio que este para alguém que é completamente, perdidamente, apaixonada por viagens? Desta vez tenho de escolher exactamente uma viagem por continente que gostariamos de fazer um dia e porquê/para quê. O difícil é escolher só uma viagem...

   Europa: Itália, sem dúvida. Perder-me no meio de tanto beleza, respirar aquele ar, falar aquela língua, comer uma verdadeira pizza, navegar ao sabor de uma gôndola...desde sempre tive este fascínio por tudo o que é italiano.

   América: Fácil, fácil...quem adivinha, quem? A eterna fashion city, pois está claro. New York irá com toda a certeza fazer cantarolar "It feels like home to me". Qual o melhor lugar para calçar um belo salto alto, vestir o nosso melhor outfit, pegar na nossa mais bela carteira, colocar uns magníficos óculos de sol Prada, abrir a porta e sair para o mundo?

   África: Uma vez que já conheço a Tunísia e confirmei a minha paixão por aquela cultura, vou comprar um bilhete para as Ilhas Seychelles, porque a um mar daqueles é impossível resistir.

   Ásia: Índia, Índia e sempre Índia. Aprofundar os princípios e costumes Hindus, aprender a dançar como elas, usar aquelas cores todas, perder-me naquelas músicas, praticar Yôga no local onde tudo começou e gravar na minha memória a imagem do Taj Mahal.

   Oceania: Da Austrália voltaria com um cangurú e um koala e porque nunca nutri grande fascínio por este país passaria lá uns dias e dava um saltinho à Nova Zelândia.

 

   Tal como disse, difícil foi escolher um só local. São tantos os meus desejos de viagem...alguma companhia aérea me quer patrocinar? Sim? prometo publicidade gratuita neste blog internacionalmente visitado.

(Quem quiser está convidado a viajar por este desafio...)